quarta-feira, 27 de março de 2013

Dica cinematográfica: La Robe Du Soir

Esse é um filme francês de 2009, que conta a história de Juliette, uma menina de 12 anos que, como todas as pessoas nessa idade, começa a perceber e a se confundir quanto a sua sexualidade e comete coisas no mínimo embaraçosas para ela e a sua família.
Erroneamente esse filme é classificado como um filme com temática lésbica, mas há pessoas, como eu, que discordam disso, visto que ele é mais um drama psicológico e como tal filme do gênero é aberto à várias interpretações.
Juliette tem 12 anos, vive com sua mãe e seus dois irmãos em um bairro de classe média de alguma cidade de Paris. Como ela não é rica, acaba "herdando" as roupas de seu irmão mais velho, o que a fez se vestir como um menino sempre e a deixa envergonhada quando ela usa roupas mais femininas, com decotes, babados, etc...
Aliado à isso está o fato dela ser muito tímida, o que acaba afastando os garotos. Já a sua professora de francês é totalmente o contrário.
A mulher tem 30 anos, é independente, bonita (?) - apesar de eu discordar nesse ponto - e desinibida, deixando todos os alunos gamados nela, inclusive o garoto mais popular e idiota da classe, Antoine.
Inclusive, a professora dá aulas particular à Antoine, por que ele é burro mesmo, e Juliette começa a desenvolver estranhos sentimentos, que ficam confusos até mesmo para quem está assistindo, por que não chega a ser uma obscessão, nem a ser ciúmes, afinal, não fica claro de quem Juliette gosta ou o que ela quer de verdade.
Provavelmente, Juliette só queria ser como sua professora, bonita, desinibida e desejada por todos os garotos da escola.
Mas o filme é bem ambiguo nesse quesito e deixa essa questão livre a interpretações, mas o final dá a entender que Juliette supera os seus problemas e fica de bem com a vida, pelo menos eu prefiro pensar assim.
Já a parte técnica do filme não deixa dúvidas: É muito boa!
A fotografia é ótima, é muito bem filmado e as locações são um colírio para os olhos.
Enfim, se você quer assistir à um ótimo filme nesse feriado, alugue "La Robe du Soir" ou fique ligado no iSat, talvez o canal reprise o filme esses dias...
Até mais.

segunda-feira, 25 de março de 2013

domingo, 24 de março de 2013

sábado, 23 de março de 2013

Dica musical: The Strokes-Comedown Machine

The Strokes é uma banda que deu uma puta sorte na vida. Isso é fato, afinal eles não são tão bons assim como todos os pseudo-indies dizem, mas, ainda assim, seus CD's valem a pena serem ouvidos.
Tem sempre umas 4 ou 5 músicas que vão ficar tocando no seu iPod por algumas semanas e você não vai conseguir odiá-los por muito tempo. Enfim, eles são únicos.
Não são mais indie, tampouco são rock, mas sim, pertencem à alguma vertente ainda não criada da música, sei lá... Só sei que eles são legais. Ouvir as músicas deles é algo legal de ser feito.
Desde o lançamento de "One Way Trigger" os Strokes voltaram a serem assuntos de longas páginas em fóruns e páginas do facebook. Só por que seus pseudo-indies fãs não gostaram da música, que por sinal, é foda pra caralho!
Mas isso não vem ao caso, o que vem ao caso é de que os Strokes não são aquela mesma banda bêbada de antes, não são mais 5 playboys de Nova Yorque brincando de fazer música.
Eles são uma banda agora e bandas mudam sua sonoridade com frequência e isso é bom. Serve para eles crescerem e também para ganhar novos fãs.
O novo CD dos Strokes é assim, é diferente dos outros, mas isso não é ruim, por que mesmo diferentes as músicas estão boas.
Enfim, eu gostei do novo CD dos Strokes e o melhor, você também pode gostar, é só clicar aqui.

