quinta-feira, 29 de março de 2018

Dica musical: “Always Ascending” do Franz Ferdinand (2018)

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Olha só que banda clássica está de volta para agraciar os nossos ouvidos! Franz Ferdinand adentra mais uma empreitada, dessa vez por caminhos não conhecidos e a estratégia acaba funcionando.

“Always Ascending” é o álbum mais recente da banda que fez sucesso na época em que ser indie era, genuinamente, legal e logo no começo já nos apresenta uma pegada diferente dos seus últimos lançamentos, que tentavam navegar num mar que já não tinha mais ondas e não sustentava banda alguma, isso ainda em 2013.

Só que lá pra cá muita coisa mudou e a sonoridade que consagrou o Franz Ferdinand se tornou alvo de nostalgia, vide os últimos lançamentos do Choir Vandals e do Los Campesinos, mas ao invés de tentar um espaço entre esses queridos lançamentos nostálgicos, o Franz Ferdinando resolveu enveredar num caminho novo, ousando incluir uma pegada mais pop e dançante ao seu novo álbum. Pegada essa que não é inédita a banda, pois eles já faziam isso, mas dessa vez os teclados e influências de música eletrônica se tornaram mais marcantes e a primeira canção já demonstra isso, embora ela não seja boa, iniciando de maneira discreta até culminar num pop muito eletrônico, que descaracteriza a banda e podia levar a um desastre como o do Fall Out Boy.

Felizmente não é esse caso. A segunda canção, “Lazy Boy” já nos apresenta riffs de guitarra marcantes, um som mais soturno, embora igualmente dançante, que vai crescendo e se tornando magnânimo como o clássico “Take Me Out” e o teclado serve apenas como um auxiliar para manter o ritmo.

E as outras músicas continuam nessa vibe, um ritmo bem marcante, dançante, com teclados que servem para manter o ritmo, riffs de guitarra marcantes e o Franz Ferdinando nunca soou tão classudo como agora. Parece realmente um amadurecimento, embora haja toques eletrônicos irritantes ao longo da maioria das canções, que só servem para quebrar a atmosfera poderosa que as canções têm.

Embora não perfeito, “Always Ascending” é um bom lançamento, apresentando um Franz Ferdinand muito inspirado, maduro e dançante.

3 pontos e meio

terça-feira, 27 de março de 2018

Dica cinematográfica: “Polícia Federal: A lei é para todos” (2017)

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Estava devendo esse filme, que foi uma das pontas da tríada de filmes reaças lançados ano passado (junto com “Real: O plano por trás da história” e “Jardim das Aflições) e, apesar de eu estar focado em assistir todos eles (afinal, um reacinha safado como eu tem que assistir esses filmes), nem todos irão ganhar dicas aqui. Não porque são ruins, mas porque, às vezes, não chama a minha atenção o suficiente para que eu escreva uma dica.

Não é o caso de “Polícia Federal”, filme lançado ano passado e que acabou chamando mais atenção algumas semanas antes de seu lançamento, pelo trailer e pelas críticas dos canais canhotos de informação do país.

Direcionamentos ideológicos à parte, o filme é interessante. Não diria que muito bom, tampouco é mediano, é um filme bom, um thriller policial bem classudo, que não poupa efeitos especiais, carregando o filme de uma atmosfera ultra-moderna (vide as cenas em que os personagens se encontram na sede da PF, cercados de computadores) e músicas genéricas de suspense, que dão um clima bem carregado durante toda a sua projeção.

A obra conta a história do início das investigações da Lava Jato até culminar nas investigações ao ex-presidente Lula, do ponto de vista de personagens fictícios, que servem apenas para representar figuras de dentro da Lava Jato, até porque a operação não passou nas mãos apenas de uma pequena equipe de poucas pessoas.

No entanto, esse é um recurso necessário para contar a história de uma operação que vem se arrastando há anos, descobrindo podres cada vez mais fundos e ligações cada vez mais fantásticas, no sentido de ser algo difícil de acreditar. Logo no começo do filme, somos guiados por investigações que não tinham relações entre si, inicialmente, mas acabaram se encontrando e juntas descobriram um buraco ainda mais fundo, que levou ao maior doleiro do país.

É realmente algo de outro mundo e mostra a magnitude dessa operação, que é considerada por muitos como a maior investigação de corrupção do mundo. E nesse filme, descobrimos que isso não é à toa.

