terça-feira, 2 de julho de 2013

Dica cinematográfica: Universidade Monstros

Assisti ontem mais um maravilhoso filme da Pixar.
De uns tempos pra cá, desde Wall-e, se não em engano, a Pixar tem feito filmes com uma pegada mais "romantica" digamos assim. Explorando mais o lado sentimental dos personagens e para isso, nada melhor do que fazer filmes nostálgicos, que deixam qualquer um com lárgimas nos olhos.
O primeiro dessa nova leva de filmes nostálgicos foi "Toy Story 3", que é nostálgico demais e o final é de cortar o coração de tão emocionante.
O segundo é Universidade Monstros, que apesar de não ser tão emocionante como "Toy Story 3", gera um clima nostálgico por nos apresentar personagens antigos com um visual novo e jovial.
O primeiro a ser apresentado é logo Mike e como surgiu o seu sonho de trabalhar na Monstros S.A.
E aí entra a parte emocionante do filme; praticamente o filme todo trata de perseguir o seu sonho e de como isso não traz realmente a felicidade, afinal, não adianta você perseguir o seu sonho, sem ter com que compartilhá-lo.
O Mike queria entrar na faculdade, participar do curso de assustadores e ser o maior assustador de todos os tempos, mas para isso ele se esquece dos amigos e acaba achando que pode fazer tudo isso sozinho, o que não é bem assim e ele passa a respeitar seus amigos de fraternidade e o James P. Sullivan.
Juntos, eles ganham um campeonato da universidade e acham que está tudo bem, até Mike descobrir que o Sullivan trapaceou e a partir daí, os dois vão para o mundo dos humanos, fazem as pazes e voltam para a universidade só para serem expulsos.
Durante todo o filme é mostrado uma supervalorização do ensino superior, da perseguição dos sonhos pessoais de cada um e outras mensagens, supostamente positivas, mas é no final que é revelado a carta na manga do filme e do que ele realmente se trata: Amizade.
Não adianta você perseguir seus sonhos, entrar numa boa universidade, arranjar um bom emprego e conquistar tudo o que você ambicionou, sem ter com quem compartilhar os frutos de todo o seu trabalho e não só isso, sem ter com quem compartilhar os pesos das responsabilidades, as dores e os esforços, por que só assim é que você consegue conquistar aquilo que sempre desejou, feliz e de forma natural.
E isso acontece no final do filme.
Os dois amigos são expulsos, mas vão embora felizes, sabendo que seus colegas de fraternidade (antes perdedores, sem futuro) entraram no curso de assustadores e estão começando a se dar bem na universidade. Cada um decide tomar um rumo diferente na vida, mas Sullivan se toca de que não é nada sem o Mike e o Mike não é nada sem ele. Os dois tem habilidade únicas que se complementam e juntos eles podem ser os maiores assustadores do mundo.
Mas eles foram expulsos da universidade, não tem mais futuro como assustadores e só no final eles se tocam de que não são as glórias que importam, mas o caminho que leva até elas.
O sonho deles era trabalhar na Monstros S.A. e eles arranjam um trabalho pr lá, como responsáveis das correspondências e com dedicação e alegria, eles vão sendo promovidos, um pouco de cada vez, até conseguirem alcançar o andar de sustos da fábrica, prontos para fazer história, revolucionando a indústria de energia, coisa que é mostrada no primeiro filme.
É interessante notar também que no primeiro filme o personagem principal e o herói é o Sullivan, já neste o personagem principal é o Mike.
Mas tanto no primeiro, quanto no segundo, os dois tem participações igualmente importantes e como já fica explícito desde o começo: Eles se complementam.
Enfim, essa é a dica de hoje: Universidade Monstros, um ótimo filme, com ares de nostalgia, direto dos estúdios da Pixar.
E que venha o "Procurando Doris", a continuação (ou não) do Procurando Nemo, que provavelmente também terá esses ares nostálgicos, que a Pixar aprendeu a explorar tão bem.