segunda-feira, 22 de julho de 2013

Dica musical: "Connect" do Sick Puppies

Sick Puppies é uma banda australiana que eu conheci quando ainda estava no primeiro colegial, ou seja, há muito tempo. Quando a banda se formou, eles não foram reconhecidos logo de imediato, apesar de terem ganho um prêmio de música australiana, mas então, eles ficaram famosos no mundo inteiro quando uma de suas músicas apareceu no clipe da campanha "Free Hugs" que faz sucesso até hoje.
Agora em 2013, com vários discos na carreira, turnês pelo mundo todo e anos de história, a banda lançou "Connect", um CD mais elaborado, com uma produção maior e bem original.
O estilo do Sick Puppies é um rock que beira os estilos mais agressivos, no entanto com um pézinho no pop rock, mas é geralmente mais agressivo, para a nossa alegria.
Não chega a ser um heavy metal, mas as letras são agressivas, as batidas, o baixo e os riffs de guitarra muitas vezes também o são, apesar das músicas mais lentas e românticas serem as que mais fazem sucesso.
É só ouvir a música da "Free Hugs" e o primeiro clipe que saiu do novo CD. Aliás, as duas primeiras músicas do CD não fazem jus a ele, pois são músicas mais pop, com influência eletrônica e uma pegada quase mística que não combina com a banda.
No entanto, logo começam as outras músicas da banda, mais agressivas, com letras, não por conterem palavrões, mas por passarem uma mensagem forte, riffs pesados, solos de guitarra rápidos e agressivos. Tudo muito bem produzido, com qualidade digna de uma banda que já cresceu muito, mas que ainda tem muito a oferecer.
Eles são australianos, por isso já tem música na veia, além de cada um sofrer influências variadas, o que cria uma mistura muito boa, sem virar bagunça e é por isso que eu disse que é muito bem produzido, pois todas essas influências, os sons e os instrumentos diferentes foram muito bem encaixados nas músicas, impossibilitando a qualquer um, com bom gosto musical, a odiar esse CD, ou pelos não ter uma de suas músicas como preferida.
Enfim, essa é a dica de hoje: O CD novo do Sick Puppies!

sábado, 20 de julho de 2013

Dica cinematográfica: A bela Junie

A Bela Junie conta a história de Junie, uma garota que se muda após a morte da mãe para uma cidade qualquer da França e passa a estudar com o primo, na mesma classe. Logo todos os meninos começam a gostar dela, mas ela escolhe o mais calado da classe: Otto, até que ela descobre o verdadeiro amor de sua vida: Manours, seu professor de italiano.
A sinopse é muito bobinha e, de verdade, é bobinha mesmo, bem clichê.
No entanto, é a forma como tudo é explorado pelo filme que o torna original, como os jovens são abandonados ao relento, sem a preocupação dos pais, como o professor de italiano é um tremendo bobalhão romântico e como os relacionamentos podem ser cruéis para os homens e também para mulheres.
Obviamente Junie não se importa com isso e nem se incomoda com o começo e fim de relacionamentos, mas outras meninas na história sim e os meninos, com certeza.
É um filme muito interessante, até engraçado e vale a pena ser assistido!

sábado, 13 de julho de 2013

Dica televisiva: Skins

Skins é, provavelmente, a melhor série britânica de sempre!
Sério, eu gosto muito de Skins!
A série conta a história de um grupo de jovens, que muda a cada duas temporadas, com um episódio dedicado a cada um. É como se eles tivessem seus pontos de vista contadas em um episódio por temporada, a cada duas temporadas forma uma geração e os personagens são trocadas.
Até agora houveram três gerações, ou seja, seis temporadas e a segunda geração são, sem sombra de dúvidas, a melhor delas.
Na segunda temporada, Effy, assume um papel maior, ela era um personagem secundário na primeira geração, irmã de um dos personagens principais. Também temos Cook e Freddie e os três formam o triângulo amoroso da série, que tem um final trágico e, diferente da primeira geração, pra lá de ambiguo, com um final muito "WTF?".
Com esse final, os produtores decidiram criar uma sétima e última temporada, dedicada aos personagens mais queridos: Cassie, a anoréxica da primeira geração, Effy e Cook, com um subtítulo pra cada um: Pure, Fire e Rise, respectivamente.
Não só por trazer de volta antigos personagens, mas também por ser o final de uma ótima série, Skins merece ser assistido, principalmente a terceira e quarta temporadas.
E essa é a dica de hoje!

