quinta-feira, 28 de junho de 2018

Dica musical: “Springtime and Blind” de Fiddlehead (2018)

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O hardcore de anos atrás parece estar se desgastando, mas eu acredito ser apenas uma ilusão. Enquanto bandas classudas levam cada vez mais tempo pra lançar novos álbuns, algumas novas estão surgindo aí e mostrando que o gênero continua vivo, um bom exemplo é Fiddlehead.

Não conhecia essa banda e quando a conheci já tinham lançado esse álbum. Fui conhecer através de uma gravação em fita de um show deles pra promover esse álbum gostoso. E que álbum! Apenas punk e hardcore de primeira linha, simples, porém enérgico. Um álbum pra se ouvir balançando a cabeça.

Os vocais gritantes alongam as letras curtas e, muitas vezes, tão ambíguas que é complicado extrair algum sentido dali, mas é bacana. É o tipo de música que eu curto, não é pra todo mundo, mas eu gosto. Além disso, ainda há uma série de vozes sobrepostas nos refrãos, o que torna a música perfeita para ser gritada junto com o vocalista.

Ao final, soa bem genérico, pra ser honesto, mas é um genérico que não precisa ser melhor, assim como os álbuns do Basement. É uma música pra ser tocada alta, rápida e que te faça pular no meio de um monte de moleque suado numa danceteria abafada.

Fiddlehead traz boas memórias à mente e nos traz um suave frescor a um gênero que está tendo que se rebalancear (esqueça a soberania das bandas da Philadelphia).

4 pontos

terça-feira, 26 de junho de 2018

Dica cinematográfica: “Che cosa sono le nuvole” (1967)

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Hoje irei indicar um curta-metragem clássico, provavelmente uma das melhores coisas que Pier Paolo Pasolini já fez em sua vida e olha que ele fez muita coisa!

O nome do curta é “Che cosa sono le nuvole” ou “O que são as nuvens?” numa tradução literal e é uma adaptação muito criativa de Otelo, feita por marionetes. No filme, conhecemos um grupo de marionetes que acaba de receber a presença de Otelo, que está feliz demais por ter ganhado vida. Quando a peça começa, Otelo, atrás do palco, começa a questionar o seu papel. Por que as pessoas são ruins? Por que elas fazem coisas desagradáveis umas às outras? O que ele fez ali? E, principalmente, por que ele está ali? São questões existenciais que Otelo não entende e que o incomodam profundamente, culminando num desastre que o faz ser jogado fora. No entanto, é no lixão, ao lado de Iago, que Otelo descobre, de maneira singela, um dos poucos aspectos bons da vida.

O curta é encontrado de forma solta na internet, mas foi lançado, primeiramente, como parte da coletânea de curtos italianos “Capriccio all’italiana”. Não assisti os outros 3 filmes integrantes da coletânea, mas li comentários de que este era o melhor e não duvido. O filme é de uma beleza ímpar, muito bem produzido, contém diversos efeitos e jogos de câmera pouco comuns para a época, além de explorar temas que incomodam, mas que acabam por emocionar em seu ápice, mais para o final.

Apesar de contar pouco mais de 20 minutos, é uma obra para se admirar e assistir várias e várias vezes, podendo provocar diversos questionamentos e reflexões.

5 pontos

terça-feira, 19 de junho de 2018

Dica cinematográfica: "Trailblazers: the new zealand story" (2007)

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Hoje a dica de um documentário, algo um pouco incomum, mas que merece espaço por aqui. Eu sou um grande fã de documentários e cresci assistindo aqueles documentários de ciências da BBC. Mais velho fui me tornando mais seletivo e os documentários da BBC já não chamavam tanto a atenção, mas ainda gosto muito do gênero.

Enfim, o documentário em questão é um filme mais que essencial, principalmente para nós, brasileiros, morando nesse país lindo no famigerado ano de 2018. O documentário de cunho mais analítico do que histórico ou crítico nos apresenta a historia de como a Nova Zelândia superou uma grave crise econômica nos anos 80 e pôde se tornar um dos países mais economicamente sustentáveis, estáveis e livres do século 21.

