quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Ordinária


Quando eu era criança tinha um enorme pavor de morrer. E fiquei com esse medo que me tirava o sono todas as noites até mais ou menos os doze anos de idade. Não é por que eu nãso acredito em Deus e tinha medo do fim da minha existência nesse planeta ou algo assim, mas acho que a incerteza do infinito me deixa apavorado. Eu gosto de saber de tudo, odeio surpresas.
Porém, com o passar dos anos, fui perdendo esse medo irracional, que acabou se tranformando em quase um fascínio pelo fim da vida.
Hoje o fim da vida, o fim dos sofrimentos e a sabedoria eterna me alegram. Saber que um dia irei saber de tudo, que iriei conhecer a verdadeira paz (Ou o verdadeiro medo) me deixa curioso e me faz desejar a morte como a única saída para o meu sofrimento existencial.
No entanto, seria triste ir embora sem saber o sabor dos lábios daquela garota do fim de semana, sem ter mudado o mundo e sem ter realizado os meus sonhos.
Mas isso me leva à outro porém... Viver na incerteza de saber se um dia sentirei o sabor daqueles lábios, se irei mudar o mundo, se a minha vida irá mudar para melhor ou não me apavora.
É uma espera angustiante e me deixa mal.
Sinto como se uma parede atemporal me prendesse e a minha alma quisesse fugir disso. Sinto-me como se quisesse correr e sair por aí, descobrindo o passado, presente e futuro de todas as formas possíveis.
A pretensiosidade faz parte do meu ser e eu não quero fracassar.
Quero conhecer quem eu era, pois não tenho certeza do que fui e quem poderá dizer quem serei eu?
Quero ter o conhecimento infinitesinal de todas as coisas e me encontrar com o Todo Poderoso para perguntar-lhe: "Por que Você não me respondeu?"
Eu já perguntei diversas coisas para Ele, mas não recebi resposta alguma ou pelo menos uma que eu pudesse ouvir.
Sinto-me triste e esmagado pelo fracasso.
Sei que so jovem demais para fracassar, mas quando serei velho demais parao fracasso?
E qual é a idade do sucesso?
Só sei que por enquanto sou um fracasso como escritor, como desenhista, como artista, como filho, como amigo, como galanteador, como vestibulando e até como suicida.
Minha cabeça ferve em ideias, as quais não consigo expressar e se conseguisse, quem gostaria de ouví-las?
Todos me dizem para ter calma, que o futuro será melhor e tal, mas...
Eu me pergunto: "A que horas começa o futuro?"
PS: Esse post não tem imagem, por que a porra de merda desse blogger bugou.