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Dica cinematográfica: Stoker

Stoker é um filme anglo-estadunidense (?  Também não sei quem elabora essas classificações) de 2013, com roteiro de Wentworth Miller, o Michael de Prison Break, e direção de Chan-Wook Park, o diretor de Oldboy.
Conta a história de India Stoker, uma adolescente excêntrica, que, no dia do seu aniversário de 18 anos tem que ir ao enterro do pai, que supostamente cometeu suicídio, pulando de uma ponte distante da cidade onde morava com a família. No enterro aparece Charlie, irmão do pai de India, um rapaz misterioso, que ela nunca viu e que começa a seduzir sua mãe, enquanto pessoas desaparecem e histórias, não contadas, começam a serem reveladas.
A análise desse filme tem que ser feita em duas parte: Uma pra direção e outra para o reoteiro.
Começemos pela direção... Chan-Wook Park tem um estilo bem único de fazer filmes. Não é necessário assistir todos os filmes dele para "pegar" suas características únicas. Primeiro pelas câmeras mais distantes. O enquadramento é feito várias vezes de longe, mostrando mais de um personagem na tela, enquanto grande parte do cenário é visto, geralmente são usadas dentro de casas ou prédios e nesse filme, esse estilo cai como uma luva, pois o visual é todo meio clássico, beirando o gótico, cheios de luminárias, paredes grandes, portas exuberantes e todo esse tipo de coisa que encanta os olhos. Depois também tem o abuso de espelhos e o jogo de câmeras, trocando de uma para outra em poucos segundos. Nesse filme esse recurso fica muito bom, principalmente por ter muitos flashbacks.
Já o roteiro, também não tem o que reclamar, é muito bom! Apesar da intenção foi ter feito um filme de terror, ele não é de terror. É mais um suspense psicológico, no estilo de Memento, em que a solução para o mistério não fica pro final, mas a escolha que o protagonista (no caso a India) faz para si é que surpreende. Pois nós sabemos quem é o culpado, quem é o vilão e tal, mas os heróis não são bons ou inocentes, são humanos e também são facilmente persuadidos, a não ser que eles tenham seu próprio plano.
Bem... Você só vai entender o que eu to falando quando assistir o filme, portante; assiste logo!

terça-feira, 9 de julho de 2013

Dica musical: "Bass Drum of Death" por Bass Drum of Death

Acho que era em 2011 ou 2010 quando eu conhece o No Age, a primeira banda de noise que eu escutei na minha vida. Gostei demais do estilo de música deles e passei a procurar outras bandas. Conheci e virei fã de várias, como a clássica Melt-Banana, o bagunceiro do Wavves, os canadenses do Japandroids e uma banda que havia acabado de lançar seu primeiro CD naquela época: Bass Drum of Death.
Fiquei fissurado no som deles no primeiro CD, o GB City e aí, com tantas bandas assim no arsenal, virei fã de Noise-rock!
Nesse ano o Bass Drum of Death lançou seu segundo CD: o "Bass Drum of Death"; explorando algumas sonoridades diferentes, mas o básico ainda está lá. Guitarras rasgadas e sujas, vocais arrastados, bateria pesada e nada de baixo.
Houve uma pequena, porém significativa mudança no som deles, mas não foi pra pior, foi pra melhor! Talvez por que os aparelhos que eles usam pra gravar agora sejam mais profissionais (No primeiro CD, pra gravar os vocais fora usado microfones USB, que eram os aparelhos mais baratos para gravação na época).
Os vocais ainda estão distorcidos e tudo é muito "noise", sem aquela preocupação de deixar o som limpo, sem ruídos e com efeitos especiais. O som é cru mesmo! Nada de sintetizadores ou toques eletrônicos, o que lembra um pouco as gravações mais antigas de punk rock.
Mas nada como uma boa distorção na guitarra pra dar aquela animada no meio de algumas músicas e várias distorções em alguns vocais também, com muitos "uuhhh" e "ooohhh!!!".
Enfim, essa é a dica de hoje: Bass Drum of Death, uma banda que vale muito a pena ouvir!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Dica cinematográfica: Twelve-Vidas sem rumo

