quinta-feira, 30 de maio de 2013

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Gato Filosófico #28

Fiquei um bom tempo sem postar coisas aqui, mas eu não morri, só saí da faculdade.
É... Eu sai da faculdade, assinei a papelada da desistência, é mais fácil do que eu pensei.
Quando eu cheguei lá, achei que tinha outro nome, tipo "cancelar a matrícula" ou algo assim, mas não... Era desistência...
Nome horrível esse... Desistência... Deixa as coisas muito piores do que eu pensava, mas não foi ruim, não... Foi legal, bem tranquilo e tal.
Bem... O post de hoje é isso aí, falow moçada!

domingo, 19 de maio de 2013

Dica literária: Sunny de Matsumoto Taiyo

Sunny é um novo mangá que mal foi lançado, mas já tá fazendo bastante sucesso por aí.
O mangá conta a história de várias pessoas que moram em um orfanato. Cada capítulo se foca em um personagem, com exceção dos últimos dois capítulos do primeiro volume (O único lançado até agora) que se foca em Haruo, o jovem mais problamático do orfanato.
Não existe uma história central a ser seguida, ou melhor, existem várias histórias centrais, cada uma seguindo seu próprio rumo e direção.
O nome do mangá vem do carro que existe no orfanato, um Sunny antigo que não funciona mais e onde os adultos não entram.
Para quem não conhece Matsumoto Taiyo é o criador de Tekkonkrinkeet, conhecido aqui no Brasil como Preto e Branco, que gerou um dos melhores filmes de animação já feitos na história dos filmes de animação.
A série só tem um volume lançado e eu acho que não é publicada em forma de capítulos com períodicidade quinzenal, mensal ou semanal. Acho que é lançada direto no formato de livro.
Sendo um trabalho de Matsumoto Taiyo o trunfo de Sunny não reside exatamente no traço, que é meio bagunçado, mas bem estilizado. O trunfo está na forma como as histórias são contadas. Como são muitos personagens, é difícil falar exatamente qual a história, mas o que prevalece em todas é a dose certa de melancolia e sabedoria que elas contém, provocando arrepios no leitor e um leve sorriso involuntário, sem contar na pitadinha de humor entre uma história é outra.
Enfim, a dica de hoje é essa: "Sunny" de Matsumoto Taiyo.
Procurem em sites de mangá internacionais para ler, já que ainda não tem no Brasil, nem mesmo em scan.

sábado, 18 de maio de 2013

Dica musical: "Modern Vampires of the city" do Vampire Weekend

Para você que não conhece música, Vampire Weekend é uma banda de Nove Yorque, responsável não só pelas músicas mais divertidas e alegres dos últimos anos, mas por trazer a tona uma certa imagem do hypster nova-yorquino.
Vampire Weekend é hyspter. Hypster pra caramba, mas isso não é ruim. Ao menos não pra eles.
Por que ao contrário das outras bandas hypsters de NY, eles não são deprimentes, amantes de sintetizadores e posers frescos.
Eles são legais.
São mesmo, ao menos no som. O Vampire Weekend sempre criou músicas com um sonoridade no mínimo original, com riffs de guitarra pegajosos e uma alegria que transcendia as letras, quase sem sentido da banda.
E agora eles lançaram esse novo CD aí, "Modern Vampires of The City" continua com a mesmo fórmula dos antigos CD's, músicas alegres, com riffs pegajosos e letras quase sem sentido, mas estranhamente eles não conseguem cair na mesmice que muitas bandas caem.
Talvez por que o Vampire Weekend já seja bem original. Provavelmente por que nenhuma banda ousou tentar copiar a fórmula de músicas alegres que eles criam. Mas com certeza, por que qualquer um sente uma injeção de ânimo ao ouvir as músicas deles.
Essa é a dica de hoje: Vampire Weekend.
:3

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Dica musical: "Random Access Memories" do Daft Punk

