
Nem sei como descobri esse CD, mas foi uma ótima surpresa.
Não conheço nada do Yves Tumor, só sei que ele é negro, faz umas músicas meio eletrônicas, meio rap e não tem cara de muitos amigos. O que importa é que ele lançou esse ano esse CDzinho que irei comentar aqui e indicar para vocês.
“Safe in the Hands of Love” é o seu primeiro CD e nos apresenta uma mistura de ritmos caótica que vai do R&B ao dubstep, incluindo rap, pop, house e mais o que ele conseguir e que acabou escapando dos meus ouvidos no meio. Procurando mais informações por ele na internet, acabei encontrando um monte de gente dizendo que ele captura o zeitgeist da nossa época em canções. Não sei nada quanto a isso, até porque duvido que essas matérias, que o descrevem como a voz dos millenials, tenha sido escrita por millenials, de fato. Ou seja, não sabem o que falam.
Mas enfim, o que importa é que Yves Tumor realmente nos apresenta um som que se aproxima de certas tendências que têm surgido e ganhado popularidade nos últimos anos, um som caótico, mas com melodias marcantes, indo do noise ao pop em poucos segundos numa mesma canção. Talvez o nome principal dessa tendência seja o Death Grips, que consegue ser chama a atenção de punks de cabeça raspada e rappers jogadores de basquete com cabelo black power.
Essa mistura (e diálogo), típicos dos dias em que vivemos, encontra realmente uma certa representação na música do Yves Tumor, que é caótica, barulhenta, mas harmoniosa, de certa forma. Além disso, suas letras tocam em temas típicos dos dias de hoje, como brutalidade policial, mas também em temas imortais, como o amor da pessoa amada.
Uma boa surpresa, de fato.
