domingo, 31 de maio de 2020

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Links sortidos de quarta #41

2

Mais uma de René Girard: inovação, mimesis e o que a arte tem a ver com tudo isso?

Em janeiro, tivemos a III Guerra Mundial; em fevereiro, as queimadas; em março, a pandemia; em abril, OVNI's confirmados; em maio, descoberta a dimensão do avesso... se já não bastasse tudo isso, o Petry manda a real sobre politização.

De um dos melhores canais no Youtube brasileiro, porque o Estado vai desaparecer?

Definitivamente enfrentamos mais uma peste negra: o distanciamento social tomou a forma de humilhação ritualística.

Paulo Kogos passando pano pro Bolsonaro, porque ele é um gordinho autista e não porque o Bonoro é o único que está, abertamente, defendendo as liberdades individuais de cada um nessa pandemia chinesa.

1 ponto a mais para a Liberdade! Uma charter city muito promissora foi aberta em Honduras.

Uma pontada de esperança no meio da pandemia: as pessoas estão mais favoráveis ao ensino domiciliar.

Paulo Kogos, um poço de lucidez.

Mudança é a chave mestra.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Links sortidos de quarta #40

1

Uma rara entrevista com René Girard, que estava em um blog já falecido e hoje encontra-se nesse link, mas pode sumir a qualquer momento. Esperamos que não.

Ancap.Su é um canal no Youtube que ganhou grande destaque nessa época de pandemia e eu descobri que seus vídeos são muito bons, como por exemplo, o que indicarei hoje: onde o anarcocapitalismo já foi implantado?

A Suécia é modelo no tratamento de Covid, mas não é em mais nada além disso.

Cardinal Müller mandando a real.

Arthur do Val, um dia, serviu muito bem à nação... hoje é exposta a sua canalhice.

Naomi Seibt, uma das mais jovens e geniais líderes mundiais, responde às acusações de que ela é uma teórica da conspiração.

Paulo Guedes pra presidente.

Um belo poema de Paulo Kogos.

Por fim, o melhor guia de camisetas da internet!

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Links sortidos de quarta #39

1

Começo indicando um clássico artigo falando da quarta geração da guerra. O tópico pode parecer distante com relação a tudo que se aborda nesse blog, mas não é, tendo em vista a indicação de Rematar Clausewitz. É interessante como esse artigo apresenta ideias que parecem ter sido incorporadas por René Girard, como, por exemplo, a dissolução dos mecanismos de guerra, não mais travadas num delimitado campo de batalha, mas num campo teórico, longe de qualquer ligação nacional, mas valendo-se de ideologias, por exemplo.

Mais de René Girard: uma resposta a Joseph Campbell, os evangelhos são míticos?

O grande Samy Dana descendo a lenha em jornalistas.

Entrevista com Johan Giesecke, o responsável pela bem-sucedida estratégia sueca sem confinamento ou quarentena, dando poder e liberdade ao povo.

Yuri Vieira sendo o genial Yuri Vieira.

terça-feira, 12 de maio de 2020

Trinca de dicas cinematográficas

Já não tenho mais paciência de escrever dicas aqui para o blog e nem para o Locadora TV, mas não me esqueci disso aqui e, por esse motivo, vou fazer um post com três dicas rápidas de verdadeiras obras de arte que tive o prazer de assistir numa TV de 50 polegadas nessa quarentena maldita.

Meus vizinhos, os Yamadas (1999)

367889

Clássico do estúdio Ghibli dirigido pelo grande Isao Takahata, mas que, lastimavelmente, não se encontra no catálogo da Netflix, por enquanto. O filme conta a história de uma família de 5 pessoas, Nonoko, a filha mais nova, Takashi, o pai, Matsuko, a mãe, Noboru, o filho mais velho e, por fim, Shige, a avó (não fica claro de quem ela é mãe). Animado de uma maneira que se tornou característica de Takahata, o filme lembra pinturas de tinta pastel e é um slice of life muito sagaz, apresentando o cotidiano de uma família comum, que briga, enfrenta problemas, mas brincam, se entendem e cantam juntos no final.