Ao longo dos anos 80, uma série de medidas do governo começaram a prejudicar a economia da Nova Zelândia, ainda que de forma indireta, o que fez o próximo líder do país, Roger Douglas, adotar medidas drásticas e muito mal vistas, com resultados imediatos ruins, mas que a longo prazo, provaram ser extremamente efetivas. Essas medidas ficaram conhecidas como Rogernomics e envolviam menor atuação do governo nas exportações e importações, menos subsídios, privilégios e ação estatal sobre a economia. Não preciso nem dizer o quão importante é essa lição para os brasileiros atualmente, né?

Através de uma série de entrevistas com pessoas dentro e fora do governo, os produtores do documentário nos mostram como essas medidas impopulares refletiram diretamente na criatividade e produtividade dos neozelandeses, ou como eles se chamam, os kiwis. Isso acabou criando uma economia mais dinâmica, diversificada e criativa.

O mais essencial é que Roger Douglas era parte do Labour Party, um partido de centro-esquerda, uma espécie de PT de lá, portanto nunca foi libertário, como os produtores do documentário. Aliado a atitudes de liberalização da economia estava uma mente sempre preocupada com os mais necessitados, o que acabou criando uma economia sustentável. Roger Douglas mostrou que é possível se ter liberdade e preocupação social ao mesmo tempo. Isso fica claro quando o documentário mostra e compara o setor pesqueiro da Nova Zelândia com o de outros países como o Japão. Outro ponto importante é a questão social dos nativos, que não perderam sua cultura e tudo por causa da liberdade que o governo de Roger Douglas aliado ao enriquecimento da população, dando oportunidade para que todos crescessem juntos. Sem controle estatal, sem burocracia, sem leis excessivas.

A história da Nova Zelândia é uma historia fantástica de superação, criatividade e liberdade. O filme é curtinho, tem uma qualidade técnica incrível, ótima e cenas e imagens belíssimas de um dos mais belos países do mundo, com um cuidado especial para que a mensagem seja transmitida da maneira mais clara possível.

Isso sem falar na necessidade de se tomar a Nova Zelândia como um exemplo para os problemas que o nosso pais passa hoje. A Nova Zelândia é muito diferente do Brasil, mas podemos usá-la como um modelo sustentável.

5 pontos

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Dica literária: "Júlio Cesar" (1599)

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No primeiro ano da faculdade li Édipo Rei e, junto com amigos, ficamos espantados o quão bem faz ler essas obras que estão no imaginário coletivo, mas que nunca nos aventuramos em ler. A experiência é boa, pois amplia o nosso horizonte do que entendemos por literatura, sem contar que podemos criar nossa própria visão de momentos extremamente importantes da história da literatura. É o mesmo caso com esse livro aqui.

Júlio César é uma das principais tragédias de Shakespeare e conta a história dos últimos dias, ou melhor, horas do imperador romano, antes de ser traído por um de seus mais fiéis seguidores, Bruto.

Apesar do título, Shakespeare, genuinamente genial, quebra as nossas expectativas e faz com que Bruto seja o verdadeiro protagonista dessa obra, apresentando um personagem complexo, antagonizado pela história, mas que aqui, ganha ares de simpatia, fazendo o que fez pela República Romana. Entendemos o crime, mas em nenhum momento compactuamos com o ocorrido, pois Shakespeare deixa bem claro que é um crime, independente das intenções.

A obra foi recentemente lançada pela cia das letras sob o selo da penguin. Sou fã dessas edições e, apesar de não ser um entendido em traduções de Shakespeare, eu assumo que é a melhor que existe no mercado brasileiro atual.

4 pontos

terça-feira, 12 de junho de 2018

Post Especial do Dia dos Namorados

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Hoje é dia dos Namorados. Eu odeio esse dia. Odeio demonstrações públicas de afeto, então odeio esse dia, mas não vou criar um post tentando explicar de maneira racional o meu ódio irracional por um dia racional que abusa do sentimentalismo irracional de seres racionais, eu vou criar um post que irá servir a você, meu leitor que não leva jeito com garotas, do ponto de vista de alguém que também não leva jeito com mulheres, mas que tem experiência no assunto, afinal são mais de 20 anos procurando a mulher perfeita, 20 anos de foras, rachaduras no coração, DCpções e aprendizado, o que me levou a criar, no post de hoje, uma lista de sinais que indicam que ela está afim de você.