terça-feira, 19 de março de 2013

Dica literária: Nineteen-Twenty one

Hoje eu vou indicar um manhwa (ou será mangá mesmo?) que acabei de ler.
É coreano, feito por um dos melhores artistas digitais da atualidade que é o Zhena, o mesmo autor de Girls of Wild's uma das melhores hq's digitais da atualidade, se não a melhor.
O Zhena é um artista que faz quadrinhos para a internet e eu acho que ele ganha dinheiro com isso sim, sabe com propagandas no seu site, essas coisas, além de que alguns de seus trabalhos, como o Nineteen-Twenty -one foi publicado por uma editora em um livro em formato hq, o que é muito legal.
No entanto, eu acho difícil alguma editora trazer as ótimas histórias desse cara pra cá, pro Brasil.
Mesmo assim, vale a pena ler. Mesmo que você demore uns dois meses pra achar tempo de terminar de lê-las por completo, como eu.
Nineteen-Twenty one conta a história de uma garota de 21 anos que, por causa de um acidente de carro, ainda não passou no teste nacional da Coréia do sul pra entrar em uma faculdade.
No sintervalos do cursinho que ela faz, ela vai pra uma rua muito bonita e cheia de flores alimentar uns gatos de ruas e é numa dessas saidinhas dela que a menina conhece um bonito rapaz de 19 anos, que ia lá na rua todos os dias para brincar com os gatos.
Os dois acabam desenvolvendo uma certa relação mútua, mas não revelada, devido ao elemento em comum para os dois que são os gatos. Além dos problemas com a decisão do que fazer para o futuro, que nenhum dos dois sabe, eles ainda tem que lidar com os inimigos dos gatos e com a relação que cresce entre eles.
Essa história é um romance, com gatos, garotos bonitos típicos de mangá e uma protagonista bobinha, mas é uma história encantadora.
Não é nenhum crepúsculo da vida, não! É uma história boa de verdade, com gatos engraçados, personganes cativantes e, eu não sei se sou só eu por causa do período de vida que estou passando, de fácil identificação com os questionamentos deles sobre a vida.
Enfim, ótima indicação!

domingo, 17 de março de 2013

sábado, 16 de março de 2013

Dica televisiva: Baccano!

Hoje trago uma dica televisiva, televisiva por que é de um anime, mas você provavelmente não vai vê-lo na tv, mas isso não importa, o que importa é que hoje vou indicar o anime "Baccano!" de Ryohgo Narita, o mesmo criador de Durarara!!
Este é um ótimo anime, afinal, não poderia esperar-se menos do criador de Durarara!!, que é um dos melhores animes de todos os tempos.
Baccano! tem uma história bem diversificado, tudo gira em torno de um trem, onde se encontram diversos tipos de criminosos, imortais, monstros e pessoas normais que deram o azar de estar no lugar errado, na hora errada.
Esse é o estilo de história de Ryohgo Narita, cheia de personagens, situações bizarras e muita ação.
Aliás, boa ação nisso, a série é cheia de sangue e assassinatos, o que me deixou um pouco assustado no começo, visto de Durarara!! não tem tanta violência assim.
Mas, enfim, é um ótimo anime, com uma ótima história, bons personagens e uma boa arte.
Vale muito a pena assistir.