Porque a operação Lava Jato se arrasta por anos, começando com um esquema simples de lavagem de dinheiro, mas chegando até o principal patamar político do país e como brasileiro não leva nada a sério, acabou criando uma mitologia em torno da operação, Sérgio Moro é o Super-homem do Brasil, o Japonês da Federal virou piada, Nestor Cerveró tá com um olho no gato e outro no rato e por aí vai... O filme chega até a enaltecer essa mitologização de suas figuras quando nos agracia com a presença do Japonês da Federal e quando o ex-presidente pergunta ao ser enquadrado “O Japonês não tá aí não, né?”.

Acaba que o filme carrega um certo humor consigo.

Mas é muito mais dramático. Desde a ficionalização das investigações até os momentos em que somos apresentados ao pano de fundo da história de seus personagens. Um dos investigadores votou em Lula e discute com o pai sobre a “perseguição política”. Momentos que não são muito profundos, mas não chegam a cansar, porque o que motiva o filme é realmente o andamento das operações.

E por falar em “perseguição política”, o filme é muito didático nesse quesito, mas sem ser panfletário, embora sofra uma queda pra esse lado no seu final.

Ao longo da projeção de “Polícia Federal” somos guiados pelos caminhos da investigação, avançando muitos anos, com o auxílio de uma narração em off do personagem principal (Ivan) e isso acaba derrubando a acusação absurda que fazem de perseguição política. O filme explica de forma natural as consequências de se investigar o Lula (80% de aprovação quando saiu do governo, não é qualquer um), a questão absurda do foro privilegiado (que deixa livre caras como o Temer e o Aécio Neves) e a importância do vazamento de áudios, que pode ser criticado, mas era um mal necessário para o país naquele momento, afinal, se você tem que arrancar um pedaço do seu corpo pra vencer o câncer, você vai arrancar uma parte do seu corpo, não é?

No entanto, o último terço do filme acaba focando muito na imagem do Lula e o torna quase uma figura central dentro da película, dando a ele (o filme) ares de panfletarismo, o que acaba afastando pessoas com uma visão mais neutra no assunto, mas com tendências a acreditar na conversa pra boi dormir da esquerda.

Outro problema do filme foi logo no começo, quando conectam o problema da corrupção do Brasil com a chegada dos portugueses à América. Ok, o problema da corrupção é inerte ao ser humano, somos animais corruptíveis e tendemos ao mal, pois é através dele (misteriosamente), que alcançamos um prazer imediato, mas bater nessa tecla é enxugar gelo. Afinal, não dá pra mudar a natureza humana, isso é algo que só pode ser feito na consciência de cada um e é inegável que durante a história do Brasil nunca tivemos um Estado tão paternalista quanto o que temos agora. O problema principal surgiu no século XX.

No entanto, superando esse começo e deixando se levar pelo final, “Polícia Federal” se apresenta como um bom filme, mais uma adição de qualidade invejável do cinema nacional, que tem sofrido um bom renascimento nos últimos anos e, o que é melhor ainda, uma virada à direita.

3 pontos e meio

quinta-feira, 22 de março de 2018

Dica literária: “As seis lições” de Ludwig Von Mises (1979)

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Nessas últimas férias decidi pegar mais livros teóricos para ler e entre eles está o “Seis Lições” do Mises, que dizem ser uma boa introdução a economia, de uma maneira geral. Ainda não conversei com meu filtro sobre o assunto (McPhisto), mas acho que esse livro vale uma dica.

“As seis lições” é uma coletânea de palestras dadas em inglês pelo economista austríaco Ludwig Von Mises na Argentina nos anos 50, mas que só foram compiladas após seu falecimento, num projeto encabeçado pela sua mulher, pois, de acordo com ela, se tratavam de palestras que serviriam não só a estudiosos e entusiastas do assunto (Economia), mas também a leigos.

E de fato, é isso mesmo. O livro é dedicado a leigos, pois cada uma dessas lições se foca num tema e acaba introduzindo-o de maneira didática e simples. Ou seja, nada de grandes palavras complicadas ou cálculos mirabolantes e situações hipotéticas que geram outras situações hipotéticas para explicar um fenômeno que pode ou não existir. É simples, curto e grosso, uma explicação de coisas que existem, acontecem e estão presentes no nosso dia a dia. São elas: Capitalismo, socialismo, intervencionismo, inflação, Investimento Externo, Política e Ideias.

