quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Dica musical: “Cheer” do Drug Church (2018)

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Mais uma pra conta de Patrick Kindlon, o músico e roteirista de histórias em quadrinhos é, simplesmente, uma máquina. Em 2018 lançou dois álbuns de seus projetos principais: Self Defense Family com o familiar “Have You Considered Punk Music?” e, no final do ano, “Cheer” do Drug Church.

Drug Church é o projeto secundário de Patrick e se concentra mais no som punk e menos na construção de um “projeto artístico”, o que quer dizer que é menos “pós-moderno” do que sua contraparte, o Self Defense Family. O resultado é um som mais simples, porém mais palatável, letras mais diretas e menos introspectivas e uma recepção mais aberta, que acaba atraindo mais gente do que o projeto principal.

Tudo isso vem com um preço. Por ser mais simples, pode-se dizer que é também mais limitado e, infelizmente, é isso que ocorre nesse álbum. “Cheer” acaba sendo um álbum que não expande muito o som da banda. Enquanto Self Defense Family inclui uma diversidade maior de instrumentos e arranjos musicais, o Drug Church faz um som mais “clássico” para os padrões do punk. Não foge das guitarras, baixo e bateria, com um vocalista gritando por cima de tudo isso.

Isso não é necessariamente ruim, pois muitas músicas de “Cheer” são extremamente divertidas e agradáveis, do tipo pra dançar, pular e se socar na frente de um palco sujo e baixo. Como eu já disse, o álbum inteiro não foge disso e algumas músicas parecem se repetir ao longo do álbum. Em suma, parece que o Drug Church funciona melhor como uma banda de EP’s do que de álbuns.

De qualquer forma, limitado ou não, o álbum merece uma escutada, nem que seja para, simplesmente, animar o seu fim de tarde.

3 pontos e meio

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

30 dias de cinema Anti-Cult – Dia 25: Melhor Filme do The Rock

Escolha difícil...

The Rock é um dos mais talentosos atores do Cinema Anti-Cult, com clássicos como Treinando o Papai, Doom - A Porta do Inferno, Agente 86 e se tornou uma das figuras mais importantes da saga A Múmia.

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E é inevitável, sua melhor atuação foi em O Escorpião Rei.

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Se n'A Múmia ele havia feito uma atuaçao digna de Oscar, que lhe valeu tanto espaço que ele ganhou um filme próprio, em O Escorpião Rei, ele se solta e cria uma das melhores interpretações de algum vilão egípcio que já existiu no planeta.

Extremamente recomendado.

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

30 dias de cinema Anti-Cult – Dia 24: Melhor filme do Dwayne Johnson

Escolha difícil...

Dwayne Johnson é um dos mais talentosos atores do Cinema Anti-Cult, com clássicos como Os Outros Caras, Sem Dor, Sem Ganhos, Hércules e agora é uma das figuras mais importantes da saga Velozes & Furiosos.

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No entanto, sua melhor atuação foi, inevitavelmente, no clássico infantil O Fada do Dente.

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Neste filme, esse gigante do Cinema Anti-Cult teve que mostrar e provar toda a sua desenvoltura nas telonas interpretando um desafiador papel como Fada do Dente, responsável por manter os sonhos das crianças vivo. O resultado é uma obra de comédia sensacional e emocionante que mantém não apenas os sonhos das crianças vivo, mas também os nossos sonhos vivos.

Um exemplo de vida.

Dica quadrinística: “Superman: As quatro estações” (2003)

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Levou tempo, mas a Panini finalmente relançou essa magnífica mini-série do Superman e eu levei ainda mais tempo pra escrever essa dica e nem vou comentar sobre o tempo pra publicar isso (algo bom nisso é que tem posts pra muito tempo no blog!).

A HQ conta a história de Superman, dos seus últimos dias no Ensino Médio até os seus dias de ouro como Superman em Metrópoles, focando em 4 diferentes momentos de sua vida, em 4 estações do ano diferentes. De verão a verão, conhecemos as consequências de se ser Superman na vida das pessoas comuns ao lado dele.

Focando não apenas no Superman, mas, principalmente, nas pessoas que vivem à volta dele, a HQ é de uma sensibilidade ímpar, chegando a ser poética, de fato. Passando pelas quatro estações, acaba coincidindo diversos elementos sentimentais associados com as estações do ano, o verão é alegre e decidido, época de renovação e o inverno é a época mais escura e deprimente.

