quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Dica gourmet: bolacha Toddy de chocolate torta

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Nesta nova fase do blog, é justo falar do meu mais novo vício matinal de sábado: a bolacha de chocolate Toddy modelo torta. Trata-se de mais uma bolacha no formato de torta de sabor chocolate, mas feita com a fórmula especial do Toddy, o que garante a ela um sabor marcante e viciante.

Não sei se foi a crise econômica/política que enfrentamos nos últimos tempos, mas todas as outras bolachas de chocolate simplesmente perderam o seu sabor. Trakinas, que era a minha favorita, está com mais gosto de gordura que de chocolate e sua textura dá uma certa ânsia, atualmente. A Passatempo não tem mais chocolate e a Nikito, que um dia foi meu vício, continua com um recheio mal distribuído e está com gosto de gordura também.

O que restou a mim, esse fiel consumidor matinal aos sábados de bolachas de chocolate, enquanto tomo cappuccino e assisto filme, buscar alternativas no mercado e eis que encontro essa aqui, não me lembro como, mas agradeço a Deus o dia em que a encontrei.

Com uma textura prazerosa, um sabor forte e marcante, a bolacha torta de chocolate Toddy me viciou logo de primeira. Seu preço chega a ser, dependendo do mercado, um real a mais que a Trakinas, mas também tem mais bolachas dentro de um pacote, do que o de uma Trakinas, vindo 20 gramas a mais do que o meu antigo vício.

Infelizmente, a distribuição da Pepsico (responsável pela Toddy) não é tão boa quanto a concorrência, sendo meio difícil achar a bolacha em todos os mercados, no entanto, vale a pena perder tempo procurando, porque a bolacha é, realmente, muito boa.

Agora, imagina se fosse Nescau.

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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Ninguém vai ler essa patacoada, mas o blog é meu e eu faço o que quero com ele!

Xiiiiiiiiiiiiiii!!!

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Um post fora de época pra falar de coisas que ninguém aguenta ler, mas eu estou com muita vontade de escrever sobre isso e como esse blog é meu e de mais ninguém, aqui vai!

Ontem, após o almoço, deitei na minha cama, liguei o laptop e abri o YouTube pra acompanhar os vídeos dos canais que acompanho, um deles o Mamãe Falei, que ficou conhecido por todo mundo como o “cara do FGTS”, pedindo pra todo mundo perder uns 10 minutos do seu dia pra assistir esse vídeo aqui:

https://youtu.be/qMxi6L-m7VE

O vídeo é do MBL, um movimento ao qual eu tenho as minhas ressalvas, principalmente pelo envolvimento deles com a política, inclusive eles não escondem isso, mas eu fico sempre um pé atrás com políticos, porque sabe como é, né? Além disso, o vídeo é protagonizado pelo Kim Kataguiri, o cara que deu um “voto de confiança” pro Temer, como se isso significasse alguma coisa.

No entanto, o vídeo é excelente, explicando como funciona a previdência social hoje em dia, apresentando a reforma previdência que o governo está querendo implantar e expondo um complemento à essa reforma, baseado num estudo elaborado pelo FIPE, tudo isso em menos de 10 minutos.

O vídeo, além de didático é inspirador.

Em menos de 10 minutos, ele te ensina tudo o que você precisa saber sobre a previdência social, tudo o que você precisa sobre a reforma elaborada pela equipe econômica de M. Temer e tudo o que você precisa saber sobre a proposta da FIPE. E é inspirador, porque mostra uma solução, algo tão difícil de ser encontrado hoje em dia, quando todos estão preocupados apenas em olhar para o próprio umbigo e apontar os defeitos dos outros.

Isso entra em contraste direto com os opositores do MBL, a auto proclamada “esquerda”, formada por partidos de convicções socialistas, estudiosos de base marxista e os Guerreiros da Justiça Social (ou Social Justice Warriors, no termo mais comum de ser encontrado). O que se vê vindo desses grupos não é diálogo, é apenas acusação, intriga, paranoia e uma total falta de conexão com a realidade. Isso não é segredo, mas esse vídeo, apresentando a proposta de reforma da previdência elaborada pela FIPE expõe, ainda que de maneira indireta, toda a desolação da esquerda brasileira.

