terça-feira, 28 de novembro de 2017

Dica Musical: “Desde que o mundo é cego” por Fernando Motta (2017)

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A Lupe de Lupe acabou e acho que não volta mais, mas enquanto houverem músicos talentosos da Geração Perdida de Minas Gerais na ativa, como Fernando Motta, eu vou estar contente.

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Conheci Fernando Motta a primeira vez durante a turnê “Sem sair na Rolling Stones 2.0”, em que ele tocou guitarra junto com Vitor Bauer e Jonathan Tadeu, apresentando algumas músicas bem tristes numa noite quente muito legal.

Não me surpreendi, mas quando o primeiro single desse álbum saiu (“Futebol (colônia de férias)”) me animei e logo que o álbum saiu ouvi. A maioria das músicas eram, de fato, bem diferentes do single, mas não deixam de ter o seu valor.

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São, em sua maioria, músicas tristes, seguindo uma pegada meio lo-fi, de arranjos simples e letras inventivas, com uma forte pegada romântica em suas elaborações narrativas. É um álbum bem reservado, mas pensativo, com grandes espaços para que cada arranjo e pensamento que Fernando Motta joga possa cair, descansar e ser assimilado pelo ouvinte.

E o álbum também apresenta uma certa narrativa quando ouvido de cabo a rabo, as canções vão se tornando mais elaboradas e também mais agitadas, se tornando mais elétricas e animadas conforme o álbum se aproxima do fim, para terminar num quase monólogo, bem relaxante e tranquilo.

Típico daquela turminha bacana de Minas Gerais que vêm fazendo um ótimo trabalho e este disco de Fernando Motta não é diferente.

É um álbum bom, inventivo, pensativo, mas agitado, com poucas, porém marcantes explosões sonoras ao longo de sua projeção.

4 pontos