Hoje a dica é do, provavelmente, filme mais subestimado de todos os tempos, mas que um dia se tornará um clássico.
Muitos filmes bons são subestimados por um bom tempo pelo público em geral, Scott Pilgrim é um exemplo, o próprio Hobbit, lançado ano passado e até Clube da Luta já passou por isso.
Twelve não é exceção, mas o motivo dele ser subestimado talvez seja pela sua complexidade.
Twelve conta a história de White Mike, um traficante do Upper East Side, que está em todas as festas dos riquinhos vendendo drogas para eles e acumulando dinheiro. Ao mesmo tempo em que White Mike nos é apresentado, somos apresentados também à outras pessoas, construindo uma teia de jovens ricos e perdidos. Todos são uma espécie de Holdens Caulfields perdidos em Nova Yorque, com a única diferença de que os pais deles não dão a mínima para eles e que eles fazem todo tipo de besteiro embaixo dos narizes de seus pais ricos e poderosos.
Com o passar da história você acaba percebendo que o filme não é sobre White Mike ou sobre jovens ricos e malcriados, mas sobre a fragilidade da vida. Todos eles se acham poderosos demais para morrer, sejam os ricos malcriados de Upper East Side ou os traficantes que White Mike conhece. São todos poderosos demais para morrer e não conseguem senti-la, nem mesmo quando a morte se apresenta diante deles em seus últimos suspiros.
Por esse motivo o filme é muito subestimado, por que as pessoas acabam se confundindo com tantos personagens, todos perdidos e de certa forma parecidos. O próprio White Mike não é um cara comum, ele é um traficante, mas não bebe ou fuma, apenas brinca com a vida de dezenas de jovens que passam por ele todos os dias, sem se importar no que vai ser deles no dia seguinte.
Twelve é um filme muito bom, mas complexo ao mesmo tempo, o que com certeza o fará um "Obrigatório na sua estante de blu-rays" no futuro.
Enfim, assistam a "Twelve-Vidas sem rumo" e leiam o livro se o acharem por aí, na internet.

domingo, 7 de julho de 2013

Dica cinematográfica: O lugar onde tudo termina

Mais um filme de Ryan Gosling, só que não...
Não, por que "O lugar onde tudo termina" conta a história de quatro vidas, que sofrem drásticas mudanças, seja por uma mera brincadeira do "destino" ou por uma consequência de seus atos errados, porém humanos.
A primeira vida é a de Ryan Gosling, que interpreta um motociclista de globo da morte em um circo. Quando sua trupe está de passagem em uma cidade atrás dos pinheiros, ele reencontra uma antiga paixão e descobre que é pai. No entanto, ela não precisa de ajuda, afinal está trabalhando, voltou a estudar e tem um outro homem.
Mesmo assim, ele decide ficar na cidade, abandona o circo e começa a trabalhar em uma oficina mecânica. Precisando de dinheiro rápido e em grandes quantidades, o motociclista decide roubar bancos, com o apoio de seu chefe.
Tuda vai pro ralo quando ele se envolve em uma briga com o novo homem da mãe de seu filho e ele vai preso. Impulsivo e descontrolado, ele sai da prisão, para ter um fim nada agradável e até injusto.
É nesse momento, quando você acha que o fim chegou, que se inicia outra história, contando a vida do policial que o deteve. Um pai de família que leva um tiro na perna e fica um período afastado da polícia e já não pode mais trabalhar em rondas policiais, como era o seu desejo.
Em seu novo trabalho na delegacia de polícia, ele descobre uma enorme rede de corrupção dentro da polícia e decide pedir ajuda para o seu pai, um juiz, dedicado à política, que desmantela a rede de corrupção da polícia.
Sem poder voltar para o polícia, esse policial decide entrar na política e 15 anos depois, inicia-se a terceira e última história deste bem bolado filme, que conta a vida de dois jovens, com ligações diretas com um ponto do passado em que uniu seus pais pela primeira e última vez.
Enfim, esse filme é muito bom e surpreendente até. Pode até ser um pouco exagerado e cansativo em determinado ponto, mas as histórias te prendem e você não consegue terminar de vê-lo, antes do final, muito belo por sinal.