"Random Access Memories" é o quarto album de estúdio do duo francês que revolucionou o curso da música eletrônica mundial.
Daft Punk criou verdadeiras pérolas musicais, o que os fazem uma das figuras mais icônicas desse seleto mundo musical.
Eles ficaram 8 anos sem lançar algum material inédito e esse ano, com o lançamento desse álbum, envolto em mistério, encheu de expectativas muitas pessoas, fazendo desse álbum um dos lançamentos mais "hypados" da história.
Tudo começou com um genial riff de guitarra, lembrando a época das discotecas dos anos 70 lançado durante um intervalo do SuperBowl. Não passava de alguns segundos, mas foram segundos que fizeram qualquer um querer se mexer na frente do computador ao ouví-los na Youtube, alguns dias depois.
Depois foi lançado uma espécie de prévia de um videoclipe para a mesma música, compilando no final todas as participações especiais contidas no álbum.
E enfim, a música foi lançada no iTunes. "Get Lucky" foi um sucesso imediato, alcançando a posição #1 logo nas primeiras horas, após o lançamento.
E finalmente o álbum foi lançado. Para aqueles que esperavam um disco revolucionário de música eletrônica, algo que irá mudar toda a história da música daqui em diante, sosseguem o facho. Essa nunca foi a intenção do Daft Punk, desde que o site oficial do CD foi lançado, eles fizeram questão de dizer que só queriam voltar no tempo, nada de criar algo novo, revolucionário, apenas algo belo, voltar no tempo e repaginar uma velha fórmula.
E deu certo.
Random Access Memories faz as discotecas parecerem até lugares legais. Faz de todo aquele som brega e chato dos anos 70 parecer divertido, acompanhado das características batidas eletrônicas do dua francês.
É por isso que Random Access Memories merece ser ouvido, é por isso que ele recebe destaque na cena musical. Não pela sua inovação, não por chamar o mundo musical para uma revolução ou algo assim. Mas por pegar algo antigo e fazê-lo legal de novo. Simplesmente isso, ser legal.
=3

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Dica literária: Franny e Zooey

"Franny e Zooey" é um díptico, duas obras que se completam. Um conto e uma novela publicados inicialmente na revista The New Yorker, onde Salinger tinha um contrato de exclusividade sobre seus contos.
Neste livro há duas histórias centradas, a primeira em Franny, a caçula da família Glass e a segunda em Zooey, o menino mais novo da família. Os dois já estão adultos na história e como seus irmãos acabaram virando precocemente adultos, cultos e super inteligentes, em parte pela influência forçada dos irmãos mais velhos, Seymour e Buddy, que os forçavam a ler clássicos da literatura e obras filosóficas e religiosas desde crianças.
Assim como o resto da família, Franny e Zooey são problemáticos. Os dois vivem em conflitos existenciais, querem que tudo seja perfeito, do modo como foram forçados a acreditar que o mundo deveria ser quando crianças e assim seguem na fase adulta. No entanto, o mundo não é como eles esperam que seja e esse é o motivo deles entrarem em depressão e ficarem perdidos na vida.
Zooey acaba lidando com isso mais fácil do que Franny, no entanto, de uma forma destruída e pessimista, o que não o faz ser uma pessoa simpática para os outros.
Já Franny, pela pouca idade, encontra-se enfrentando esses problemas existenciais pela primeira vez, mas pelo modo como o livro termina, ela acaba encontrando a resposta tão óbvia para seus problemas, que Seymour já havia encontrado há muito tempo.
Aliás, de acordo com uma frase soltada por Bessy, a mãe dos Glasses, parece que somente Seymour, Walt (um dos filhos gêmeos da família e que more na guerra) e Booboo (a filha mais velha, casada e com um filho vivendo em Connecticut) encontraram essa resposta óbvia e se acostumaram a ela de uma forma natural e que os possibilitou serem felizes. No entanto, isso acaba se contradizendo ao lembrarmos que Seymour suicidou-se com um tiro na cabeça.
Enfim, Franny e Zooey foi um dos últimos livros publicados dando continuidade a saga da família Glass e eu já comecei a ler um livro fan made com contos não compilados de Salinger e pelo que eu vi, nesse livro contém o último conto da família Glass, o que dá um fim à saga dessa família tão carismática e interessante, explicando por que Seymour suicidou-se.
Essa é a dica de hoje: "Franny e Zooey".