Porém, como eu já disse, tenho muito mais experiência com o outro lado da moeda, eu não sou um coach de relacionamento e acredito que aprendemos muito mais com nossos erros do que com os nossos acertos. Aprendemos muito mais com o mau exemplo e é por isso que resolvi criar uma lista com 5 sinais que você acha que indicam que ela está afim de você e 3 sinais de que ela está, realmente, afim de você.

6 sinais que você acha que a cremosa está afim de você, mas na verdade não está

  1. Ela tem gostos parecidos com os seus


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Todo adolescente já passou por isso. Você entra na escola, primeira semana de aula, de repente, a cremosinha tira da mochila um caderno do Star Wars. Você arregala os olhos e pergunta “você gosta de Star Wars?” e ela responde “Sim, pra caramba!” e no minuto seguinte você já se imaginou levando-a para uma sorveteria, beijando-a com gosto de flocos e cobertura de morango, andando de mãos dadas, apresentando-a pra sua família, casamento na catedral, 2 filhos, um cachorro, um gato e uma casa à beira da praia, mas você está errado! O simples fato da garota gostar das mesmas coisas que você não indica que ela está afim de você, muito menos se ela já gosta de algo antes de te conhecer. A verdade é que isso é mais um indicativo de que ela gosta da sua companhia, como amigo, do que como um macho alfa que irá fertiliza-la para contribuir com a sobrevivência da espécie.

  1. Vocês passam muito tempo conversando


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E por muito tempo eu quero dizer mais de 20 minutos por dia, isso é já é tempo demais. Pode conversar com qualquer cara que pega muitas meninas por aí, ele não passa horas desenrolando o assunto com a cremosa, é simplesmente pá-pum, entendeu? Se a menina passa muito tempo conversando com você não é indicativo de que ela está afim de carregar os seus filhos, muito pelo contrário, dependendo de como for a conversa é mais um sinal de que ela conversa contigo por te achar muito solitário ou então porque ela é dependente demais de uma companhia, mas não tem ninguém pra passar um tempo. Uma coisa que você tem que botar na sua cabeça é de que homens são solitários por natureza e quando saímos da nossa solidão nos misturamos com outros homens, se você passa tempo demais com mulheres, há algo errado aí.

  1. Ela te elogia


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“Fofo”, “Gentil”, “Bonito”, “Charmoso”, “Legal”, “Engraçado” são todas coisas que eu ouvi minha vida toda de uma ampla variedade de mulheres e eu nunca fiquei com uma mulher que me elogiou. Aprenda uma coisa, mulheres elogiam depois do primeiro beijo, nunca antes. Claro que isso depende um pouco do contexto, se ela te elogia, tocando no seu bíceps no meu de uma festa, talvez valha a pena investir um pouco, mas se ela te elogia no meio de uma caminhada, no intervalo entre as aulas ou na hora do almoço do trabalho, provavelmente ela só te considera uma boa pessoa mesmo, nada demais.

  1. Há um namorado entre você e ela


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Na série “Smallvile”, Clark Kent gostava de Lana Lang, a mulher que o Superman merece, mas ela tinha um namorado e durante uma conversa com Lex Luthor, Clark ouve do amigo a seguinte frase: “Ela tem um namorado colegial, Clark. Um namorado no colegial não é um obstáculo, é um desafio!”. A mensagem é clara, se a menina tem um namorado, mas vale a pena, invista, ela irá largar do namorado por você. Pobre ilusão! Eu acreditei nisso por anos e me dei muito mal. Não adianta, se uma mulher gosta de um cara, não importa o quão inútil, babaca, gordo, feio, ridículo, burro que ele seja, ela vai gostar dele até ela se convencer de que ele não vale a pena. É a lei da selva, as garotas dispõem de uma ampla oferta de homens para lhes satisfazer, quando finalmente escolhem um, o seu cérebro faz com que acreditem que realizaram a escolha ideal e não é outro homem que irá lhes convencer do contrário. Portanto, esqueça esse ideal romântico do cavalheiro que livra a princesa de seu sequestrador, se o sequestrador for do gosto dela, ela vai ficar com ele até o final e você vai chupar o dedo. Sem contar que talarico tem mais é que se fuder mesmo!