sexta-feira, 5 de julho de 2013

Dica cinematográfica: Blue Valentine

Mais um do sr. Gosling e acho que ainda vou indicar mais por que tenho mais filmes dele pra assistir aqui, então pros próximos dias, só sr. Gosling nas dicas cinematográficas!
Sou fã desse cara.
Nesse filme, ele atua maravilhosamente bem, como sempre. Sem surpresas. A Michelle Williams também dá um show nesse filme, talvez pro ser um dramalhão, cheio de choros e brigas eles tiveram a oportunidade de mostrar como são bons artistas nesse filme.
Sem contar a trilha sonora, que é, oficialmente, feita pelo Grizzly Bear, mas o trunfo está nas músicas separadas: "You and Me" e "You always hurt the ones you love".
O filme conta a história do começo e o fim do relacionamento amoroso entre Dean e Cindy, um casal que se conhece em um azilo e a partir daí eles começam a sua história de amor, resultando em casamento, uma filha, mas com um final muito infeliz.
A história começa com os dois enfrentando os últimos momentos do seu casamento e o começo do mesmo é contado através de flashbacks. Inúmeros flashbacks, que funcionam para contar o começo do relacionamento dos dois, mas o telespectador acaba ficando sem saber como eles chegaram ao outro extremo, que é o fim do romance, do amor e do casamento.
Dá pra perceber que o filme não parece ser lá essas coisas, mas vale a pena só pelos flashbacks, que são engraçados e românticos, até filosóficos e um te deixa com raiva, mas tudo bem; o filme ficou legal, no geral.


quinta-feira, 4 de julho de 2013

Dica musical: "An eye for an eye" do Like Moths To Flames

Acho que o CD ainda não saiu oficialmente, mas já da pra ouvir ele inteiro no Youtube da Rise Records, então é só procurar.
Like Moths To Flames é uma banda de metalcore estadunidense de Dayton, Ohio. Existe uma longa história antes da banda ser formada, que consiste no vocalista e todos os outros membros terem passado por diversas bandas diferentes até se encontrarem e formarem o Like Moths To Flames.
Eu sempre tive um certo interesse nessa banda pelo fato do vocalista ter participado de várias bandas cristãs antes de formar o Like Moths To Flames, como Agraceful e Emarosa, se bem que só Agraceful que eu ainda gosto. No entanto, nunca fui muito fã das músicas do Like Moths To Flames, confesso que elas eram pesadas demais, até pra mim.
Mas nesse novo CD, eles estão muito bom. O som continua pesado pra caramba, mas os solos de guitarra e os refrões são extremamente marcantes e fazem seus ouvidos dançarem e pularem e você fica repetindo as letras com o vocalista por horas e horas.
As letras não são tão excepcionais, algumas são muito boas, mas no geral são apenas legais, não chegam a seres uma espécie de catarse para quem ouve.
Enfim, esse CD provavelmente não entra na minha lista de melhores do ano, assim como outros que eu já indiquei aqui, mas vale a pena ouvir, por que está muito bom.
Só não chega a ser incrivelmente fodástico, mas tá muito bom, sim!