É essa esquerda que expõe aos quatro ventos um discurso de igualdade social, mas chama o Fernando Holiday de “falso negro”, defende a igualdade de gênero, mas todo homem é um estuprador em potencial, distorce os padrões de beleza ao ponto de chamar alguém que procura se manter saudável de “gordofóbico”, prega a liberdade de expressão, mas promove boicotes a empresas simplesmente por considerarem suas campanhas de marketing ofensivas, impõe uma mudança de sentido das palavras para que não aja respostas contra sua ideologia deturpada e retrógrada, são pessoas que se dizem contra a intolerância, mas não irão assistir o vídeo acima, porque é do MBL.

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Além da hipocrisia, cada vez mais crescente, a esquerda acabou se isolando dentro de uma bolha, afastando-se da realidade do país, enquanto que sua oposição (o MBL, um exemplo) só se aproxima mais, isso sem usar um discurso protecionista, louvando o povo, dedicando-lhe toda a sua “força e paixão”. E o vídeo acima expões, mais uma vez, isso magnificamente e da forma mais crua possível, porque ele apresenta uma solução, não é um vídeo que só crítica, crítica, crítica e não faz nada além disso, ele expõe uma solução de maneira prática e direta ao problema da previdência social, sem atacar ninguém.

E o que a esquerda está fazendo? Recentemente, o PT lançou um vídeo, protagonizado pelo ex-presidente Lula apresentando a sua solução para o rombo na previdência social e qual é a solução? Gerar mais emprego! E como serão gerados novos empregos? Isso o vídeo não explica. E o que esses novos empregos irão fazer? Continuar mantendo o esquema de pirâmide que é a previdência social hoje, ou seja, os novos empregos surgirão para que mais pessoas de classe média e baixa tenham aposentadoria irrisórias e mais juízes possam ter aposentadorias de 15 mil reais e mais políticos possam garantir sua aposentadoria parlamentar. É essa a solução do PT.

Ciro Gomes diz não haver déficit na previdência social, baseado em quê? Em suas próprias estimativas, mas ele mesmo nunca parou para calcular todas os inúmeros fatores que fariam o “mito” do déficit da previdência social ruir. A proposta de reforma da previdência social proposta pelo Partido Verde só é diferente da proposta do governo Temer no que diz respeito ao idealismo, pois estuda o aumento do teto para a aposentadoria. Marina Silva além de criticar, mantém esse discurso populista e idealista de aumentar o teto da previdência social, mas faz mais que o PSOL, que só sabe criticar.

E aí está a principal diferença entre a esquerda brasileira e seus opositores, eles (ou melhor, nós) fazemos alguma coisa, enquanto a esquerda não faz nada, ela só se preocupa em olhar para o próprio umbigo e criticar os outros, o que eles querem é só permanecer no poder e não serem questionados quanto a isso (mas o que dizer de pessoas que veem em Che Guevara uma figura inspiradora, não?). Nessa disputa não é esquerda contra direita, é esquerda contra o resto, é esquerda e oposição à esquerda. Ninguém está com o MBL porque eles são de direita, porque defendem valores tradicionais, o livre mercado e uma unificação dos impostos, mas porque eles se opõe a um grupo de pessoas que se afastaram da realidade e não estão mais preocupadas com o bem estar da população.

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E o MBL também não quer a reforma da previdência, porque eles estão pensando em você, mas também porque eles estão pensando neles mesmos, afinal, eles também poderão se beneficiar disso.

Mas a questão desse artigo não é essa, a questão é apontar a principal diferença entre a esquerda brasileira e sua oposição, que é a ação. A oposição à esquerda brasileira age, faz alguma coisa e o faz de maneira prática, de forma que possa facilmente compreendida e de forma que possa ser executada de forma rápida. Olha só o exemplo deles: eles também se opõe a reforma da previdência elaborada pelo governo Temer e também a criticam, mas junto já emendam uma resposta, uma forma de fazer essa proposta ser melhorada e que possa ser eficaz de verdade. Isso é agir, isso é promover mudança, isso é uma revolução de verdade! E isso a esquerda não faz.

