sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Dica televisiva: Blue Submarine Nº 6

Ou "Ao No 6 Go" em japonês.
Esse OVA foi criado em 1998 e finalizado em 2000, com quatro episódios e um de seus grandes trunfos, responsáveis pelo seu sucesso na época do lançamento foi a qualidade artística, que inovou na época ao uar, pela primeira vez com animação 2D tradicional, efeitos em 3D, usados para criar as águas dos oceanos, as construções, cenários, etc...
Isso é muito interessante, mas alguém que assiste esse anime sem saber que este foi um dos primeiros a fazer isso, pensa que é um anime ruim, por que esses efeitos em 3D não eram explorados na época e sua construção com o resto da animação não é perfeito, como hoje em dia, causando um certo estranhamento em quem assiste, mas se você se preparar para isso, acaba assistindo numa boa e achando o anime bom.
Quanto a história; é um sci-fi muito interessante, contando a história de um grupo de sobreviventes humanos no fim do mundo, causado por um cientista louco que inverte os pólos magnéticos da Terra, resultando no derretimento completo das calotas polares e no fim dos continentes, pois as placas tectônicas ficam soltas no manto terrestre, movendo-se muito rapidamente e todo o mundo fica alagado.
Um guerra é travada entre as nações do mundo e os seres humanóides criados por esse cientista e nesse mundo encontram-se Hayami e Kino, dois combatentes do submarino azul nº 6.
A história poderia ter sido melhor explorada, pois tem algumas lacunas quer não são preenchidas, afinal são só 4 episódios para uma história que poderia gerar fácil uma séries de TV com 25 episódios.
Enfim, esse anime é bom, não chega a ser um clássico ou algo assim, mas é legal e, até pelos seus poucos episódios, é fácil de ser assistida.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Dica musical: "Cruise your illusion" do Milk Music

Eu não morri! Não! Eu ainda estou vivo, mais ou menos... Eu comecei a trabalhar duas semanas atrás, por isso não tenho tido tempo de atualizar o blog, nem vou ter tempo no futuro, então não esperem grandes coisas...
Mas hoje decidi falar dessa maravilhosa banda que lançou seu album de lançamento nesse ano, chamado "Cruise Your Illusion".
Essa banda se chama Milk Music, eles vêm direto de Olympia, Washington, Estados fudidos unidos da América. No entanto eles poderiam muito bem vir da Califórnia, pelo seu som mais cru, com guitarras distorcidas e rasgadas, lembrando do bom e velho rock n' roll que ninguém mais faz.
Não é como se eles fossem a salvação do rock, até por que eu só curto, curto mesmo uma música deles, que é "Crusing with God", aliás, a melhor música lançada nesse ano, até agora.
No entanto, o resto de suas músicas são fracas, sem-graça, entediantes e você se toca de que essa banda não é lá grande coisa.
No entanto, eu compreendo que é extremamente difícil criar um diamante como "Cruising with God" e ter que lançar um disco com mais 9 ou 10 músicas... É difícil manter o nível.
Mas pelo menos eles tentaram, já fizeram mais do que todas as bandas de rock fizeram nos últimos 10 anos.
Faz tempo que o mundo não conhece uma boa música de rock, quem sabe com Milk Music as bandas se esforcem mais para voltar ao bom e velho rock n' roll ou mesmo o Milk Music se esforce para manter o nível alcançado com "Cruising with God".

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Dica musical: "Melody Calling EP" do The Vaccines

Confesso! Nunca fui fã do The Vaccines.
Quando conheci essa banda, eles estavam se apresentando em turnê pelos EUA (acho) com os Arctic Monkeys e ao ouví-los, não gostei das músicas. São dançantes, agitadas, com uns refrões sem-graça e que não me atraíam, pelo contrário, me afastava da banda, por que, pra mim, o som deles parecia todo bagunçado.
Mas isso até que fazia sentido pra uma banda que apenas sentia que poderia ser criança para o resto da vida, aquela rebeldia, o frescor e as agitações juvenis encontraram um fôlego enorme nas músicas do The Vaccines, no entanto, uma hora temos que crescer.
É um fato!
Todos crescemos e você tem que aceitar e amadurecer no seu tempo. Me parece que é isso que o The Vaccines está buscando fazer: amadurecer!
Esse EP só tem 3 músicas inéditas, mas elas mostram que essa banda está amadurecendo, sem perder o espírito juvenil que dessa vez ganha forma em uma nostalgia musical muito agradável de se ouvir, com melodias mais lentas, letras mais elaboradas e até um certo humor sarcástico em "Everybody's gonna let you down".
Com esse amadurecimento, o The Vaccines pode perder alguns fãs, que ainda não estão prontos para amadurecer ou não querem amadurecer, mas ganham novos fãs que já estão amadurecidos ou sabem que a hora de amadurecer já chegou e só o que resta dos bons tempos da infância é a boa e velha nostalgia, como eu.
Se isso irá continuar, melhorar ou piorar só o tempo dirá, mas é um fato que o The Vaccines melhorou muito e esse EP já concorre à um espaço na lista de melhores registros musicais do ano.