Esse foco nas relações pessoais não é algo inédito, é, na verdade, algo que foi usado e abusado e continua sendo usado e abusado, como resultado de uma certa necessidade do mercado de se contar histórias novas do Superman, já que as velhas já não satisfazem mais. As velhas histórias, em que o Superman salva o dia e resolve tudo facilmente, pois é o maior super-heróis de todos cansaram e agora os fãs querem histórias mais profundas. Nos anos 90 chegaram a matar o Superman, agora o foco são seus relacionamentos pessoais.  Joseph Loeb foi, talvez, um dos primeiros a focar nesse lado do Superman e, talvez, foi o que melhor fez isso.

Além disso, temos a arte sutil de Tim Sale, que está melhor do que nunca aqui. Ele meio que não respeita todas as proporções, mas seu estilo bem característico encaixa muito bem com a obra e sua intenção de ser sentimental. É um traço leve e bonito com as cores maravilhosas de Bjarne Hansen. Um magistral trabalho em conjunto que gera uma magistral obra do maior super-herói de todos.

Não posso deixar de comentar que essa HQ reforça o melhor casal das histórias do Superman na minha opinião, Clark e Lana Lang (mim julguem!).

5 pontos

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

30 dias de cinema Anti-Cult – Dia 23: Melhor Trilha Sonora

Esse é o mais difícil de todos...

Não sou tão conhecedor assim do Cinema Anti-Cult pra selecionar as melhores trilhas sonoras. Aliás, nem sou tão fã assim de trilhas sonoras. O primeiro filme cuja trilha sonora me chamou a atenção foi Scott Pilgrim contra o Mundo, mas a trilha sonora desse filme não serve como padrão para trilhas sonoras, já que foi feito pelo Beck, simulando a sonoridade da banda fictícia do filme e contando com uma ampla parceria com diversas bandas indie da época. É ótima, mas foge muito do padrão que se tem de trilhas sonoras.

Já gostei mais de bandas indie, hoje não curto tanto, mas não tenho na memória recente outros filmes com trilhas sonoras que me chamaram a atenção. Cara, Cadê Meu Carro tem uma boa seleção de músicas, assim como o Starsky e Hutch de Owen Wilson e Ben Stiller. Outra trilha sonora que curto muito é a de Débi & Lóide.

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Mas eu vou ficar com outro clássico do Jim Carrey para hoje: Sim, Senhor.

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Não é nem pela trilha sonora como um todo, mas por uma cena que acabei de lembrar e é quase tão icônica quanto a maravilhosa cena do Latrell cantando em As Branquelas. Segue a cena:

https://www.youtube.com/watch?v=ayVJIDuwHfk

domingo, 27 de janeiro de 2019

30 dias de cinema Anti-Cult – Dia 22: Melhor Filme de Férias

Ah, os filmes de férias!!!

Essas obras magníficas que nos lembram dos bons tempos em que estamos livres do trabalho, da escola e das obrigações diárias. Meus pais sempre disseram que as férias das crianças começam e o trabalho dos pais iniciam. Brincadeiras a parte, os filmes de férias são um grande sucesso. Férias Frustadas é o clássico que iniciou todo esse gênero, chegando até os dias de hoje com Carrossel - O Filme. Vale lembrar ainda filmes já mencionados nesse desafio como Eurotrip e Esposa de Mentirinha. Ótimos filmes de férias!

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Mas como só posso escolher um, vou ter que fazer uma dobradinha Rowan Atkinson e escolher As Férias de mr. Bean.

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Retomando seu clássico personagem, Atkinson volta a interpretar mr. Bean após ele ganhar uma passagem com tudo pago para a França. Nisso ele viaja de trem, avião e carro pelo país mais fresco do mundo, se envolvendo num filme de arte, sequestrando o filho de um diretor e fazendo um diário de bordo com uma câmera estilo TekPix.

É um filme incrível, que deve ser assistido por todos que gostam de uma boa diversão.

sábado, 26 de janeiro de 2019

30 dias de cinema Anti-Cult – Dia 21: Filme para Assistir com a Família

Filmes para assistir com a família são um subgênero de filmes comédia que cobrem uma demanda crescente dos últimos anos.

Com o tempo cada vez mais escasso, passar um tempo em família tem se tornado uma commodity rara e muitos vezes tem se dedicado a cobrir isso. Para tanto, esses filmes se esforçam em agradar tanto adultos quanto crianças, geralmente com um humor mais leve e soluções mais simples para o seus conflitos, simulando com uma eficiência rara, a própria vida real.

