domingo, 9 de março de 2014

Dica televisiva: Ergo Proxy

ergopr13Ergo Proxy é um anime de 2006, com um nível de experimentalismo muito forte, envolvendo filosofias diversas em uma história de suspense e ficção científica, além de misturar CG, com animação tradicional 2-D e alguns efeitos especiais computadorizados muito utilizados em filmes de ação.

A história de Ergo Proxy se passa em um futuro distante, num mundo pós-apocalíptico, onde as pessoas vivem numa hipo-utopia, uma era após a utopia ou a distopia, onde não há mais futuro, eles são o futuro e não há mais para onde ir, seja pelos avanços científicos, o controle social ou simplesmente pelo tédio, a ideia de não ter mais o que fazer.

Na cidade de Romdo, uma redoma protegida do mundo exterior infectado e destruído, os seres humanos convivem junto com autoreivs, andróides com a função de proteger seus donos ou de fazer companhia, depende da função. No entanto, esse equilíbrio começa a ser ameaçado ao acontecer assassinatos e outros acidentes envolvendo autoreivs infectados com Cogito, um vírus que os faz adquirir consciência e querer partir em alguma jornada existencial para descobrir se sua consciência sempre existiu e só então foi despertada ou se sua consciência é um fruto das experiências que viverão.

Para deter o vírus, o governo central de Romdo começa a fazer testes com criaturas chamadas Proxys, seres tidos como imortais e onipotentes, uma espécie de deus, mas um deles sai do controle, ameaçando a ordem natural regida na cidade, envolvendo cidadãos ideais como Vincent Law, um imigrante e Raul Creed, chefe do escritório de segurança da cidade.

Um resumo da história é muito difícil de ser feito, pois envolve ainda outros personagens, como Re-I Mayer, neta do regente de Romdo e que trabalha na companhia de inteligência da cidade, investigando os crimes cometidos por autoreivs e Pino, uma autoreiv infectada que se aproxima de Vincent na sua busca existencial. A história também foca muito no desenvolvimento dos sentimentos e pensamentos dos personagens, sendo maçante em muitos momentos.

De fato, eu achei que Ergo Proxy seria muito bem contado em 12 episódios e se fosse criado nos dias de hoje, seria assim.

Esse é o seu ponto baixo, além da animação, que, talvez pela época em que foi feita, não seja surpreendente, apesar de usar CG e efeitos de computador, afinal, é um anime experimental, tanto na qualidade da animação, quanto na história.

E também é experimental na trilha sonora, fazendo você pensar que é uma série estadunidense, com os típicos ritmos de pressão e suspense, além da abertura e encerramento, ótimos, porém cantados em inglês.

Enfim, Ergo Proxy não é anime para qualquer um, muito pelo contrário, é um anime difícil de ser compreendido, cansativo, mas que tem seus pontos positivos e um final satisfatório, fechando todos os mistérios colocados durante seus mais de 20 episódios.

4 pontos