domingo, 18 de agosto de 2013

Dica literária: Eu mato gigantes

Finalmente essa brilhante HQ chegou ao Brasil, completa em um único volume, muito belo por sinal.
"Eu mato gigantes" foi, provavelmente, a melhor HQ do seu ano de lançamento (2008), acumulou muitos prêmios, me fez conhecer a image comics e todos devem ler.
É simplesmente bela!
Conta a história de de Bárbara, uma garota viciada em D&D, que tem uma imaginação muito fértil e diz que mata gigantes. Por causa disso, ele é excluída na escola, mas todo esse mundo fantástico que ela diz exister e conviver parece ser só uma fuga para um sério problema em sua família, ou não...
É um livro que caminha em uma corda bamba entre o fantástico e o real, colocando seres mágicos em locais humanos, mas você pensa que é só coisa da imaginação da menina, até o último capítulo.
Lembro que essa HQ me encantou completamente. Fiquei maravilhado com a história e com o traço do JM Ken Niimura.
Enfim: Leiam essa brilhante hq escrita por Joe kelly.

Dica musical: "MCII" do Mikal Cronin

Mikal Cronin, ao contrário da maioria das bandas que eu apresento aqui no blog, apresenta, apesar dos dias atuais serem meio avessos à isso, um rock clássico.
Sim, um rock com a mesma pegada das antigas bandas entre os anos 50 e 60, com aquela levada rockeira divertida, letras deidicadas à mulheres ou explorando a sua raiva, rebeldia, tudo com muita maturidade que só um música adulto pode ter.
Sem mencionar a diversidade de instrumentos musicais que só enriquecem o trabalho, tornando as melodias mais harmoniosas e encontrando seu espaço ideal em cada uma das músicas, fazendo o trabalho total ainda mais belo e rico de influências, harmonias e melodias.
Eu não conhecia o trabalho do Mikal Cronin, nem ouvi seus discos anteriores, mas só por esse trabalho, já dá pra perceber que o cara é bom e esse é o seu segundo CD, ou seja, ele escapou do estereótipo de que o segundo CD é ruim, assim como muitas ótimas bandas conseguiram esse feito também.
Só nos resta esperar pra ver se ele vai conseguir manter seu ritmo adorável de criar músicas boas ou se vai despencar e criar CD's ruins ou mais ou menos como muitas bandas por aí.

sábado, 17 de agosto de 2013

Dica literária: João de ferro: Um livro sobre Homens

Terminei de ler esse livro há pouco tempo.
"João de ferro: Um livro sobre Homens", mas homens com H maiúsculo. Homens de verdade.
Robert Bly é um poeta, escritor e líder do Mythpoetic men's movement, uma vertente do movimento masculinista, que visa achar o real papel do homem nos dias de hoje e criado em resposta ao sexismo feminista do século 20.
Neste livro, tomando como base para sua argumentação o conto de João de Ferro, catalogado pelos irmãos Grimm no século 18, acho, Robert Bly mostra como são os verdadeiros homens e qual o caminho que todo menino deve tomar para virar um homem de verdade.
É um livro que defendo o masculinismo e não é machista. Muito pelo contrário, é um livro que demonstra que homens e mulheres podem e devem conviver em harmonia, um ao lado do outro, nem acima, nem abaixo.
É um livro contra o sexismo, tanto machista, quando feminista, que afinal, são errados, não importa como você olha.
Esse livro também esclarece a importância dos mais velhos na formação dos homens, do diálogo entre pai e filho (a) sem rodeios, claro e leve, da importância da figura paterna e como devemos buscar saídas modernas que se adequem a nossa sociedade para criarmos homens de verdade.
Gostaria de falar mais ainda do movimento masculinista, suas teorias e tal, mas esse é só um post indicando o livro, o masculinismo fica para outro post.
Até e leiam esse maravilhoso livro.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Dica cinematográfica: Wrong