  1. Ela aceitou sair com você


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Esta é uma dica crucial, mas já se tornou quase um senso-comum em discussões amorosas, mas de uma perspectiva errada. Geralmente você vai ouvir isso de feministas radicais irritantes e mimizentas que insistem em crucificar todos os homens que ficam bravos quando a menina sai com o cara e não lhe dá nem um beijinho de despedida. O erro nessa mensagem é a abordagem, ao invés de julgar e tentar crucificar os homens, elas deveriam simplesmente explicar que as mulheres são seres altamente sociais, elas encaram o fato de sair de casa de forma diferente que os homens, para elas é uma necessidade. Quando elas vão a uma festa por exemplo, elas se sentem muito bem em só sair com as amigas e dançar a noite, já o homem se não beber, se não conhecer ao menos um cara na festa e não beijar uma garota, se sente mal por isso. Então quando a menina aceita ir ao cinema ou ao restaurante com você, provavelmente ela só quer ver um filme e comer algo diferente naquela ocasião. É claro que, se ela aceitou sair com você, já é indicativo de que ela está afim de você, mas aí leia a dica de número 2, de novo.

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3 sinais de que a cremosa está, realmente, afim de você

  1. Ela olha quando você vai embora


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Sabe aquele momento em filmes que a menina olha pro cara quando ele está indo embora e ele olha também, aí os dois correm um na direção do outro para um demorado beijo molhado? Isso é bem real, não a parte do beijo, mas o desejo. Como eu já disse, mulheres são seres sociais por natureza, então quando ela está conversando com alguém, em sua cabeça existem mais uma porrada de coisas acontecendo e ocupando seu pensamento. Se ela olhou para você, é porque realmente você a atrai, ocupa sua mente e ela queria dar uma última olhada antes da despedida.

Ou esqueceu de te falar algo, vai saber? Depende do contexto e é uma dica meio bosta, já que depende de você olhar para ela e também de uma sincronia imprevisível na situação. Por ser meio bosta, é a dica #1 dessa seção.

  1. Inesperadamente, ela inicia conversas com você


 

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Não estou falando de conselhos ou de pedidos, eu estou falando de conversas que não levam a lugar nenhum. Se do nada ela te manda uma mensagem perguntando como você está ou esse tipo de balela, é sinal de que ela está afim da sua companhia e mais do que isso, ela não sabe o motivo dessa sua necessidade. Se uma garota puxa muito assunto contigo, é melhor ir se preparando, guerreiro.

  1. Ela toca em você


Mulheres são seres altamente sociais. No entanto, no que diz respeito ao toque, elas são uma lástima. Mulheres não gostam de tocar e não gostam de ser tocadas. O estereótipo de feminilidade sensível, delicada e cuidadosa vem disso aí, elas não vão simplesmente tocando em tudo que veem pela frente, elas são mais analíticas e se uma garota toca em você frequentemente, te cutuca quando conversa contigo, passa a mão no seu ombro quando passa por você, te chama com um toque, alegre-se, campeão, pois essa mina é tua!

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Essa é, de longe, a dica mais valiosa das 3, portanto, se aguentou até aqui, parabéns! Agora você sabe o sinal mais importante que indica se uma menina está ou não afim de construir uma família contigo. O toque é o maior sinal de entrega que uma mulher consegue demonstrar, ao mesmo tempo, se ela não aceita o seu toque, desista, essa moçoila não te deseja.

E com essa valorosa dica, encerro o post especial de dia dos Namorados. Se você não tem namorada, alegre-se, guarde esse post e mantenha-se atento aos sinais que eu expus aqui. Se você tem namorada, respeite-a, trate-a como uma mulher decente, mas não seja um escravo, imponha limites e saiba quando dizer não.

