terça-feira, 4 de julho de 2017

Dica musical: "Spin" de Tigers Jaw (2017)

tigers-jaw-spin

Preciso falar desse álbum antes que seja tarde demais.

https://www.youtube.com/watch?v=xG3E0SAw4uA

“Spin” é o 5º álbum de estúdio de Tigers Jaw, o primeiro como um duo (agora são apenas Ben Walsh e Brianna Collins), mais um pra conta do Will Yip e o primeiro lançamento da Black Cement, nova marca associada com a Atlantic Records (uma parceria, na verdade) que está lançando esse CDzinho bacana.

Como todo 5º álbum e logo após uma grande mudança na formação da banda, é de se esperar que esse álbum seria um desastre ou que não atenderia as expectativas, mas não. O álbum contém a mesma energia gostosa de álbuns anteriores da banda, com a mescla de dois grandes gêneros: emo e indie rock, criando algo novo e de difícil classificação.

As melodias tem toques melancólicos, mas também são divertidas de se ouvir, evocam uma melancolia agradável, suportável ou ainda, aquela calmaria depois da tempestade. Já as letras, tocam em temas pesados, não com tanta profundidade quanto outras bandas desse mesmo mundo musical em que Tigers Jaw se insere, relacionados a relacionamentos de longo prazo, coisas que criam uma fácil identificação com fãs de longa data.

E tudo vem aos pares agora, seja como uma forma de brincadeira ou seja despropositadamente, as canções se entregam a uma métrica manjada de pares, uma organização bem simples e até ordinária, mas que funciona e se expande até mesmo para compreender a atuação dos vocalistas, Ben e Brianna se dividem nos vocais, um canta uma música, outro canta outra, algumas têm a participação dos dois. Ele com uma voz mais seca e profunda, enquanto ela aparece com uma voz doce e melancólica.

É uma boa combinação.

https://www.youtube.com/watch?v=NW5XKQbPDto

Particularmente, nunca fui muito fã do Tigers Jaw, mas gosto bastante do autointitulado álbum de 2008 e gostei bastante de “Spin”, é simples e ordinário, mas absolutamente não é medíocre, é na simplicidade que o Tigers Jaw mostra as suas presas e abocanha os ouvidos das almas sensíveis.

Enfim, “Spin” é um bom álbum bem gostoso de se escutar, para aqueles momentos de relaxamento no final do dia, deitado na cama, admirando o pôr-do-sol, ouvindo as folhas das árvores se esfregando. Vale a pena escutar!

3 pontos e meio