Esse vai direto pra lista de "novos clássicos", por que apesar de ter sido lançado no ano passado, é um filme que nasceu cult e será para sempre um clássico, assim como Rubber, do mesmo diretor: Quentin Dupieux.
Eu sou fã do Quentin Dupieux.
Seus filmes são muito bons. Só havia assistido Rubber e agora, com Wrong é notável que ele tem o seu próprio estilo, que seus filmes são únicos e incomparáveis com qualquer outro.
Tanto Rubber quanto Wrong só tem uma premissa: Desligar-se da realidade. O próprio começo de Rubber já nos apresenta uma situação que esclarece o que o telespectador pode esperar, algo afastado do realismo, algo que se passa em um lugar parecido com nosso mundo, mas que não é nosso mundo, as localidades podem ser reais, mas o contexto, as falas e, principalmente, as ações, não são daqui. Você só pode esperar um filme onde tudo aconteça por "razão nenhuma", que, de acordo com Rubber, é o carro motor de todos os maiores sucessos de Hollywood.
Em Wrong não é diferente, pois conta a história de um rapaz chamado Dolph que acorda de manhã e não encontra seu cachorro. A explicação para o sumiço do animal é jogada na cara do telespectador e voc~e se convence dela, mas todas as outras ações, todos os outros personagens ou qual a importância deles para o longa simplesmente não fazem sentido e você se pergunta: "Por que chove no escritório de Dolph?", "Por que ele continua indo ao trabalho mesmo sendo demitido?" ou ainda "Por que a palmeira virou um pinheiro?".
Não espere resposta para isso, por que, assim como em todos os melhores filmes de Hollywood, esse tipo de coisa acontece por razão nenhuma.
E é exatamente por razão nenhuma que o filme é bom. Ou talvez até tenha uma razão, talvez todos nós estamos cansados de filmes com tramas surpreendentes ou de filmes adolescentes com romances fracos ou de grandes blockbusters ou filmes franceses cult ou ainda ótimos filmes de terror asiáticos. Talvez nós estejamos cansados do cinema em si e precisamos ir ao cinema, não para apreciar o cinema, mas apenas para ir lá. Apenas para ver algo, mas sem pensar muito, apesar sair de casa por razão nenhuma e nos desprendermos da realidade chata.
Afinal, mesmo aquilo que parece fazer sentido, pode não ser verdade.
Essa é a dica de hoje, mais um ótimo filme de Quentin Dupieux: Wrong.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Dica cinematográfica: Lady Snowblood

Hoje a dica é clássica.
Lady Snowblood é um filme japonês de 1974 que conta a história de Shurayuki Hime, uma  mulher que nasceu em uma prisão e desde pequena foi treinada para vingar a morte de seu pai, seu irmão e sua mãe, que morreu no parto.
No ano 6 da era Meiji, quando seu pai, sua mãe e seu irmão mais velho passeavam por um campo florido de uma vila, uma gangue de criminosos formada por 3 homens e 1 mulher apareceu e mataram o homem e o menino.
A mulher acabou virando a escrava sexual de um dos bandidos, mas o matou, jurando se vingar dos outros três. No entanto, ela é presa e na prisão dá a luz à Yuki, que desde então foi criada por uma das amigas de sua mãe da cadeia feminina e por um monge guerreiro a ser uma hábil espadachim, que esconde sua lâmina no cabo de seu guarda-chuva.
Esse filme, inspirou Quentin Tarantino a criar Kill Bill e é notável a homenagem que o diretor estadunidense faz a esse filme.
Logo a segunda cena, em que Yuki aparece lutando na neve, termina com a câmera se posicionando exatamente do jeito que se posiciona em Kill Bill, sem contar no mestre de Yuki, que aparece que foi jogado no filme do Tarantino, apenas com uma barba maior, além do tema de vingança e o sangue jorrando pra todo lado.
Esse filme é muito bom, mostra como o cinema japones é original e também como eles são bons em fazer cenas mais gore e até assustadoras.
A história também foi muito bem elaborada, não cansando quem está assistindo, pois te mantém preso na cadeira do começo ao fim.
Enfim, essa é a dica de hoje: Lady Snowblood, um filme de Toshyia Fujita e influente no cinema até os dias atuais.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Dica cinematográfica: "The Room"

