quinta-feira, 30 de agosto de 2018

23/08/2018 – o dia do melhor programa d’A Praça é Nossa

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Na quinta-feira, dia 23 de agosto de 2018, um evento histórico sacudiu a televisão brasileira, pois foi nesse dia que “A Praça é Nossa”, o melhor programa humorístico da história do Brasil lançou o seu melhor programa no ano.

Já tive a inspiração de fazer um post desse tipo há um tempo atrás, quando assisti um excelente programa d’A Praça, mas apenas com esse último programa é que fiquei motivado, de verdade, para poder escrever esse texto, afinal, nesse programa, todas as partes lançadas no Youtube (plataforma onde assisto os programas e que os divide em 3 seções) tiverem ótimos momentos. Sendo assim, vamos ao pequeno review do melhor programa d’A Praça de 2018.

https://www.youtube.com/watch?v=RBSlDZV5_a8

Tudo começa com o Paulinho Gogó, personagem do comediante Maurício Manfrini, que está há mais de 10 anos sentando ao lado de Carlos Alberto de Nóbrega n’A Praça e já passou por maus bocados. Já contou piadas ruins, já sofreu represálias do politicamente correto, já copiou piadas de outros comediantes e já teve o seu tempo de programa reduzido. No entanto, esse ano ele voltou para a Praça afim de se redimir com os fãs do programa e na semana passada não deu descanso. Começou com uma ótimo contextualização, emendando uma piada sexual atrás de outra, engajando o Carlos Alberto na conversa, como se fosse o encontro casual de velhos amigos (e talvez seja mesmo, após 10 anos, nem sei mais se ele considera aquilo um trabalho mesmo). Ainda citou o grande Dicró, nos lembrou da Nega Juju, incluiu o Paulinho Tuntum, seu filho e terminou com uma piada fantasticamente engraçada.

Depois foi a vez do Sangue, personagem da Marlei Cevada, que é sempre um quadro muito engraçado, mas nesse programa soltou até a palavrão. Como nem tudo são flores, após ele entraram dois novos personagens, interpretados por dois comediantes que há anos não se enquadram n’A Praça e aquele casal que é formado por um dos primas do Café com Bobagem, quadro que deveria voltar, inclusive. Mas a primeira parte terminou com o ótimo Porpetone, interpretando o Calça Grande, que some bastante nesse quadro, mas conseguiu se destacar com ótimas tiradas e piadas de duplo sentido muito engraçadas.

https://www.youtube.com/watch?v=_M47PsNuow0

A segunda parte já começou com um clássico, o deputado João Plenário, que não apresentou uma gostosa no programa, mas conseguiu espaço para fazer ótimas piadas contextualizadas ao âmbito político.

E logo depois, entra o atual diamante d’A Praça, Matheus Ceará, que não perdoou ninguém, emendou uma piada atrás da outra, ousando e inovando, expandindo os limites do humor dentro d’A Praça, com excelentes contextualizações e aquela baixaria caliente que todo brasileiro adora. Foi uma das melhores apresentações dele n’A Praça desde que ele entrou para o programa.

Nem tudo são flores e o nepotismo reina n’A Praça, com uma das netas do Carlos Alberto, que não tem graça, mas é um colírio para os olhos. Para equilibrar, entram os Malandrinhos de Niterói, um trio que nem sempre faz boas apresentações, mas quando fazem, sai de perto, porque serão horas e horas de risadas, lembrando suas ótimas piadas. Eles não são tão boas em contextualizar piadas, mas conseguiram emendar com sagacidade as piadas prontas que utilizaram e ainda improvisaram, provocando a audiência a compreender as implicações que A Praça é Nossa apresenta fora das câmeras. Eles não terminaram muito bem, mas a terceira parte começou de forma surpreendente.

https://www.youtube.com/watch?v=R4bpiDeCw3U

Aparentemente o Rey Biannchi vai fazer parte do elenco fixo d’A Praça e apareceu novamente para fazer uma participação incrível. Rey Biannchi é um artista telentosíssimo e muito inteligente, com um carisma monstruoso, mas n’A Praça acabou mostrando que é dono de piadas extremamente inventivas, apresentando piadas novas num terreno extremamente difícil que é A Praça é Nossa, com suas muitas décadas de existência e com um desafio gigantesco para os comediantes que querem fazer algo novo lá. Rey Biannchi não só fez isso, como fez isso muito bem, galgando um caminho para ser um mestre do humor.

E saindo do ouro para a esmeralda, entrou o Saideira, interpretado pelo talentosíssimo Giovani Braz, junto com um figurante d’A Praça para contextualizar suas piadas de maneira fantástica ao lado de outra figurante. O Saideira então apresentou suas histórias engraçadas com um carisma único que garante o seu lugar n’A Praça há mais de uma década.

E para acabar com chave de ouro, da melhor forma possível, Ari Toledo, esse Godzilla da comédia, voltou para o programa e já atua lá há semanas ensinando os outros comediantes a fazer as pessoas rirem com maravilhosas piadas, ousadas e poderosas, dando um soco de direita no politicamente correto que Carlos Alberto, muito sabiamente, já mostrou ser contra.

Na última noite de quinta-feira, A Praça é Nossa provou ser o melhor programa de comédia atualmente no Brasil e já tem lugar garantido na história. Os melhores humoristas se encontram lá, contando as melhores piadas, da melhor forma possível, mas na última quinta-feira elevaram tudo isso à última potência. Eu não sei que caminho A Praça é Nossa vai seguir a partir daqui, talvez caia um pouco, por já ter alcançado um nível tão alto, mas fico feliz em saber que esse programa continua tão magnífico e sensacional.

Portanto, não deixe de dar audiência para esse programa tão incrível hoje à noite e, se não puder, assista-o em seu canal do Youtube amanhã, porque está valendo muito a pena.