Tirando a inflação, que é o capítulo mais complicado, todas são igualmente simples e fáceis de entender, ao menos nas palavras de Ludwig Von Mises e ao final da leitura de cada capítulo, você acaba se tornando um pouco mais capaz para adentrar no campo obscuro que é a Economia, essa área do pensamento humano de que todos falam, mas poucos compreendem, de fato, do que se trata.

Von Mises era um ferrenho crítico do Marxismo e de ideias de esquerda de uma maneira geral, mas nesse livro podemos ver que ele não era um total anarcocapitalista como pintam por aí. Muito pelo contrário, ele aponta para a importância de um governo e mesmo que suas sensibilidades esquerdistas possam se ofender com os dois primeiros capítulos da obra, a leitura vale a pena para compreender a forma como a Economia, como um todo, funciona, não apenas em nosso país, mas no mundo, afinal, o livro se trata de lições universais.

Em suma, “As Seis Lições” é um livro didático, mas com um valor para além da sala de aula, é um livro para ser levado para a vida, ainda que você não goste de Economia, nem se interesse pelo assunto. No mínimo, o livro irá servir para que você tenha uma compreensão um pouco melhor das manchetes de jornais.

4 pontos

terça-feira, 20 de março de 2018

Dica cinematográfica: “Small Town Crime” (2017)

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Não sei como esse filme escapou do radar ano passado, mas agora faço jus a ele com uma dica muito bacana.

“Small Town Crime” é um filme americano de 2017 que conta a história de Mike Kendall, um ex-policial e agora alcoólatra, que vive fugindo de entrevistas de emprego pra poder continuar recebendo o auxílio-desemprego e ter uma vida fútil de bebedeiras, até que se depara com um caso (um assassinato de uma jovem garota), que o faz lembrar de acontecimentos do passado que levaram ele a levar a vida que leva atualmente. Motivado para encontrar redenção, Mike decide se passar por investigador particular e começa a investigar o caso, descobrindo um buraco cada vez mais fundo que revela podres cada vez maiores, famílias desunidas, prostitutas e pedófilos.

O filme é um triller policial neo-noir com uma pitada de pós-modernismo e narrativa gótica. Há os elementos típicos de um noir clássico, o investigador particular, a montagem com muitas cenas à noite, uma investigação que revela podres cada vez piores, mas o policial não é o charmoso valentão típico das narrativas policiais clássicas, eis o neo-noir.

A atmosfera, apesar de densa, não deixa de ser bem humorada, mas não aquela ríspida ironia que popularizou os livros de Raymond Chandler, por exemplo,  e sim um humor mais pueril, muitas vezes contido na falta de habilidade do personagem principal e algumas passagens meta-narrativas, como o auxílio das músicas. Eis o pós-modernismo.

E tudo isso levado a frente por uma história de redenção, que mostra o quão falho, incapaz e culpado de seus crimes é o personagem principal. No final, ele é o culpado de tudo que aconteceu na vida dele e acaba se juntando à pessoas na mesma condição que ele para poder fazer justiça.

É um ótimo filme, com uma narrativa fantásticas, personagens interessantes e uma qualidade técnica excepcional, começando com uma canção do The Animals e nos apresentando cenas muito bem montadas, uma edição primorosa e atuações convincentes.

Em suma, é um filmaço, mas não parece ter feito muito sucesso. É um indie e acabou não chamando tanto a atenção, o que é uma pena, pois fiquei com vontade de assistir mais filmes nesse curioso universo de “Small Town Crime”.

4 pontos

quinta-feira, 15 de março de 2018

Dica musical: “Time & Space” do Turnstile (2018)

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Turnstile é uma banda de hardcore formada em 2010, na cidade de Baltimore, Maryland, EUA, mesma terra do All Time Low, mas, ao contrário de seus conterrâneos, Turnstile é uma das melhores bandas do rock atualmente.

E não é à toa, Turnstile consegue algo único no meio do rock atual, que é invocar elementos de todas as grandes bandas que os antecederam, tanto do hardcore mais bruto, como Snapcase, até o rock pesado mais popular, como Rage Against the Machine, mas de uma forma que só as partes boas dessas bandas vão para a versão final

Esse ano, eles lançaram esse petardo que é “Time & Space”, uma verdadeira obra-prima do hardcore, resgatando todos os elementos que mantém eles no topo do rock atual, mas expandindo o catálogo musical para influências que vão além da gritaria e agitação dos palcos. Tudo isso em apenas 25 minutos.