Filme muito divertido e pronto para uma noite em família.

Josey Wales - O Fora da Lei (1976)

the_outlaw_josey_wales

Dirigido e estrelado pelo magnânimo Clint Eastwood, esse filme é uma clássica história de vingança ambientado no velho oeste. Após ver sua família ser morta por gangsters, Josey Wales se une a um grupo de rebeldes sulistas no meio da Guerra Civil Americana, os quais também buscam vingança contra os gângsteres. No entanto, a guerra acaba. O norte vence, os gângsteres se unem aos políticos do norte e logo Josey Wales, que não entrega suas armas ao governo, se torna um fora da lei, por acreditar numa moral inabalável. E em nossa dessa moral inabalável, ele se une com antigos e novos amigos numa batalha mortal contra o mal.

A obra é brilhante em sua narrativa, contém uma direção fantástica, não apenas no jogo de câmeras, mas também na qualidade de suas imagens (é impressionante que um filme dos anos 70 pareça muito mais bonito que qualquer filme atual, cheio de filtros e efeitos especiais que escondem a beleza da realidade). É um filme recheado de camadas, dando pano na manga pra muitas discussões, desde o passado sujo da política norte-americana até moral e honra. Brilhante!

Rapsódia em Agosto (1991)

200px-rapsc3b3dia_em_agosto

Os fãs de Akira Kurosawa são criados a sangue e ódio, mas isso é apenas superficial. Grandes obras dele são Sonhos e Madadayo, mas é claro que brilham muito mais as batalhas sangrentas e discursos estoicos. Um exemplo que se encontra no extremo oposto às batalhas é Rapsódia em Agosto, que conta a história casual de uma famíia que descobre um parente distante no Havaí, o qual é visitado por seus sobrinhos, que nem sabiam da sua existência. As desventuras da família em terras americanas é acompanhada de longe pelos 4 filhos do casal de sobrinhos e a avó deles, a qual mora numa terra rural em Nagasaki. Visitando memórias antigas de um passado que eles não viveram, mas sentindo a sua presença opressora, os jovens membros da família tentam conciliar o passado de sua família com a realidade atual de sua família.

O filme nos apresenta discussões muito profundas sobre a relação entre EUA e Japão no pós-guerra, principalmente do lado japonês, o embate entre as duas nações e a regeneração de seu relacionamento. Sensacional!

 

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Links sortidos de quarta #38

2

Então, como anda 2020?

Janeiro: Terceira Guerra Mundial

Fevereiro: mundo pegando fogo, literalmente.

Março: Peste chinesa

Abril: Quarentena

Março: Aliens?

Samy Dana mandando a real sobre o Coronga!

Leonardo Siqueira, aquela puta liberal, aparece com mais uma thread incrível sobre os caminhos que o Brasil deve seguir para crescer. Aviso: o negócio deprime pela extensão e profundidade dos problemas na Terra de Santa Cruz.

E mais do Coronga: o que a tecnologia 5G tem a ver com tudo isso?

Do melhor site da web, aprenda a fazer uma arma de brinquedo!

terça-feira, 5 de maio de 2020

Rematar Clausewitz: Além Da Guerra

71b2barhoj5l

Um dos últimos livros de René Girard, Rematar Clausewitz: Além da Guerra é o esperado desfecho de seu pensamento revelador, servindo como ponto de partida para a eternidade.

Escrito na conhecida forma de diálogo que marcou um dos livros mais importantes para o pensamento de René Girard, Coisas Ocultas desde a Fundação do Mundo, com Benoît Chantre, Rematar Clausewitz trata-se das conclusões a que o grande filósofo francês chega ao descobrir um clássico de teoria de guerra alemão escrito ainda quando Napoleão dominava a Europa. O livro, chamado Da Guerra ou Vom Krieg no original em alemão, foi escrito por Carl von Clausewitz, um general alemão que perdeu para Napoleão e a sombra do imperador francês nunca deixou de assombrar a sua vida, levando-o a se juntar com os russos e passar o resto de seus dias exilado, longe da esposa e inconformado com os caminhos que a guerra tomava em sua época, ressentido, escrevendo o que viria a se tornar um clássico, Da Guerra.