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Dica cinematográfica: Acossado

Este é, com certeza, um dos melhores filmes que já assisti na minha vida. Talvez o melhor que já assisti esse ano!
Sério, "Acossado" é muito bom. O filme é de 1960 e conta a história de Michel Poiccard, um malandro que acaba de sair da cadeia e já rouba um carro. Aí ele é pego em flagrante e começa a fugir da polícia, até que o motor começa a parar e ele entra com o carro em um pequeno bosque, onde um policial o persegue e Michel o mata com um tiro. Para fugir, Michel resolve ir para Paris, onde ele pretende reaver o dinheiro emprestado para outros malandros, todos seus amigos e ver se consegue se dar bem com algumas mulheres, em especial Patrícia, uma americana que acabou fazendo Michel se apaixonar.
O filme é de Jean-Luc Godard, se você gosta de cinema, ao menos um pouco, já deve ter ouvido falar dele, um dos principais nomes da Nouvelle Vague, ao lado de Truffaut, Alain Renais, entre outros.
O filme foi criado alguns anos depois do lançamento de "Juventude Transviada" e recebeu influência desse filme, afinal, Michel é um típico rebelde, o cara não para de fumar, tem um ar descolado, às vezes arrogante, fala com total naturalidade ao lado das mulheres, despindo-as com os olhos, mas sem parecer tarado, tem uma queda por carros americanos e comete crimes sem se importar com as consequências.
No entanto, o rebelde de Godard tem um ar mais clássico, nada de jaquetas de couro, botas e calças jeans. Michel está sempre de terno, com sapato, calça e camisa social, acompanhado sempre de uma bela gravata.
Sem contar que Michel não é um completo idiota, só mais um rostinho bonito. Ele também não chega a ser um intelectual, mas digamos que ele bebeu muito da água da vida e adquiriu um ar de filósofo profundo e encantador.
Essa irregularidade na imagem do rebelde deixa o personagem ainda mais simpático, conquistador e descolado, o que o fez entrar na minha lista de personagens prediletos.
Claro, o crime não compensa e o filme não poderia ter um final feliz, mesmo assim não deixa de surpreender e te deixar com vontade de assistir mais das malandragens de Michel, se fosse possível claro.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Dica cinematográfica: O primeiro dia do resto da tua vida

Hoje terminei de assistir um dos filmes mais legais que já vi.
"O primeiro dia do resto da tua vida" é um filme francês de 2008 que conta a história de uma família, visto de diferentes pontos de vista e épocas da história, começando em 1988, com a morte do cachorro da família e culminando em 2000, com o conhecimento da vida de um novo membro.
O filme é dramático, mas todos os eventos são passados como se fosse apenas mais um dia na vida de cada membro da família. É apenas mostrado a rotina de cada um e como todos eles vão lidando com o envelhecimento e amadurecendo com o tempo, cometendo os mesmos erros que seus antepassados ou consertando eles.
Enfim, essa é a dica de hoje, um ótimo filme que vai compensar o tempo que eu fiquei sem postar por aqui.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Dica literária: O apanhador no campo de centeio