sexta-feira, 15 de março de 2013

terça-feira, 12 de março de 2013

segunda-feira, 11 de março de 2013

sábado, 9 de março de 2013

Dica cinematográfica: Samurai X

Eu não assisti o anime, tampouco li o mangá, então não sou um fã de Samurai X, mas esse filme é demais, pelo menos para um leigo no assunto, como eu.
Assisti esse filme, mais por que a capa me chamou a atenção. O cara que interpreta o Kenshin tá muito parecido com o personagem do mangá, não só nas roupas, mas no cabelo, na expressão facial, etc...
Mais um vez, digo isso como um leigo, que já deu umas olhadas no mangá e tal, mas nunca leu um volume inteiro de Samurai X, então para o fã talvez não esteja nem um pouco parecido, mas para um fã de cultura japonesa em geral, ficou muito similar e isso é um ponto forte para o filme.
Esse filme conta a história de Kenshin Himura, um ex-samurai que vive na era Meiji, lutou ao lado do exército durante a guerra civil que fez o Japão entrar numa era era, transformando-o de um país tradicional por excelência em um país mais ocidentalizado, ou pelo menos era o que queriam alguns líderes japoneses. Nessa época, os samurais perderam seus empregos, pois não era mais necessário o uso de espadas e o jeito de "fazer a justiça com as próprias mãos" havia se transformado em um crime, para tudo era necessário provas e a intervenção policial para resolver os problemas.
Nesse cenário, apareceu Kenshin Himura, um andarilho, que num passado nem tão distante (apenas 10 anos) lutou na guerra civil, ao lado daqueles que queriam uma nova era para o Japão. No entanto, ele é consumido pela culpa de ter matado tantas pessoas e jura nunca mais matar ninguém, apesar de ter sido conhecido como "O retalhador" no passado.
Para que ele não mate ninguém, Kenshin usa uma katana com a lamina invertida, assim todo grande adversário que ele enfrenta, acaba sendo ainda mais forte, visto que um golpe em sua katana, pode se virar contra ele, machucando-o.
Após 10 anos, Kenshin volta a Kyoto (se não me engano) e lá ele faz novas amizades e, infelizmente, encontra inimigos do passado que voltam a assombrar a sua vida.
Bem, a história é basicamente essa, Kenshin volta, luta, é preso, etc... São as crônicas de um espadachim que busca redenção na era Meiji, uma era onde os valores tradicionais, que os samurais tanto valorizavam começam a perder forças e a serem rapidamente ignorados, visto que todos precisam de dinheiro e fazem tudo por alguns trocados a mais.
No entanto, além de história, esse filme tem uma ótima fotografia, as imagens são colírios para os olhos. Não só por que os atores são bonitos (Temos que admitir, asiáticos são fodas até nisso), mas também por causa dos efeitos, das cenas muito bem ensaiadas, os locais muito bem projetados, sem contar os efeitos especiais como flores de cerejeira caindo no meio das batalhas e sendo jogadas na frente da câmera quando os personagens se movimentos e as gotas de água da chuva que saltam das roupas e dos cabelos deles, ao mais leve movimento corporal.
Sem contar a trilha sonora, que dá um todo um ar de épico a esse maravilhoso filme.
É impressionante a qualidade técnica.
Muito recomendado Samurai X, live action de 2012, já está na minha lista de filmes favoritos.

sexta-feira, 8 de março de 2013

quinta-feira, 7 de março de 2013

Dica musical: "water" de Blood Red Shoes

Não, eu não sou um indie super vidrado em músicas e tal, tanto é que eu só fico sabendo que uma banda lançou CD novo uns 3 meses depois, mas e daí? O importante é ouvir, gostar e ajudar a banda!
Por isso, decidi fazer essa dica musical (Esse ano terão muitas, pois tem umas bandas muito boas que vão lançar CD's novos esse ano, como o Wavves e o Bring Me The Horizon \o/).
A dica é o EP Water do duo britânico Blood Red Shoes.
O último CD deles, devo confessar, não achei grande coisa, é bom, mas não é tão bom quanto o primeiro, tem umas músicas mais lentas e chatinhas e eu prefiro um rock mais pesado, agressivo, agitado, dançante, sabe?
Mas no último CD tem músicas boas pra quando você estiver em depressão, após ter levado aquele fora da garota do colégio, após aquela noite fracassada na festa da república... Então, tem músicas boas pra esses momentos.
Mas o estilo deles é mais agitado, mais agressivo, mais rock e é esse o estilo que eles recuperam com esse EP.
E dá pra ouvir inteiro no soundcloud da banda, afinal são só três músicas! =/
Deixa com um gostinho de quero mais nos ouvidos... -___-