Partindo do conceito de guerra em Clausewitz, que diz que a guerra nada mais é do que uma extensão da política, Girard elabora, utilizando-se não apenas das sábias palavras de Clausewitz, mas também de sua biografia, assim como a biografia de Schiller e madame de Stael, os confins da sua teoria mimética. Se a teoria do desejo mimético explica muita coisa, ela ainda não havia encontrado uma base histórica, que fundamentasse a linha da História para então conseguir elaborar uma ideia de futuro. E é aqui que entra Rematar Clausewitz.

Aqui Girard aprofunda o seu pensamento e eis o porque do título do livro. Não é apenas o remate de uma obra inacabada, no caso Da Guerra, mas também do remate da teoria mimética.

Clausewitz era um rival mimético de Napoleão, os dois viviam em confronto e essa posição permite que Clausewitz conclua que a guerra nada mais é do que um duelo, mas um duelo entre dois países, ou seja, um conflito generalizado, a escalação do conflito mimético que gera a crise, um processo amplamente discutido em Violence and the Sacred.

A guerra é o resultado de um conflito que se inicia entre indivíduos e acaba abarcando nações inteiras. O resultado dessa história nós sabemos, é a violência generalizada e eis a conclusão apocalíptica de René Girard: estamos caminhando para o fim do mundo.

Mas aí temos que dar um passo atrás e identificar o que isso quer dizer longe de qualquer misticismo: Apokálypsis significa "revelação" em grego. O resultado da rivalidade mimética entre pessoas gera um duelo que termina com o extermínio de um, quando ela se expande, a violência encontra um bode expiatório que serve para purgar a sociedade, mas o que fazer com relação às guerras entre nações? Nações inteiras serão eliminadas num processo que engole todo o mundo e o bode expiatório pode ser grande demais para ser abarcado em números. O resultado lógico é uma catástrofe e é nesse sentido que o apocalipse de René Girard deve ser compreendido, é apenas um cálculo lógico das situações atuais.

O problema é que Da Guerra é um livro inacabado, mas além disso, é um livro que não levou a uma continuidade do pensamento de Clausewitz, que tem um insight brilhante nas suas primeiras páginas para nunca mais retomá-lo. Sua famosa frase "a guerra é a continuação da política por outros meios" encontra-se logo no começo do livro e essa ideia não é retomada. Mas é a partir dela que Girard parte, podendo se apoiar em uma ampla história que vai desde o fim das guerras napoleônicas, passando pelas duas guerras mundias, uma guerra fria e culminando no terrorismo.

A guerra é a impersonalidade do conflito e hoje essa impersonalidade encontra o seu ápice nos ataques terroristas. Organizados por organizações terroristas que mal conhecemos, propagado por indivíduos que escondem suas faces e apoiando-se em ideologias que não conhecemos, são o ápice de uma guerra que nunca acabou e que mal compreendemos pois ela se esconde em nosso cotidiano. E se não nos identificamos com ataques terroristas aqui no Brasil, podemos dar um passo atrás e nos ater a um outro conflito muito ativo em nosso país: as guerras ideológicas. Girard nos alerta para esse novo conflito que invade os lares e esconde a verdadeira face da violência: as ideologias.

A guerra ideológica é apenas uma extensão da guerra armada e todos sabemos, afinal não era exatamente isso a Guerra Fria? E mesmo com a História a nos ensinar, nós ainda nos tornamos vítimas dessa violência, que hoje não encontra barreiras. A bomba atômica seria a última barreira para a violência e, de fato, deu fim a uma das maiores guerras que a humanidade já viu, mas sua existência não exterminou a violência, apenas a diluiu. Ninguém entra em guerra direta com os americanos , chineses ou russos, mas há mostras de violência indireta, inclusive de forma comercial, afinal, é esse o sentido de guerra comercial, não? A violência se diluiu e o conflito se espalhou. Aos olhos de Girard, vivemos tempos muito mais violentos do que os tempos dos duelos armados.