Hoje, mais do que nunca, a esquerda me dá asco.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Dica musical: "Near To The Wild Heart of Life" do Japandroids (2017)

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E após 3 anos, Japandroids, uma das melhores bandas de rock dos últimos tempos, volta com um excelente terceiro álbum, amadurecendo de verdade o seu som.

“Near To The Wild Heart Of Life” é um álbum diferente de todos os outros álbuns do Japandroids, existe uma ampla gama de instrumentos aqui, existem elementos eletrônicos e backing vocals femininos, mas além de tudo isso, o aspecto mais importante nesse álbum é o amadurecimento que suas letras entregam.

Esqueça os excelentes “Oh Oh Oh’s” e “Ah Ah Ah’s” presentes em quase todas as músicas do grupo, não há muito espaço para isso aqui, mas conheça o lado mais intimista da banda, ao nos apresentar, na segundo verso da primeira canção a palavra “I”. Em “Celebration Rock” leva quase meia hora para Brian King soltar o primeiro “I” e o segundo só vai chegar no final do álbum. O que isso significa? Eu não sei direito, mas intimista não é. Japandroids ficou conhecido por lançar hinos, suas canções sobre cerveja, festa, cigarros e mulheres eram feitas para marmanjos ficarem se debatendo na frente do palco, dando mosh pits por cima de todo mundo, sorrindo, gritando e contando piadas ofensivas uns para os outros, não era música pra te fazer pensar muito, apesar de que os elementos “conceituais” constituintes de Celebration Rock te deixar meio contemplativo. Mas a presença constante da primeira pessoa do plural nesse álbum mostra algo que poucos artistas almejam de verdade hoje em dia: o amadurecimento pessoal.

As letras em “Near to the Wilf Heart of Life” tratam de relacionamentos perdidos, a descoberta da força de vontade através da amizade, a solidificação da masculinidade e arrependimento, também. É preciso ter muito culhão pra entender tudo isso e é preciso de mais ainda pra conseguir expressar isso artisticamente. Hoje em dia, a arte tem muito disso, o eu vem sempre em primeiro lugar, mas poucos artistas se expressam bem ou tem a maturidade para expressar isso. Japandroids esperou mais de uma década pra poder ousar fazer isso, eles seguiram o caminho dos grandes artistas, descobriram seu espaço em “Post-Nothing”, mudaram toda a mobília desse espaço, expandiram-no e o iluminaram em “Celebration Rock” e agora que puderam parar pra descansar, olharam para dentro de si mesmos. É o caminho de todo grande artista.

Não apenas conceitualmente ou liricamente o álbum é diferente de seus antecessores, mas é musicalmente também. “Near to the Wilf Heart of Life” apresenta elementos eletrônicos para reforçarem a atmosfera claustrofóbica em músicas como “I’m sorry (for Not Finding You Sooner” ou “Arco f Bar” e um violão (elemento acústico, olha só) em “True Love And a Free Life Of Free Will”, além é claro da presença de vocais femininos, no entanto ainda é Japandroids e isso é mais uma característica de grandes artistas. Eles conseguiram evoluir e mudar sem se perder no meio do caminho, como acontece com a maioria dos artistas hoje em dia.

Enfim, “Near to the Wilf Heart of Life” é mais um ótimo álbum dentro da fantástica discografia que o Janpandroids está criando e só me deixa ainda mais curioso com o que está por vir.

4 pontos

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Você se importa com o Grammy?

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Estava pensando há tempos em escrever algo sobre o Grammy, mas a procrastinação sempre acaba falando mais alto e eu nem comecei a elaborar o que escrever. Hoje saiu esse vídeo do Alta Fidelidade e eu decidi postá-lo aqui, porque sua opinião coincide em muitos pontos com a minha.

https://www.youtube.com/watch?v=kJZr__E-W8U

O duo que tirou as calças foi o Twenty One Pilots, que é uma enorme vergonha na história da música atual.