Water EP by bloodredshoes

quarta-feira, 6 de março de 2013

terça-feira, 5 de março de 2013

segunda-feira, 4 de março de 2013

Dica literária: A metamorfose

Eu não disse que não iria parar com os posts normais? Pois é, já voltei, com uma dica de um ótimo livro que li ontem.
A metamorfose é um desses livros que de tanto que você já ouviu falar, nem se interessa mais... Afinal, nós vemos esse livro em apostilas na escola, em listas dos melhores livros de todos os tempos, em filmes, em músicas, em games até!
Tudo isso me afastou um pouco desse livro por um bom tempo, mas na sexta, estava eu sem nada pra ler. Decidi pegar esse livro e comecei a devorá-lo.
Devorá-lo não seria a palavra certa, pois é meio repugnante o seu conteúdo, pelo menos se você ter uma imaginação fértil como a minha.
O livro conta a história de Gregório Samsa, um caixeiro viajante que um dia acorda e se vê tranformado em uma barata!
Na verdade o livro não especifica se é barata ou não, mas tudo dá a entender que é uma barata.
E assim o livro começa e continua com Gregório escondido em seu quarto, sua família o mantendo escondido dos olhares dos outros humanos e tudo bem em uma casa normal com pessoas normais que decidem acolher uma barata em um quarto.
Tudo mais do que normal, não é?
Aí fica o ponto forte da obra: O surrealismo absurdo que fica brigando com a realidade e a história flui como uma simples história normal. Como se o fato de Gregório ter se transformado em um inseto do dia pra noite não fosse algo fora do comum, digno de uma odisséia dos dias modernos em busca de respostas.
Não! As pessoas são ocupadas demais, endividadas demais, retraídas demais para fazerem tal ação.
Tudo corre de forma tão natural que chega até a angustiar em alguns momentos e de repente você se vê rindo diante do absurdo.
Eu não sei se o classificaria como uma das melhores obras de todos os tempos, mas com certeza é um livro bom que merece ser lido.

Gato filosófico #1

Vou começar a postar aqui no blog minha série de rascunhos filosóficos que já venho postando a um tempo em diversos sites, como o tumblr e o flickr.
As postagens normais (filosóficas, ordinárias, pessoais e etc...) não vai parar, só vão intercalar aleatoriamente entre os gatos filosóficos e elas.
Bem, por hoje é isso aí, o primeiro gato filosófico de todos!
"You don't need to be in everyone's face to appreciate what you do."
Frase do Alex Turner!

sábado, 2 de março de 2013

Por que misantropo, Toringa?