Então, o que fazer?

A solução Girard já nos deu em outros livros, apenas esclarecendo aquilo que já havia sido revelado para a humanidade há mais de 2000 anos: a verdade de Cristo. Aqui ele não tem problema nenhum em admitir que é um apologista, ele assume que é mesmo. Cristo colocou Deus no papel de bode expiatório revelando por inteiro o mecanismo que apenas perpetua a violência, uma revelação que deveria por fim à violência, mas se os cristãos continuaram violentos depois disso não foi por causa de Cristo, foi porque os cristãos não foram cristãos o suficiente.

Isso não quer dizer simplesmente se render para todos os malefícios do mundo, mas procurar entender profundamente a origem desse mal. Sabemos a origem das guerras comerciais, conhecemos a origem da injustiça, vimos o resultado em tentar mudar isso de maneira radical  e totalitária. Não deu certo. A solução para o capitalismo selvagem deve partir de uma compreensão plena da situação econômica do ser humano e abrir possibilidades para um crescimento econômico sadio. O lógica do lucro acima de tudo leva apenas a uma perpetuação da violência. Há soluções para isso, há pensadores caminhando nessa direção, as crises nos ensinam muito e tentar segurar as crises, virar as costas para elas, não irá nos colocar num lugar melhor.

Nas últimas de seu livro, Girard volta-se para a questão islâmica e o terrorismo. Apesar de mais novo que o cristianismo, o islã não compactua das mesmas conclusões que o cristianismo e o autor assume, sem pudor algum, que o islã é uma religião arcaica. No entanto, ele não nega que deveríamos estudá-la mais profundamente, compreender a mente terrorista, de fato. É só através dessa compreensão que iremos deter a violência.

O apocalipse de René Girard é uma proposta desafiadora, assustadora, poderia até passar como loucura (e acho que deve ter sido à época de seu lançamento), mas ler essa obra magnífica em tempos de pandemia é uma atividade esclarecedora.

 

sábado, 2 de maio de 2020

Coronga 12: Mãe África!

Em meio a tantas notícias ruins um mistério desponta, acendendo uma chama de esperança: o continente tem um percentual de mortes tão baixo que desafia toda e qualquer explicação científica.

Antes do Coronga começar a sua devastação pelos EUA, a questão racial já havia sido levantada, pois o vírus chinês parecia fazer pouco caso dos negros e infectar mais brancos. No entanto, com sua chegada aos EUA e a devastação das comunidades negras americanas, essa dúvida foi deixada de lado.

No entanto, o Coronga parece fazer pouco caso também do continente africano. É bem sabido que muitos países africanos tomaram medidas para impedir a chegada do Coronga por lá, impedindo voos para e da China já em fevereiro. Muito sábio da parte deles, mas o vírus ainda assim chegou lá, com casos sendo computados em todo o continente africano, como podemos ver na imagem a seguir:

1280px-covid-19_outbreak_world_map.svg_

Porém, contudo, entretanto, quando a crise parecia que ia aniquilar o continente africano, que já sofre com insalubridade, crises econômicas, guerras civis, governos corruptos, rixas raciais e perseguições religiosas, os casos simplesmente estagnaram e não houve muita interferência na liberdade individual de seus habitantes.

Das ruas agitadas de Cairo aos portos movimentados de Durban, medidas preventivas foram tomadas como o uso obrigatório de máscaras, monitoramento dos habitantes nos grupos de risco e em regiões insalubres, mas a taxa de contaminados continua baixa, desafiando qualquer expectativa.

O mundo laico admira perplexo o caso africano, mas o mundo religioso encontra numa a confirmação de sua fé e, principalmente, a verdadeira fé católica, pois é no continente africano que o número de fieis mais cresce no mundo todo e apesar de muitos ignoraram o poder das orações e outros tantos duvidarem da intervenção divina, ela é real e os resultados podem ser vistos a olho nu.

Os resultados estão aí, a olho nu, para quem quiser ver: a oração dá resultados! Cardeal Sarah que o diga.