Discordo em relação ao Oscar, porque o Oscar também virou apenas mais uma apresentação, ninguém realmente se importa com o Oscar e vai levar só mais alguns anos pra cair no total ostracismo como o Grammy caiu.

E sobre as bandas alternativas, eu tenho a impressão de que essa denominação surgiu para ilustrar as bandas post-post-punk (ou meta-punk, se você quiser chamar assim), ou seja, aquelas bandas influenciadas por bandas pós-punk e que ainda continham elementos do punk no DNA de suas músicas e ninguém sabia como classificar isso direito, mas o problema é que foram surgindo outras classificações para essas bandas que não o alternativo, como o indie, o grunge e o emo. Essa conversa dá outro post, mas o termo hoje virou apenas um nome bonito pra qualquer banda de rock que não toque heavy metal.

Enfim, post diferenciado, mas amanhã sai um normal. Até!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Dica gourmet: cappuccino "3 Corações Classic"

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Cappuccino é bebida de fresco, todos sabemos, mas existe um que conseguiu adentrar o ambiente másculo matinal e se tornou, não essencial, mas um aceitável. Homem que bebe cappuccino não é mais tão fresco quanto antigamente, talvez seja mais introvertido, mas definitivamente, é tão homem quanto qualquer um.

E tudo isso é culpa do cappuccino 3 Corações.

Com uma receita simples, água quente e duas colheres, o cappuccino 3 Corações é econômico e, além disso, muito saboroso. Seu aroma é extremamente expansivo, podendo ser sentido de cômodos à distância, seu sabor é marcante, fazendo você sentir como se suas glândulas paliativas estivessem sendo beijadas por esse produto maravilhoso.

No entanto, para que esse review não fique muito curto, irei dividir minha receita secreta e a causa de problemas cardíacos na minha tenra idade de 20 anos: Uma xícara cheia de leite quente e várias colheres de sopa de cappuccino. Varia a quantidade de colheres de xícara para a xícara, mas, em geral, umas 4, o suficiente para criar uma camada grossa de cappuccino por cima do cappuccino comum. Essa camada irá ficar por cima, concentrando uma grande quantidade de pó semi dissolvido que não irá escorrer para a sua boca logo de cara, ficando para o final, te dando uma sobrecarga de sabor cappuccinesco logo de manhã.

É simplesmente bom demais.

Infelizmente, o preço é bem salgado, mas se você segue a receita à risca, então rende bastante. Agora um viciado exagerado como eu, consome a embalagem de 400 gramas em uma semana, teria um sério problema econômico, não fosse o problema de saúde. Sofro de ansiedade e depois de tanto consumir cappuccino comecei a ter um problemas de aceleração nos batimentos cardíacos e tal e agora só tomo nos finais de semana, notoriamente, nos sábados, assistindo um filminho pela manhã.

4 pontos

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Dica literária: "Elektra Assassina" (1986)

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A dica de hoje é do primeiro clássico da Marvel que eu tive o prazer de ler, isso há muito tempo atrás, “Elektra Assassina”, escrita por Frank Miller e desenhada por Bill Sienkiewicz. Li a primeira vez através de scans e acho até que indiquei num dos meus blogs anteriores a esse, mas não lembrava de muita coisa, lembrava que havia gostado muito, mas era mais pela arte fantástica do Bill do que pela história mesmo. Agora, numa edição belíssima da Panini, pude reler a obra e, com a mente um pouco mais treinada, pude absorver mais conteúdo do que antes e que obra!

“Elektra Assassina” conta uma história fechada da ninja assassina, longe das revistas do Demolidor, aqui, conhecemos um pouco do passado dela, enquanto ela está numa jornada para derrotar um demônio que quer, simplesmente, destruir o mundo todo. Esse demônio elabora um plano que confunde Elektra, fazendo-a matar um presidente sul-americano, um senador, até finalmente a ninja descobrir que o demônio habita o corpo do candidato democrata liberal à presidência dos EUA, Ken Wind.