Logo no começo do álbum somos agraciados com 3 canções que exemplificam perfeitamente o que é o Turnstile. Em “Real Thing”, o hardcore raiz surge de forma calma e imponente, revelando aos poucos toda a sua energia, mas culminando numa explosão crescente de riffs marcantes de guitarra e um refrão que movimenta qualquer público que esteja se debatendo e lutando por espaço no meio de uma pista de dança fedendo a suor e recebendo malucos pulando do parque. São menos de 2 minutos, mas trazem toda a energia de quase 40 anos de história do gênero. “Big Smile”, a segunda do álbum, não vem crescendo, já começa explosiva e termina tão rápido começa, mas não sem antes impor um riff de guitarra dançante e agitado, com uma bateria marcante e um baixo tão pesado que você sente na garganta, culminando em “Generator”, a primeira música que pode dividir os fãs, com um início pesado, remanescente do heavy metal, mas acaba virando um post-hardcore experimental sem refrão, com direito a Ahã’s de fundo, uma ponte antes de trocar totalmente de ritmo e um solo de guitarra semi-virtuoso. Não é o seu típico hardcore, mas é muito bom, contendo tudo aquilo que o Turnstile faz de melhor, um som pesado, agitado, veloz e dançante.

Por si só, essas 3 músicas já fariam um EP perfeito, mas temos mais. Após essa música vem uma canção com menos de 1 minuto, um interlúdio para o que vem a seguir e o que vem a seguir é mais pedreira, mais agitação, com algumas canções mais lentas, porém sempre dançantes.

E essa palavra é o cerne da filosofia que motiva o Turnstile, “dançante”. Pois essa é a melhor característica do som deles, ser dançante. Numa entrevista antiga, foi perguntado a eles se eles se importavam de serem taxados como “dançantes” ao que responderam prontamente que não, pois o que eles querem é entregar uma boa experiência às pessoas que vão aos shows e como dar uma melhor experiência do que fazê-los dançar?

Seguindo essa linha, mas sem deixar de ser hardcore, “Time & Space” nos apresenta canções guiadas por baixo, uma linha de teclado fantástica em “High Pressure” e o baixista nos agradecia o prazer de ouvi-lo cantar em “Moon”. Uma das canções, outro interlúdio, ainda se chama “Disco”, revelando as possíveis influências do trabalho, que estão ali, mas como um pano de fundo, a mão que empurra a banda para frente e o resultado é uma obra dinâmica, inovativa e potente, cimentando o nome do Turnstile como um dos maiores nomes do rock atual (e na opinião d’O Sommelier de Tudo, o maior nome).

Para mim, Turnstile já é a melhor banda do planeta atualmente.

O álbum foi produzido por Will Yip, o mesmo cara que quase galgou um Grammy esse ano com Code Orange, disputando numa categoria de heavy metal. Não que o Grammy valha alguma coisa, mas isso é sinal de que os ventos estão mudando e soprando no nosso quintal, talvez o rock esteja numa posição privilegiada dentro da atenção das pessoas em breve. Quem sabe? Quanto a Will Yip, só mesmo um cara como ele poderia produzir um álbum tão bom, pois ele sabe dar liberdade e guiar as bandas ao mesmo tempo. Algumas músicas são tão feitas (como “Can’t Get Away” e a, refeita para o álbum, “Come Back for More/H.O.Y.”), que apenas “obra de arte” pode descrevê-la. É como um escultor que passa horas moldando o nariz de sua escultura para ficar perfeita, são horas em cima de uma música para deixa-la perfeita e nenhuma chega a marca de 3 minutos.

Além disso, tivemos ainda videoclipes extremamente criativos acompanhando os singles do álbum, referenciado Akira Kurosawa, tokusatsus, George Méliès e filmes xploitation, mostrando que os caras do Turnstile não são qualquer um. Eles têm senso estético.

Em suma, Turnstile lançou um dos melhores álbuns de rock dos últimos tempos, com certeza o melhor álbum de hardcore dos últimos anos e, provavelmente, um dos melhores álbuns dessa década. Não é apenas um conjunto de canções rápidas, enérgicas, diversas e potentes, é uma verdadeira obra-prima, uma amálgama de tudo que há de melhor dentro do hardcore desde o momento que o gênero nasceu, com mais um apanhado de ótimos elementos de gêneros tão diversos como heavy metal, disco e eletrônica.

5 pontos

terça-feira, 13 de março de 2018

Dica vestuarística: Camisetas ReverbCity

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Essa é outra dica que eu estava enrolando muito para fazer, mas finalmente criei vergonha na cara e aqui ela está.

