
Olha só que banda clássica está de volta para agraciar os nossos ouvidos! Franz Ferdinand adentra mais uma empreitada, dessa vez por caminhos não conhecidos e a estratégia acaba funcionando.
“Always Ascending” é o álbum mais recente da banda que fez sucesso na época em que ser indie era, genuinamente, legal e logo no começo já nos apresenta uma pegada diferente dos seus últimos lançamentos, que tentavam navegar num mar que já não tinha mais ondas e não sustentava banda alguma, isso ainda em 2013.
Só que lá pra cá muita coisa mudou e a sonoridade que consagrou o Franz Ferdinand se tornou alvo de nostalgia, vide os últimos lançamentos do Choir Vandals e do Los Campesinos, mas ao invés de tentar um espaço entre esses queridos lançamentos nostálgicos, o Franz Ferdinando resolveu enveredar num caminho novo, ousando incluir uma pegada mais pop e dançante ao seu novo álbum. Pegada essa que não é inédita a banda, pois eles já faziam isso, mas dessa vez os teclados e influências de música eletrônica se tornaram mais marcantes e a primeira canção já demonstra isso, embora ela não seja boa, iniciando de maneira discreta até culminar num pop muito eletrônico, que descaracteriza a banda e podia levar a um desastre como o do Fall Out Boy.
Felizmente não é esse caso. A segunda canção, “Lazy Boy” já nos apresenta riffs de guitarra marcantes, um som mais soturno, embora igualmente dançante, que vai crescendo e se tornando magnânimo como o clássico “Take Me Out” e o teclado serve apenas como um auxiliar para manter o ritmo.
E as outras músicas continuam nessa vibe, um ritmo bem marcante, dançante, com teclados que servem para manter o ritmo, riffs de guitarra marcantes e o Franz Ferdinando nunca soou tão classudo como agora. Parece realmente um amadurecimento, embora haja toques eletrônicos irritantes ao longo da maioria das canções, que só servem para quebrar a atmosfera poderosa que as canções têm.
Embora não perfeito, “Always Ascending” é um bom lançamento, apresentando um Franz Ferdinand muito inspirado, maduro e dançante.