"The room" é um filme lançado em 2003 que, como todo clássico cult, não foi aclamado pela mídia especializada, mas fez muito sucesso no mercado de DVD.
Faz dez anos que esse filme foi lançado e só agora eu o descobri.
Bem, pra começar... Esse filme é o melhor filme do mundo!
Poucas pessoas entendem a profundidade dos temas abordados no filme, a complexidade de seus personagens, a psicologia e a ideologia por trás dessa brilhante pérola do cinema estadunidense.
Tudo começa em São Francisco, onde o filme começa a mostrar imagens daquela cidade, até que conhecemos o personagem principal: Johnny, um homem bem vestido, mas que não sabemos qual é o seu trabalho de verdade. Isso é uma crítica à nossa sociedade, por que não queremos saber o que são as pessoas, o que fazem, etc... queremos saber apenas de alguns fatos explícitos e ultrajantes que cada um guarda dentro de si.
Logo sabemos que ele é um romântico, pois leva flores à sua mulher, uma clara crítica aos homens do século 21, que são frouxos mesmo.
Depois de uma cena de amor picante, uma crítica metalinguística que critica o próprio cinema, pois nudez vende mais que histórias de verdade, ficamos sabendo que a mulher de Johnny o trai com o melhor amigo. Ótima crítica não só as mulheres do século 21, mas também aos homens frouxos, pois se deixam serem enganados.
Mark, o melhor amigo de Johnny sempre dorme com Lisa, a mulher de Johnny, mas também sempre pergunta à ela "O que você está fazendo?", como se já não estivesse óbvio as intenções da mulher. Isso também é uma crítica à uma das facetas masculinas do século 21: O homem macho! O cara bonito, musculoso, atleta e pegador, mas que é um verdadeiro debilóide.
Somos apresentados à outros personagens e ficamos sabendo de outros ganchos na história, como o câncer da mão de Lisa e o envolvimento com drogas do vizinho de Johnny, um menino adolescente, mas nada disso importa pois o que a audiência quer ver é sexo e adultério.
E o filme dá à audiência o que ela quer e é nesse ponto que o filme mais merece, pois apesar dele ser tido como uma porcaria, um filme ruim, ele só reúne elementos dos blockbusters e joga na cara de todo mundo, para depois ser chamado de porcaria e os telespectadores não percebem que caíram na armadilha de Tommy Wiseau: Mostrar que os verdadeiros filmes ruins são os blockbusters de Hollywood, com suas histórias dramáticas, cenas de sexo explícito e roteiros horríveis.
Genialmente, Tommy Wiseau termina o filme matando seu próprio ego, Johnny, o lado fraco, romântico e feliz de si mesmo, com um tiro na cabeça, abandonando esse mundo dominado por grandes corporações, falsidade e traição, dando um tapa na cara de todos os fantoches que semanalmente se encontram nos cinemas do mundo todo para, supostamente, assistir filmes bons.
The room é um maravilhoso filme, com ótima trilha sonora, fotografia impecável e roteiro surpreendente. Não é pra menos que só agora ele começa a ser entendido pelas pessoas, pois parece que só agora o povo começou a acordar de seu longo sono, não só no Brasil, mas no mundo todo.

Esse post foi feito com altas doses de sarcasmo e despretenção.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Dica musical: "Dear Bo Jackson" do The Weeks

Esse ano parece que ouve um certo interesse da mídia em bandas com sonoridade sulista, como a péssima e super hypada Alabama Shakes, que apesar de ser horrível, tem uma atenção enorme de críticos e a mídia especializada em música.
Mas não vamos falar mal de bandas ruins, vamos falar de bandas boas, como The Weeks, que lançou esse ano "Dear Bo Jackson", um CD muito legal, com uma sonoridade sulista estadunidense gostosa de ouvir e que irá agradar a muitas pessoas que sentem falta da época em que Kings of Leon apresentou ao mundo esse lado do rock estadunidense há muito tempo esquecido.
Claro que o CD não é algo brilhante, que irá ficar na história, mas por enquanto foi a melhor coisa que já apareceu com essa sonoridade sulista no mundo do rock desde o aparecimento do Kings of Leon.
Só acho difícil ser o melhor do ano nesse quesito, por que o KOL vai lançar um novo CD esse ano também, então a concorrência está forte.
Enfim, ouçam "Dear Bo Jackson" e sejam felizes.

Dica musical: "Selfhood" do Sharks

Achei que já tivesse feito um post desse album, mas me enganei e por isso estou falando dele agora, só depois da banda ter se desfeito.
Esse álbum foi um dos melhores que eu ouvi esse ano. Não conhecia essa banda, mas quando descobri eles fiquei muito feliz por saber que ainda existiam bandas com uma sonoridade pop punk legal como essa.
O som deles é pop punk, mas não com toques eletrônicos e essas coisas modernas de hoje, é pop por que tem uma sonoridade mais leve, algumas músicas tem um pé naquele bom e velho rock surfista californiano e também é punk por que eles não abandonam as guitarras rasgadas, o bom e velho baixo e a bateria marcante em suas canções.
Fiquei muito triste quando soube que a banda se desfez mês passado, mas fazer o que né? O que importa agora é ouvir esse disco muito divertido e gostoso chamado "Selfhood".