Essa dica é para os carajosos.
O apanhador no campo de centeio é meu livro favorito. O personagem principal é pra lá de complexo e o modo como Salinger escreve é genial.
Mas é preciso cautela para lê-lo.
O apanhador no campo de centeio é famoso entre os teóricos de conspiração e investigadores de cenas criminais, por dois famosos fatos: O assassino de John Lennon estava lendo este livro quando matou o ídolo. Ele ia se matar, mas decidiu matar o John.
Outro fato é que o quase-assassino de Ronald Reagan (Esse não conseguiu cumprir o crime) também estava lendo o livro quando tentou cometer o crime.
Não me surpreenderia se centenas de jovens estivessem lendo esse livro antes de cometerem suícidio.
O apanhador no campo de centeio é deprimente como o inferno.
Mas mesmo assim, é muito bom.
Talvez seja o jeito de Salinger escrever, que eu acho genial. Mas também acho que possa ser pelo personagem principal: Holden Caulfield.
Ele é tido como um ícone da rebeldia juvenil, com razão, no entanto, ele não é o típico otário das escolas, que bagunça no fundo da sala, nem o emo depressivo e virgem que se corta no banheiro, ele tá mais para um cara normal do que para um esterótipo qualquer.
Holden é o que eu chamo de "adolescente de classe média de verdade", ele sai com garotas, se diverte, dá uns beijos, uns amassos, é virgem, fuma, bebe e está perdido no mundo.
Ele não sabe o que fazer da vida e eu acho que é aí que as pessoas se identificam com ele. Por mais que um cara de 15 anos diga o que quer ser quando crescer ou como ele se imagina com 10 anos, ele não tá ligando muito pra isso.
Na verdade, ninguém está realmente se importando com isso, ou melhor, se importa, mas não quer se importar. Crescer é um saco, todo mundo sabe disso, ninguém quer trabalhar oito horas por dia, viver com um salário medíocre, viver cercado de sorrisos falsos e vidas vazias.
Ninguém quer isso.
Mas nós sustentamos uma imagem de pessoas moldadas, acostumadas com o mundo em que vivemos, mas por dentro temos raiva e queremos viver em outro lugar, de outro modo, fazendo algo qualquer que não isso. E é isso que os adolescentes buscam, viver de outro jeito, escapar dessa tortura moldada pela sociedade, pelo sistema capitalista e pelo maldito governo que quer crescer a economia, sem parar.
Não tem um fim para essas coisas, mas a nossa vida sim.
E é aí que o Holden fica perdido e todo adolescente normal também... Ou não, talvez nem todo adolescente normal, eu sei que eu fico assim. Eu estou assim.
É fácil se identificar com Holden, mas é exatamente por ele nos mostar esse lado obscuro que cada um guarda dentro de si, que O apanhador no campo de centeio é perigoso, por que ele desperta cada ponto negativo do seu espírito e traz a tona com tudo e quanto mais você demora pra ler, mais deprimido você fica e não sabe realmente o por que.
Só agora, a terceira ou quarta vez que eu leio o livro é que percebi isso.
De fato, eu to deprimido pra caramba, mas não é culpa de O apanhador no campo de centeio, é culpa desse mundo maldito em que vivemos presos.
Na minha opinião é exagerado o livro ser banido por ter conteúdo obsceno ou algo assim, esse livro parece um conta da carochinha perto de "O Cortiço", por exemplo e aliás, nem tem tantos relatos sexuais no livro, até por que Holden é virgem. Ele só fala uns palavrões e fala umas coisas meio obscenas, mas não não é nada explícito ou que atrapalha a leitura, são só coisas de adolescente, dá até pra deixar os pais lerem.
Só pra te colocar a par da história: Holden acabou de ser expulso de mais um colégio particular. É quase Natal e ele só pode voltar para casa na quarta-feira, mas ele fica de saco cheio de todos os cretinos que ele tem que suportar na escola, por isso faz as malas e foge.
Ele sai do colégio com o bolso cheio de dinheiro, até aí ele já conversou sobre a vida com um professor, já filosofou um monte sobre um perdedor espinhento do seu dormitório e xingou um monte um musculoso que divide o quarto com ele.
Depois o livro acaba virando um relato em primeira pessoa de alguns dias na vida de Holden Caulfield, onde ele se encontra com freiras, com a mãe de um cretino do seu colégio, com uma puta, briga com um cafetão, paquera umas meninas, sai com uma garota cretina, mas que tem um bumbum bonito, com um professor, mais uma penca de pessoas e por fim a sua irmã, a única pessoa que parece não ser uma tremenda cretina nesse mundo.
É aí que pega, Holden consegue achar cretinice pra todo lado e fica odiando todo mundo, menos a sua irmã, mas se você for analisar as pessoas com quem vivemos, ninguém é do jeito como gostaríamos que fossem e isso deprime bastante o leitor, pelo menos me deprime.
O final até parece meio forçado, mas surpreende e se você ler outras obras de Salinger (Só contos, por que ele só escreveu esse livro) perceberá que esse é o seu estilo; um final perturbador, aberto, surpreendente e fantástico.
Então, essa é a dica de hoje: O apanhador no campo de centeio, mas fica o alerta, esse livro é deprimente pra caramba. Fica por sua conta e risco.
Spoiler: A última linha do livro é: "Nunca conte nada a ninguém. Se você o fizer, começará a sentir falta de todos"

sábado, 4 de maio de 2013

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Dica cinematográfica: Sound of Noise

Desde Scott Pilgrim contra o mundo que eu não me animo tanto com um filme musical.
Esse filme não é um musical. É só um "filme musical", um filme que tem uma banda ou grupo de música na história e as músicas que eles fazem são originais e divertidas demais para serem ignoradas.
Em Scott Pilgrim era o Sex Bob-Omb e em Sound of Noise é o projeto musical "Six drummers", onde quatro bateristas anarquistas, liderados por um músico e uma mulher multi-instrumentalista se envolvem em peripécias cada vez mais arriscadas e perigosas apenas para mostrar que a música não é feita somente com instrumentos musicais.
Nesse cenário, surge o personagem principal, um investigador da polícia, nascido em uma família recheada de músicos, ele é o único sem talento musical e por causa disso a única coisa que ele almeja na vida é o silêncio.
Recomendo esse filme, que já é meio velhinho, mas é muito bom!
^^