Um abençoado e saudável relacionamento amoroso a todos!

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quinta-feira, 7 de junho de 2018

Dica literária: "Collected stories" do William Faulkner (1948)

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Em 1948, Faulkner já tinha lançado seus principais romances e seu nome já figurava entre os melhores contistas do modernismo estadunidense e, porque não?, de toda a historia americana. Ele já estava prestes a ganhar o prêmio Nobel de literatura e foi convidado a lançar um livro com suas melhores histórias curtas. O resultado é essa imensa, em todos os sentidos, obra literária.

As "historias coletadas" (tradução minha, a melhor seria "historias selecionadas", mas enfim...) de Faulkner foram divididas por tema, reunindo 42 historias que se conectam com o universo fictício de Yoknapatawpha, embora nem todas se ambientem lá, mas acabam envolvendo as mesmas temáticas, isolamento, superação, família, racismo, ostracismo, decadência sulista, enfim... qualquer analise da obra como um todo se revelará um trabalho homérico.

O importante é que essa obra reúne o que de melhor havia em Faulkner nos seus anos mais privilegiados pela crítica e funciona como uma resumo incrível de tudo o que ele fez. Dessa forma, talvez este livro seja mais produtivo para estudiosos do autor do que fãs.

A edição que tenho foi feita pela Vintage, uma das minhas editoras favoritas e apresenta uma capa brilhante para a obra. Nela vemos uma típica sala sulista, que para nós, brasileiros (principalmente se você é do sul ou sudeste) nos lembra casa da vó do interior. Nela há um clavicórdio, com um grosso livro de canções em cima, duas poltronas elegantes de um tempo que só está na memória coletiva e um quadro na parede. Feixes de luz escapam do que pode ser uma cortina cobrindo as janelas revelando um brilho de final de tarde que traz nostalgia para quem o olhar. A capa é perfeita, evocando todos os sentimentos que os mais de 40 contos irão se esforçar em revelar ao final de cada um. Uma deliciosa nostalgia por um tempo em que as coisas eram mais simples e, apesar de inalcançável, funciona como combustível para que nos lembremos de que ainda estamos vivos.

É singelo, é belo e é faulkneriano pra caramba.

5 pontos

terça-feira, 5 de junho de 2018

Dica cinematográfica: "A Quiet Place" (2018)

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Demorei para assistir esse filme e me arrependo profundamente.

"A Quiet Place" conta a historia de uma família sobrevivendo numa época pós-apocalíptica onde a Terra foi invadida por alienígenas que são guiados pelo som, então ao menor ruído humano, eles aparecem e matam seja lá quem estiver fazendo barulho. Para essa família é um pouco mais fácil, eles já tem um membro surdo-mudo, então sabem a linguagem de sinais e se comunicam bem, mas desastres acontecem e os primeiros minutos do filme já nos mostram isso.

Nós não sabemos como foi a invasão, porque ela aconteceu, nem como os seres humanos descobriram que não podiam fazer barulho. Só resta à nossa imaginação as cenas horrendas que devem ter ocorrido nas grandes cidades do mundo. De qualquer forma, os seres humanos vivem em pequenos acampamentos, se comunicam e sabem que ainda existem através de sinais de luz e se viram como podem.

Ao longo de sua projeção ficamos sabendo apenas um pouco e de forma dedutiva, como funciona o organismo desses seres terríveis (terríveis mesmo, parabéns pra equipe do cg) e ao final, do podemos deduzir mesmo que fim levou a família, embora tenhamos uma pontada de esperança.

O filme acaba reforçando alguns estereótipos masculinos, como a figura do pai como desafiadora e eu dou um bombom pra quem disser quem morre no final, ou melhor, qual o sexo humano que leva a pior? Pois é...

No entanto isso diminui pouco a qualidade do filme, que é ousado e muito criativo em sua projeção. Dessa forma, esse filme acaba por se tornar uma das melhores produções hollywoodianas desse ano, que passa por maus bocados nas mãos desses heróis que ninguém mais aguenta.

4 pontos