quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Eu não gosto de rock!

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Completando o último post e concluindo minhas divagações sobre coisas que descobri não gostar esse ano, venho apresentar esse gênero musical que eu achava gostar tanto, mas que descobri não gostar esse ano.

Comecei a ouvir rock com Gorillaz e Blur lá no início dos anos 2000 ou final dos anos 90 não lembro mais. Nem sabia o que era rock, mas curtia as guitarras rasgadas, o ritmo, os vocais e, no caso de Gorillaz, foi o que me fez descobrir meu gosto do rap também, mas muito cedo eu descobri que não gostava de rap. Anos depois descobri o indie rock e aí passei a ouvir rock, de verdade, com The Strokes, Bloc Party, Franz Ferdinand e claro Arctic Monkeys. Com isso, comecei a correr atrás das referências deles e aí descobri The Kinks, Gang of Four e uma porrada de subgêneros como o Metal e o Punk.

No entanto, conforme fui crescendo descobri que o rock é uma área muito dividida, punks não escutam indie, fãs de indie não escutam hardcore, fãs de hardcore não escutam rock progressivo, fãs de rock progressivo não escutam metal e metaleiros não escutam nada que não seja metal.

rock

Enfim, roqueiros não são conhecidos por serem as pessoas mais amigáveis do mundo e isso não é exagero, ainda hoje, roqueiros são meio intolerantes ou, por causa do politicamente correto e porque todo roqueiro descolado tem que ser de esquerda, são meio babacas.

É claro que há suas exceções, sou amigo de verdade de muitas e eu mesmo gosto de imaginar que eu sou uma exceção, mas assim como existem bons animes, de uma maneira geral, roqueiros não são as pessoas mais amigáveis de todas.

E justamente as bandas que eu mais curto são também as mais estigmatizadas, eu não curto rock velho, eu gosto é de coisas novas. Gosto muito de artistas do passado, mas os que eu curto mesmo e que escuto quase todo dia são as bandas que ainda estão em atividade e bandas de post-hardcore, que é um gênero difícil de definir e pode gerar sons tão diferentes como o feito pelo La Dispute e o Touché Amoré, ambas minhas bandas favoritas.

Mas alguém escuta essas bandas por aí? Acho que não e esse foi o motivo que me fez descobrir que eu não gosto de rock.

Em uma festa, uma colega levou o namorado novo que ninguém conhecia e acabei descobrindo que o cara tocava guitarra. Pensei que talvez tivesse algo pra conversar com ele e me aproximei perguntando que tipo de música ele curtia ouvir. A resposta, pra minha alegria, foi rock e aí eu perguntei quais as bandas favoritas dele, sem esperar muita coisa claro, mas a resposta foi devastadora:

“Ah, eu curto Black Sabbath, Metalica, mas principalmente Guns n’Roses. Não tem como não gostar de Guns n’ Roses, né?”

Eu concordei, mas por dentro me sentia vazio. Se há uma banda que eu odeio, essa banda se chama Guns n’Roses.

© Tom Sue Yek

E infelizmente quando conversamos com roqueiros, os caras só curtem essas bandas aí, Guns, Metalica, Black Sabbath, Beatles, Rolling Stones, que não são ruins (com exceção de Guns), mas não são as minhas bandas favoritas. Não é algo que eu escuto no meu dia a dia.

Então eu descobri que o errado nessa história toda sou eu, por esperar que roqueiros escutem as bandas que eu curto, sendo que elas representam um nicho muito pequeno do mercado do rock e ninguém as conhece, muito menos as escuta cotidianamente, assim como os animes. O erro é meu por esperar que todo anime seja um Cowboy Bebop, uma indústria que lança 50 animes diferentes a cada 3 meses simplesmente não tem como suportar que todos eles sejam um Cowboy Bebop da vida.

E dessa forma, eu encerro essa série de dois posts e vou saindo de fininho, convencido de que não curto rock, nem anime, embora ainda escute com muito gostos bandas de rock e assista felizão animes.

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Abraços e #pas.