O enredo da história é fantástico e por ele já dá pra se esperar algo totalmente não convencional. Miller ousa na narrativa apresentando a história através de diferentes pontos de vista, volta no tempo algumas vezes e explora perspectivas variadas, para isso, ele conta com a ajuda mais que essencial de Bill Sienkiewicz, dono de um talento artístico sem igual e aqui, em sua melhor fase, explorando diferentes formas de composição de cenas, diferentes formas de mídia, usando tinta, lápis, canetas, recortes e tudo o mais que ele podia usar e estivesse à sua mão na hora de criar os painéis que ilustram essa fantástica história. Um exemplo de como arte e escrito caminham juntos, lado a lado, nessa história, criando a narrativa, Miller sempre gostou de inserir pedaços de programas de TV em suas histórias, uma forma de demonstrar a alienação dos tempos modernos e também de apresentar a história narrada de diferentes pontos de vista, em TDK, temos telinhas abertas com balões saindo dela, uma forma eficaz porém totalmente convencional de apresentar o recurso. Aqui, o texto ocupa o espaço de quadros e ao lado somos apresentados às imagens que estão sendo apresentadas na tela da televisão, somos inseridos na ação de forma direta, o que reforça a imersão do leitor na história.

Olhando por essa ótica, da imersão, não há quadrinhos melhor para exemplificar isso. Não existem linhas separando os quadros, a arte simplesmente é feita num layout quadrado, há um espaço em branco separando os quadros, mas não linhas, ou seja, não há uma limitação clara e a arte não é muito descritiva, optando por ser mais expressiva, indicando sensações, sentimentos e ações pelas quais as personagens estão passando.

Os narradores também se confundem em muitas passagens e, se não fosse pela arte, seria praticamente impossível de acompanhar o ritmo da obra, que é frenético, mas ao mesmo tempo, ela é muito hermética. Não somos entregues ao que está acontecendo, os personagens não descrevem suas ações e estamos viajando junto com eles, caímos de paraquedas em seu mundo e presenciamos apenas suas conversas, ficando a nosso cargo extrair o sentido de forma indireta, ou seja, é um trabalho que exige muito do leitor.

Se você já viu outras dicas do blog, sabe que esse é o tipo de coisa que eu gosto, um trabalho desafiador, que exige do leitor tanto quanto exigiu dos seus autores, encaro isso como uma forma de compensação, afinal sempre achei meio injusto o cara levar meses pra fazer um livro e nós terminarmos de ler em dias ou semanas. Acho sempre interessante um projeto que exige releituras, apresentando sempre novas facetas cada vez que você o encara novamente, estou ansioso para fazer isso com dois outros livros (que ainda tenho que buscar na casa dos meus pais), mas pude fazer isso com Elektra Assassina e a experiência valeu a pena. É um livro e tanto.

O final parece meio forçado, mas todo o clima fantástico da história e o caminho que ela estava trilhando até o seu desfecho pediu uma eucatástrofe (conceito criado por Tolkien para o desfecho absurdo e feliz que se seguia a uma série de eventos desoladores e claustrofóbicos na narrativa), se é que podemos chamar assim. Ele não é aberto, mas deixa espaço para a especulação do que aconteceu depois, ficando isso, pura e exclusivamente, a cargo do leitor.

A nova edição da Panini está belíssima, não conheço as outras edições dos quadrinhos, que já foi publicado antes por aqui, acho que no formato de revista mensal mesmo, em 6 ou 7 edições e um formato de luxo, mas brochura. Essa edição é capa dura, o desenho da capa não é  o que eu escolheria pra capa, porque não representa o conteúdo ousado e fantástico da história, mas foi bem feito. Não há erros de diagramação, o tratamento está impecável e a qualidade do acabamento parece condizer, de verdade, com um formato de luxo.

Enfim, “Elektra Assassina” não é um quadrinho fácil, é uma leitura difícil, mas se você está acostumado a encarar uma leitura mais exigente e quiser se aventurar pelo mundo dos quadrinhos, essa é uma boa pedida. Não é necessário conhecer a história da personagem, nem ter acompanhado a revista em que ela apareceu antes (Demolidor), sendo uma obra fechada em si.

Recomendo bravamente!

4 pontos e meio