A ReverbCity é uma marca de roupas de Londrina que está em atividade há 13 anos, de acordo com o site deles e eu conheci já lá em 2008 ou 2009, na época em que o indie rock estava no seu auge e esse é o mote da marca, vestir você de música e geralmente voltado para o público indie rock.

Mas é apenas de música que a marca quer te vestir, mas também de filmes e séries, focando em toda a cultura indie, que sofreu muitas mudanças desde que eu conheci a marca e acho que esse é o maior ponto negativo a se falar da ReverbCity.

Por que quando eu conheci a marca bandas como The Strokes, The kooks, Franz Ferdinand e The Horrors estavam no seu auge criativo, lançando muita música boa e que até hoje são tocadas por aí, mas de lá pra cá, muita água correu por baixo dessa ponta e novos álbuns vieram, fracassaram e bandas como The Strokes e Arctic Monkeys nem tocam mais.

A cultura indie mudou muito, vieram artistas de medianos a ruins, mas que conseguem atrair a atenção de todo esse público “alternativo”, mas que já não é tão underground assim e, mantendo-se fiel ao seu público, a marca mudou também, passou por reformulações que vão desde a equipe criativa da marca até o próprio site. O que é uma pena, pois artistas que lançam ótimos materiais como King Krule e Japandroids (artistas que até a equipe da marca curte) não ganham camisetas da marca, porque não irão vender.

Uma pena.

Ainda assim, eu continuo comprando camisetas no site, de vez em quando, sempre que aparece algo interessante, mesmo que seja a 505ª camiseta do Arctic Monkeys, porque os produtos são muito bons. As estampas são de ótima qualidade, algumas são bem preguiçosas sim, mas a qualidade é excelente. É muito mais fácil a camiseta começar a rasgar antes da estampa desbotar e eu tenho camisetas pra provar isso.

As camisetas também são feitas de algodão, muito confortável, macio e leve, mas ao mesmo tempo com encorpados, não é daqueles que parecem que vão desmanchar nas mãos ou que ficam “transparentes” em dias de sol intenso ou quando molhadas.

Além das camisetas a marca ainda vende canecas e outras coisas, mas eu sou consumidor apenas das camisetas mesmo, então só posso comentar sobre elas.

Outra coisa bacana da marca são os mimos aos clientes. Na embalagem vem uma bala e um boneco de montar, os mascotes da marca, que eu não sei se ainda vem, porque eu ainda não comprei nada desde a última reformulação, no final do ano passado.

Enfim, camisetas de excelente qualidade, de bandas de rock e indie-pop é só com a ReverbCity mesmo.

3 pontos e meio

quinta-feira, 8 de março de 2018

Dica eletrodoméstica: Ferro seco Black & Decker VFA Eco

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Passei as férias desse ano na casa dos meus pais e lá eu tive a oportunidade de entrar em contato com um dos melhores eletrodomésticos que já tive o prazer de usar na minha vida: o ferro seco de passar roupa Black & Decker VFA Eco.

Quando eu estava no colegial (ou Ensino Médio, se você for um jovem dinâmico) presenciei o meu professor de química falando um dia que adorava passar roupa, montava a tábua de passar roupa na sala, ligava a TV e passava a tarde toda de sábado passando roupa. “Uma delícia!” dizia ele. Naquela época eu nunca havia passado roupa na vida e não sabia que iria concordar com o Paulão, meu tão odiado professor de química anos depois na minha vida.

O fato é que eu também adoro passar roupa (e lavar louça também). É uma atividade que eu faço com prazer, não é apenas que eu aprendi a suportar com o tempo, como acontece com a maioria das pessoas, eu realmente gosto de passar roupa.

E afirmo que com o ferro seco Black & Decker VFA Eco meu prazer foi quadruplicado. Não sei se é porque ele é um ferro seco, ou seja, nada de encher ele com água ou se é a qualidade Black & Decker de se fazer eletrodomésticos a razão por isso, mas ele é simplesmente delicioso.

Passar roupa com ele é como andar de patinar no gelo de um lago sem defeitos, andar de bicicleta numa calçada lisa, dirigir o carro num asfalto novo, deslizar sobre uma lona molhada com água e sabão num dia quente de verão. É esse o tipo de maciez que ele proporciona nos movimentos que você faz para passar a roupa com ele.

Além disso, o seu design único dispensa comentários, com uma base em alumínio polido, é um desses itens, assim como o iPhone, que você reconhece de longe, em cores soturnas clássicas e elegantes, que servem para enfeitar qualquer santuário da dona de casa.