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Dica Literária: "As crônicas de Nárnia"

Hoje a dica vai ser bem diferente, por que eu não vou indicar só um livro, mas sete livros!!!
Sim, eu acabei de ler hoje esse volume único de As crônicas de Nárnia, com todos os sete livros que contam as aventuras nessa maravilhosa terra chamada Nárnia.
Você, com certeza, já ouviu falar de Nárnia, por que já viu os filmes. Talvez você não goste deles por achar que é coisa de criança e tal, mas se você pensa assim nem precisa entrar nesse blog, por que aqui, crianças são reis e rainhas e adultos são coisas assustadoras que nós ignoramos para conseguirmos dormir à noite.
E saiba também que você está perdendo uma grande história se só assistiu os filmes, por que os filmes só cobrem o segundo, o quarto e o quinto volume da série. Há muito mais além daquelas histórias, muito mais personagens centrais, além dos quatro irmãos e muito mais história do que aquilo.
É notável as influências cristãs que existem nos livros, ficam mais evidentes no primeiro e no último, mas em todos têm e o C.S.Lewis dá boas respostas à certas dúvidas existenciais que permeiam a cabeça de todos. Se eu tivesse lido esse livro quando criança, talvez fosse um jovem muito menos complicado do que hoje.
Mas vamos a história: .... Bem, é difícil falar de história por que são sete histórias diferentes, uma melhor que a outra, o que torna muito difícil fazer uma sinopse, no entanto, o que eu posso dizer é que as crônicas de Nárnia contam as principais e mais belas histórias de um belo mundo que já não existe mais. Desde o seu nascimento, sua principal guerra, o início de rivalidades entre os países, a história de um príncipe destronado, a viagem mais emocionante que alguém poderia fazer, o retorno de um príncipe sumido e, por fim, o fim do mundo de Nárnia.
Por que nenhum mundo é eterno.
...

terça-feira, 2 de julho de 2013

Dica literária: Turma da Mônica: Laços

Faço minhas as palavras da Giovana Medeiros: "Isso, minha gente, tá lindo de morrer!"
Turma da Mônica: Laços é o segundo livro da série/campanha/selo(?) Graphic MSP, em que o Maurício de Sousa, lá no longínquo ano de 2011 convidou artistas para fazerem uma releitura em forma de graphic novel de alguns de seus personagens. O primeiro foi Astronauta Magnetar, o qual eu não li, por que sei lá... Não me interessei tanto, mas acho que vou comprar algum exemplar agora e o segundo a sair é esse aí: Laços, feita por Vitor e Lu Cafaggi, dois irmãos mineiros que já faz um tempinho que eu ando acompanhando o trabalho dos dois.
Virei fã do Vitor Cafaggi com o Valente, a tira que ele publica no jornal O Globo. E também virei fã da Lu Cafaggi com o projeto ousado dela de criar umas micro hq's e compilá-las no projetinho dela: O Mixtape.
No entanto, acima disso, virei fã dos dois mais por causa do traço deles.
O estilo de desenho deles é muito único, sério, eu nunca vi algum artista fazer algo parecido, é muito suave, fofo, limpo e cativante ao mesmo tempo.
O traço do Vitor Cafaggi é até um pouco mais comum, talvez ele tenha feito escola ou algo assim, ou vai ver é por que ele é homem mesmo e tenha um traço mais prático. Mas o da Lu Cafaggi é muito único. Os desenhos dela esbanjam fofura e a maioria são feitos com uns tons de sépia bonitos demais.
Sem contar que eles têm um dom muito grande de criar histórias emocionantes e nostálgicas ao mesmo tempo. As tiras do Valente do Vitor são verdadeiras pérolas, que esbanjam emoção e simplicidade no modo como são retratados os relacionamentos e é tudo tão natural que você fica com dó de terminar de ler.
Essa graphic novel é a mesma coisa: Dá dó de terminar de ler de tão boa que é.
A cada página você fica mais e mais arrepiado e dá vontade de chorar, mas o final é tão belo e simples que você fica tão feliz que até esquece das lágrimas.
Na história o Floquinho sumiu e os quatro principais do bairro do Limoeiro se unem parar achá-lo. Diversas vezes durante a história são feitas referências à antigas histórias da turma da Mônica, que despertam um sorriso em todo mundo que teve a infância marcada pelos gibis dessa maravilhosa turminha.
Enfim, vale muito a pena comprar essa graphic novel e acreditar nesses talentos dos quadrinhos nacionais.
E que venha as próximas, acho que a próxima a sair será do Chico Bento, feita pelo dono do traço mais firme e simples do Brasil: Gustavo Duarte (sério, o traço dele é tão bom que alguns já perguntaram pra ele se ele não faz todos os desenhos no computador mesmo e não na mão, mas, pasmem, ele faz tudo a mão) e também terá do Pineco e acho que do Horácio também, mal posso esperar.

