quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Dica cinematográfica: "Parasite" (2019)

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Não, esse filme não adapta aquele anime muito louco de um tempo atrás... eu também me confundi, mas não me arrependi.

"Parasite" conta a história de uma família de malandros. Tudo começa com Ki-woo arranjando um trabalho como professor de inglês da filha mais velha de um magnata da tecnologia. Após isso, Ki-woo arranja, através de farsas, que sua irmã, seu pai e, por fim, sua mãe também arranjem trabalhos na casa. No entanto, a realidade começa a romper quando tudo parecia se assentar num final de semana chuvoso.

O mais novo filme do gênio Bong Joo-ho foge dos gêneros aos quais ele mais se apegou e explora aqui um drama existencial familiar. Ainda que os eventos para o final do filme ganhe tons fantásticos, o drama nunca deixa de participar em sua completude da narrativa, conseguindo manter os pés no chão, as cabeças nas nuvens e o corpo bem visto.

É um filme com um pano de fundo bem crítico à sociedade sul-coreana. Infinitamente superior a sua contraparte nortenha, mas que também carrega as suas mazelas, também infinitamente superior a qualquer mazela até mesmo brasileira, pode ter certeza. Ainda assim é uma crítica válida, que carrega um fiapo de esperança, talvez, em seu final...? Não sei... você pode olhar o copo meio cheio ou meio vazio, eu sempre opto pelo meio cheio.

O filme tem mais de 2 horas de duração, mas passa rápido que é uma beleza. A forma como a narrativa é guiada através das peripécias, os acontecimentos aleatórios e alguns até fantásticos carrega leveza e muita variedade a um filme, que tem, basicamente, 2 cenários e 8 personagens. É um feito louvável o que Bong Joo-ho fez aqui.

Vale muito a pena ser visto.