Essa pergunta foi feita por amiga minha...
Na hora não consegui responder á ela direito, portanto decidi fazer esse post...
Primeiro: Eu não me considero um total misantropo, só meio misantropo, afinal não tenho aversão total à humanidade, só à uns 40% dela... Esses 40% compreendem os arrogantes, milionários cretinos, hipócritas, militantes de causas perdidas, desnecessárias e idiotas, além dos criminosos de alto escalão, serial killers, assassinos sangue-frio e corruptos.
Esses 40% da humanidade, apesar de serem a minoria, são os que aparecem na TV, são o que são idolatrados por revistas de fofocas, são os que preenchem as colunas sociais dos jornais e são os que me enchem de raiva e fazem muitas pessoas pensarem que o mundo tá perdido.
Mas não tá perdido, afinal as pessoas más são minorias e sempre serão, no entanto, já dizia meu pai: "Mais faz barulho uma única árvore caindo no meio da mata do que toda a floresta amazônica crescendo em torno dela!".
Por isso não sou totalmente misantropo.
Mas por que ser misantropo, afinal?
Por que mesmo as pessoas boas sendo maioria, ainda existem pessoas ruins e o pior é que são elas que ficam as melhores fatias do bolo da vida.
São elas que têm dinheiro, sucesso, popularidade, amigos, namorados (as), etc...
E quando eu penso no quanto isso é errado, no quanto o mundo poderia ser melhor sem essas pessoas, começo a ficar deprimido e sei que fico meio misantropo, odiando o mundo em que temos que viver, dividindo-o com esse tipo de pessoa.
Um misantropo não é o tipo de pessoa que se concentra nos fatos ruins do dia-a-dia, como desastres naturais, corrupção e o materialismo desmedido das celebridades.
Um misantropo prefere nem ficar sabendo dessas coisas, no entanto, vivemos em um mundo globalizade e vira e mexe você se depara com notícias ruins.
E um misantropo é alguém com uma sensibilidade grande o bastante para ser fortemente afetado por esse tipo de notícia, o que o deixa muito triste.
Fora que misantropos são muito afetados por experiências negativas.
Boas também, mas as negativas são as que marcam de verdade as nossas almas. É só você se perguntar quantas coisas boas você se lembra dos últimos cinco anos e quantas coisas ruins você lembra?
Naturalmente as coisas ruins são as que mais nos marcam, por que são com elas que aprendemos.
Mas os misantropos não se conformam com isso. Eles aprendem sim, mas também ficam traumatizados com isso.
E é por essas e outras que eles acabam levando uma vida mais reclusa, sempre com um pé atrás em relação aos outros.
Afinal qualquer fora de uma garota, qualquer briga com um moleque na escola, qualquer espécie de bullying sofrido já causa um enorme rombo em sua alma que dificilmente será recuperado, mesmo que ele conheã outra garota, faça novos amigos e se mude de cidade.
Misantropos têm uma forte tendência a se lembrarem fortemente de seus fantasmas do passado.
Isso é uma outra característica que se encaixa em mim.
Eu prefiro ficar no meu quarto, desenhando e escrevendo do que me arriscar a levar um fora de uma garota e ser zuado por caras mais fortes, mais bonitos, mais descolados, mais altos e melhores do que eu.
Aliás, eu prefiro nem pensar muito nisso.
Prefiro tentar acreditar que é tudo uma ilusão... "Nós vivemos sozinhos e morremos sozinhos. Todo o resto é só uma ilusão", dizia o personagem principal do meu filme favorito, o excelente "A arte da conquista".
Eu tento acreditar nisso, toda vez que eu saio da faculdade e vejo os grupinhos se formando, as garotas tão lindas e os caras tão maneiros, com seus sorriso forçados, os apelidos non-sense e a organização da bebedeira do fim de semana, penso em como eles estão se iludindo, em como nada disso é real, em como a vida é uma enorme ilusão.
Mas eu mesmo não acredito nisso. Só tento mesmo... Talvez sejam as coxas de fora das meninas ou seus decotes ousados. Ou talvez as vantagens que um cara com vida social leva sobre os outros, como conhecer gente nova, ter um emprego maneiro, dirigir um carro, morar sozinho...
Eu não consigo acreditar que tudo é ilusão.
E mesmo que for, é uma ilusão muito longa para ser ignorada.
Mesmo assim, ainda sou um misantropo... Ou meio misantropo, eu não sei... Mas isso não quer dizer que eu não possa ter amigos ou viver com a minha família e tal... Só quer dizer que eu não fico fazendo amizade com todo mundo, não fico chamando todas de "amor", nem tirando fotos engraçadas pra postar no facebook com frases ridículas do tipo "Amizade é para sempre" ou "Junto com a galera, todos os problemas de desfazem", esse tipo de coisa idiota de gente cretina que faz um milhão de amizades em um dia, no dia dia seguinte quebra todos esses vínculos de amizade que foram supostamente construídos em um dia e no terceiro dia já faz um milhão de amizade novas de novo, prontas para serem desfeitas no dia seguinte.
Misantropos não são assim. Misantropos têm poucos amigos, mas os poucos amigos que eles têm são amigos de verdade, amigos pra vida inteira mesmo. Na verdade, eles nem se consideram amigos pra vida toda, mas é por isso que eles acabam sendo amigos pra vida toda.
Eu fiz amizades assim no colegial, foi muito bom. Nem falo muito com eles por facebook ou coisa e tal, mas sempre que volto pra cidade onde morava, dou uma passada na casa deles, sem avisar, nem nada, só pra ver como eles estão. Às vezes eles nem estão, mas vale a tentativa pra depois poder puxar assunto com eles caso estejam online na internet... São amizades que não rola estranhamento se a gente fica sem se ver por meses a fio. Somos amigos, simplesmente.
Já li que misantropos selecionam suas amizades, como se isso fosse ruim ou anti-natural, todo mundo seleciona suas amizades só que pelos motivos errados, como por exemplo o modo como aquele lá se veste, ou anda, ou fala... Misantropos selecionam amizades pelas músicas que certa pessoa escuta, os livros que lê (se lê), o modo como pensa... Enfim, misantropos fazem amizades apenas com pessoas que eles sabem que vão gostar e mesmo assim dificilmente puxam assunto com outras pessoas, se puxam é por que a pessoa tá usando uma camiseta de uma banda legal ou lendo um livro maneiro, esse tipo de coisa...
Misantropos só fazem amizades que eles sabem que vão durar e isso talvez aconteça por que nenhum misantropo que passar por brigas infantis e desentendimentos por causa de gosto musical ou literário, nem draminhas adolescentes ímbecis, por que afinal, essas coisas são um pé no saco.
Ou não... sei lá...
O que eu sei é que a humanidade tem mais membros bons do que ruins e que eu prefiro ficar sozinho do que arriscar a ser desiludido novamente, como tantas vezes fui no passado.
É mais fácil viver assim.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Dica literária: O Grande Gatsby