Infelizmente, eu não tenho esse tão maravilhoso ferro de passar, mas sempre que vou à casa de meus pais, faço questão de passar todas as roupas que tem lá, dos meus pais, meu irmão e até de outros parentes apenas para ter o prazer de usar esse objeto belíssimo.

5 pontos

terça-feira, 6 de março de 2018

Dica audiófila: Superlux HD681

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Dica atrasada, mas não sonegada.

Comprei o Superlux HD681 ano passado e venho usado constantemente junto com meu AKG K404, focando o uso dele para músicas, enquanto que o AKG é mais para um uso geral.

Enfim, vamos ao Superlux. Pra começar é um fone chinês, que copia o design de outros fones mais famosos e muito requisitados pelos audiófilos, criando uma verdadeira miscelânea em seu design que serve tanto para bem quanto para mal, dependendo do fator que você analisar. Por exemplo, ele tem uma faixa que cobre a cabeça embaixo de dois cabos que é por onde passam os fios, o que é bom porque garante a longevidade da qualidade sonora, ao mesmo tempo que fica bem preso à sua cabeça, no entanto, isso também aumenta o peso, o que resulta em um cansaço literal após algumas horas de uso.

Mas o que importa aqui é a qualidade sonora e eu devo dizer que esse é o melhor fone que eu já tive, mas não é um fone para todos os gostos, como o Edifier, que tem um som mais balanceado.

O Superlux não é assim, pois tem um foco sonoro muito específico, um pico nos agudos, médios recuados e graves focados nos sub-graves, o que gera uma sensação diversa entre os diferentes ouvintes, pois estamos acostumados com fones focados nos médio-graves, que dão mais presença, enquanto que aqui temos mais impacto, embora seja, de certa forma, sutil.

No final, o som acaba ficando mais natural, em parte em causa pela espacialidade que o design do fone oferece. Sendo um fone semi-aberto, ele cria um palco sonoro amplo e você se sente no meio da “ação” onde a música acontece. É uma sensação muito boa.

O que incomoda mais são os agudos, que sofrem um pico muito alto e incomoda no começo, mas é fácil de se acostumar com isso, embora não seja para todos, pois tem gente que é mais sensível a essas diferenças sonoras.

Se isso já não fosse o bastante, temos ainda o preço do fone, que é encontrado entre 150 e 200 reais, podendo ser ainda menos dependendo da época do ano e aqui entra a questão do design, pois uma teoria que rola por aí é que a marca corre atrás de patentes que já venceram e criam fones em cima delas, economizando exatamente nessa questão.

Fica então a minha dica de um fone com um excelente custo benefício, que pode te surpreender e satisfazer muito.

4 pontos e meio

quinta-feira, 1 de março de 2018

Dica higiênica: Amaciante de roupas Downy Concentrado

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Tenho que começar minha dica com uma confissão, lavo minhas roupas toda semana e eu não tenho saco para comprar amaciante e sabão em pó pra lavar elas, então por um tempo, pegava escondido esses itens de um dos caras que divide o pensionato comigo. Por causa dele, descobri esse amaciante de roupas, que é o melhor que já usei.

Quando criança, sempre ficava curioso com o fato das minhas roupas voltarem mais cheirosas da casa da minha avó, com aquele cheiro gostoso de amaciante e muito mais gostosas de usar também. Não sei se minha avó também usa esse amaciante, mas é essa a sensação que esse amaciante deixa na minha roupa.

Além de muito gostoso, é ainda nostálgico para mim.

Fora isso é econômico, de acordo com sua embalagem, pois diz render 2 litros com apenas 500ml, não sei exatamente qual o sentido de tal afirmação, pois não entendo muito de amaciantes de roupas, só sei que, para mim, o seu custo benefício é muito bom, pois comigo dura mais de 1 mês.

Acontece que ele é muito concentrado. Como não tenho muita roupa pra lavar toda semana e ainda separo elas em coloridas, brancas e roupa de cama/banho, costumava separar metade de um copo de plástico pequeno para cada lavagem, mas com esse amaciante uso metade de um copo por dia de lavagem. É realmente muito econômico, apenas pensando em termos nada científicos como esse.

A embalagem pequena e simpática é ainda fácil de carregar e não ocupa um espaço enorme no carrinho de compras como as embalagens mais comuns de amaciantes de roupas, que são até mais baratos que esse, mas não são tão bons. Nesse caso, a qualidade pesa muito mais.

4 pontos e meio