terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Dica cinematográfica: “Trump @War” (2018)

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Com um ano de administração na Casa Branca, Barack Obama ganhou o prêmio Nobel da Paz simplesmente por ser o primeiro presidente negro dos EUA. Sendo assim, com dois anos de administração, já é seguro fazer o balanço de Donald J. Trump no comando dos EUA e foi para corresponder a essa missão que Stephen “Steve” Bannon criou esse documentário, disponível de graça no Youtube.

O documentário, de pouco mais de 1 hora começa com as declarações de guerra ao sr. Trump por parte de jornalistas, comediantes, artistas e líderes de movimentos sociais nos EUA. As imagens são recheadas de violência, tanto verbal quanto física, mostrando que não são atos dispersos, mas orquestrados, vindos de um pensamento que desce todas as camadas sociais, das elites política e artística até o povão que vai pra rua protestar. É saindo desse panorama dividido que Bannon inicia o documentário de fato, mostrando os fatos e suas consequências, começando em 2008, com o início da administração Obama.

Após dois mandatos, a situação americana ia de mal a pior, altas taxas de desemprego, um descaso com as comunidades periféricas (negros e latinos), uma política externa covarde e um enfoque em medidas que não se relacionavam com a realidade vivida pelo país, tudo isso mascarado pelos dois grandes centros urbanos a leste e oeste (Nova Iorque e Los Angeles). Usando esse cenário como escada, Trump lança sua candidatura e busca falar com quem se encontra no meio de tudo isso e estava sendo esmagado por uma narrativa falaciosa.

Trump contraria todas as expectativas e vai para estados que eram conhecidos pelo apoio aos democratas (partido rival ao dele), ganha apoio da população, se aproxima das pessoas, dos micro e pequenos empresários, dos trabalhadores braçais e o resultado nós já sabemos.

Foi surpreendente.

A partir daí o documentário nos mostra os resultados de sua administração. Logo após o primeiro ano, a taxa de desemprego é uma das menores do país, seu sucesso como um legítimo conservador só é comparado a Ronald Reagan, acarretando numa melhora de vida para todos os setores da sociedade, inclusive os mais pobres, os negros, os latinos e os imigrantes legais. De educação e saúde até formas de entretenimento, de repente, por causa de políticas que desburocratizam os processos governamentais, diminuem os impostos e retiram o governo da frente da livre iniciativa das pessoas, tudo fica ao alcance do povo.

Além disso, sua guerra ao terror se mostra muito mais efetiva do que qualquer atitude da administração Bush e, obviamente, melhor que a atitude complacente da administração Obama. Somos apresentados a números concretos que indicam o enfraquecimento do ISIS no Oriente Médio.

Sua política externa é uma das melhores que os EUA já viu, pondo um fim a ameaças reais contra todo tipo de liberdade no mundo.

Em suma, a administração Trump anda uma maravilha, mas ainda assim reclamam e continuarão reclamando, pois como foi-nos apresentado no começo, o stablishment declarou guerra a Donald Trump. É uma guerra cultural, uma guerra de narrativas e não conseguimos mais ter certeza de quem vai ganhar.

O documentário foi produzido antes das eleições de midterm nos EUA (basicamente elege os políticos de baixo escalão, que aprovam leis e projetos antes de ir para o presidente e, entre outras coisas, aprovam ou não impeachments), um momento considerado histórico para os EUA, embora eu ache que não precisa de tanto alarde. Apesar de Trump correr um rico real, sua administração vai bem e esse documentário veio em ótima hora.

Além do conteúdo, o exterior desse documentário também é muito bom. Muito bem produzido, conta com ótimas entrevistas de pessoas muito inteligentes, de várias partes e condições dos EUA, mostrando a pluralidade que Trump atingiu. Bannon já tem experiência na produção de documentários e esse é tecnicamente um petardo.

A brevidade dele só mostrando a urgência com que as verdades ditas aqui precisam ser expostas.

4 pontos e meio