Hoje decidi postar a dica de um grande livro, que conta a grande história do grande Gatsby aos olhos do grande Nick.
A história conta os fatos ocorridos no verão em que Nick Carraway (O personagem principal) passou no West Egg, para onde ele havia acabado de se mudar.
Seu vizinho é um jovem muito rico chamado Gatsby, que dá grandiosas festas todas as noites.
Nick é convidado para uma dessas festas e logo se torna amigo de Gatsby, os dois meio que se conheceram na guerra. Na verdade, lutaram juntos uma vez.
Apesar de não se rico, Nick conhece pessoas muito ricas, como Tom Buchanan, um CRETINASSO milionário que trai a esposa com uma gorda, mulher de um velho, dono de uma garagem.
A esposa de Tom, Daisy, se apresenta ao leitor como uma pobre coitada, que amava a filha e servia apenas como um enfeite para acompanhar Tom em algumas festas, além de saber dos casos extraconjugais do marido e não fazer nada a respeito.
No entanto, não precisa sentir muita dó dela não. No final é revelado o nível de cretinisse da mulher.
Nick também começa a sair com Jordan, uma jogadora de golfe de família abastada e metida como o quê!
Bem, só por isso já dá pra perceber o quão odioso esse livro é.
Cheio de glamour, gente metida, ricassos arrogantes, infiéis e medíocres.
No entanto, o trunfo desse livro está no final.
Aliás, é só pelo final que esse livro está sendo indicado aqui.
Eu li por aí que o Fitzgerald era um cara que idolatrava a vida glamurosa de Nova yorque dos anos 20, mas não dá pra acreditar, por que o final guarda uma das maiores críticas aos ricos miseráveis que desgraçam esse belo planeta de Deus que eu já li em algum livro.
É sério, nos últimos capítulos o leitor se vê preso à desolação de Nick, ao descobrir o quão vazia é a vida dessas pessoas que viviam cercadas de glamour, festas, bebedeiras e pseudo-alegria.
Não vou contar o final pra não estragar o prazer de quem vai lê-lo, mas posso garantir pra você: É épico!