Dica cinematográfica: Universidade Monstros

Assisti ontem mais um maravilhoso filme da Pixar.
De uns tempos pra cá, desde Wall-e, se não em engano, a Pixar tem feito filmes com uma pegada mais "romantica" digamos assim. Explorando mais o lado sentimental dos personagens e para isso, nada melhor do que fazer filmes nostálgicos, que deixam qualquer um com lárgimas nos olhos.
O primeiro dessa nova leva de filmes nostálgicos foi "Toy Story 3", que é nostálgico demais e o final é de cortar o coração de tão emocionante.
O segundo é Universidade Monstros, que apesar de não ser tão emocionante como "Toy Story 3", gera um clima nostálgico por nos apresentar personagens antigos com um visual novo e jovial.
O primeiro a ser apresentado é logo Mike e como surgiu o seu sonho de trabalhar na Monstros S.A.
E aí entra a parte emocionante do filme; praticamente o filme todo trata de perseguir o seu sonho e de como isso não traz realmente a felicidade, afinal, não adianta você perseguir o seu sonho, sem ter com que compartilhá-lo.
O Mike queria entrar na faculdade, participar do curso de assustadores e ser o maior assustador de todos os tempos, mas para isso ele se esquece dos amigos e acaba achando que pode fazer tudo isso sozinho, o que não é bem assim e ele passa a respeitar seus amigos de fraternidade e o James P. Sullivan.
Juntos, eles ganham um campeonato da universidade e acham que está tudo bem, até Mike descobrir que o Sullivan trapaceou e a partir daí, os dois vão para o mundo dos humanos, fazem as pazes e voltam para a universidade só para serem expulsos.
Durante todo o filme é mostrado uma supervalorização do ensino superior, da perseguição dos sonhos pessoais de cada um e outras mensagens, supostamente positivas, mas é no final que é revelado a carta na manga do filme e do que ele realmente se trata: Amizade.
Não adianta você perseguir seus sonhos, entrar numa boa universidade, arranjar um bom emprego e conquistar tudo o que você ambicionou, sem ter com quem compartilhar os frutos de todo o seu trabalho e não só isso, sem ter com quem compartilhar os pesos das responsabilidades, as dores e os esforços, por que só assim é que você consegue conquistar aquilo que sempre desejou, feliz e de forma natural.
E isso acontece no final do filme.
Os dois amigos são expulsos, mas vão embora felizes, sabendo que seus colegas de fraternidade (antes perdedores, sem futuro) entraram no curso de assustadores e estão começando a se dar bem na universidade. Cada um decide tomar um rumo diferente na vida, mas Sullivan se toca de que não é nada sem o Mike e o Mike não é nada sem ele. Os dois tem habilidade únicas que se complementam e juntos eles podem ser os maiores assustadores do mundo.
Mas eles foram expulsos da universidade, não tem mais futuro como assustadores e só no final eles se tocam de que não são as glórias que importam, mas o caminho que leva até elas.
O sonho deles era trabalhar na Monstros S.A. e eles arranjam um trabalho pr lá, como responsáveis das correspondências e com dedicação e alegria, eles vão sendo promovidos, um pouco de cada vez, até conseguirem alcançar o andar de sustos da fábrica, prontos para fazer história, revolucionando a indústria de energia, coisa que é mostrada no primeiro filme.
É interessante notar também que no primeiro filme o personagem principal e o herói é o Sullivan, já neste o personagem principal é o Mike.
Mas tanto no primeiro, quanto no segundo, os dois tem participações igualmente importantes e como já fica explícito desde o começo: Eles se complementam.
Enfim, essa é a dica de hoje: Universidade Monstros, um ótimo filme, com ares de nostalgia, direto dos estúdios da Pixar.
E que venha o "Procurando Doris", a continuação (ou não) do Procurando Nemo, que provavelmente também terá esses ares nostálgicos, que a Pixar aprendeu a explorar tão bem.