Nisso surge filmes como Uma Noite no Museu, Adam Sandler cria o seu clássico Um Faz de Conta que Acontece, Steve Martin nos apresente uma agradável e numerosa família em 12 é Demais e o clássico da TV brasileira ganha uma versão para as telonas em A Grande Família - O Filme.

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No entanto, para a escolha de hoje vou ficar com uma obra incrível chamada De Bico Calado.

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Estrelado pelo eterno Mr. Bean, esse filme é um petardo para as famílias. Apresentando uma complicada família, cheia de problemas, essa obra incrível que alia comédia, suspense e drama na mesma medida nos apresenta soluções elaboradas para seus desafios.

O filme não ganhou muita notoriedade na época de seu lançamento, mas lembro que a primeira vez que assisti esse filme foi com minha família, após alugá-lo numa extinta locadora perto de casa. Ótimos momentos que levaram a ótimas lembranças.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

30 dias de cinema Anti-Cult – Dia 20 - Filme de Artes Marciais

Para mim essa é uma escolha difícil...

Sou fã de filmes de artes marciais e sei que poucos deles são considerados cults, mas para mim, muitos deles são melhores do que cult. Dos clássicos do Jackie Chan até Romeu Tem Que Morrer, a crítica constantemente menospreza os filmes de artes marciais. Ainda assim, o povo (que é a voz de Deus) sabe o que é bom e fez fila para assistir Kung Fu Panda, teve a infância marcada com Karate Kid e sempre assiste adaptações de videogames como o clássico Street Fighter do Van Dame.

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No entanto, para a escolha de hoje, não posso escolher outro clássico que não o maior filme de artes marciais anti-cult de todos os tempos: Double Dragon!

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O filme é adaptação de um jogo de videogame, foi alvo de uma resenha no blog parceiro Locadora TV e marcou a Sessão da Tarde. Altamente injustiçado pela crítica, é um filme que conta a história de dois irmãos que recebem a missão de guardar a metade de um talismã que dá poderes a quem o detiver por inteiro. A outra metade foi parar nas mãos de um líder de uma gangue que irá tentar conseguir a outra metade a qualquer custo.

O filme é um pior artístico, com ótimos efeitos especiais, uma maquiagem incrível para o personagem Abobo (capaz de assustas qualquer marmanjo), cenas de luta muito bem feitas e momentos de tirar o fôlego de tanto rir. É ainda um filme a frente de seu tempo dando papel de destaque para Alissa Milano interpretar uma lutadora de artes marciais, mostrando que não precisa lacrar para empoderar as mulheres.

Mas seu ápice é a cena final, que termina numa luta fantástica, cheia de raios e efeitos digitais que surpreenderam a todas as crianças na época, encerrando com uma bela lição de moral sobre a amizade.

É um filme para carregar na memória o resto da vida.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

30 dias de cinema Anti-Cult – Dia 19: Melhor Sessão da Tarde

Rapaz... que trabalho difícil.

A Sessão da Tarde é uma das sessões de filmes mais duradouras da TV brasileira, existindo desde os anos 70 e fazendo parte da infância de muita gente com filmes como De Volta para o Futuro, Curtindo a Vida Adoidado, Os Fantasmas se Divertem e Os Caça-Fantasmas.

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Também foi o lugar para onde foram parar vários dos piores filmes já feitos na história como A Lagoa Azul e Ghost. No meio de tanto chorume e de tantos diamantes, fica difícil escolher o melhor, no entanto, eu vou ficar com a maravilhosa Elvira - A Rainha das Trevas!

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Eu não lembro de assistir essa maravilha na minha infância, mas quando assisti a primeira vez, já adolescente, foi com a dublagem da Globo. Essa pérola continua me inspirando e uma mulher como a Elvira é o sonho de qualquer um. Trevosa, simpática, engraçada e gostosa, é um exemplo de mulher!

O filme mais libertário de todos!

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Num dia em que a energia acabou aqui em casa, eu liguei meu notebook, que estava cheio de bateria e decidi assistir a um filme pra passar o tempo. Acabou que assisti todo o primeiro “Duro de Matar”, jantei, tomei banho e fui dormir sem que a energia voltasse.

O filme conta a história de John McClane durante as festividades de Natal. Ele vai visitar a família em Los Angeles. Assim que chega lá vai até o local de trabalho de sua mulher, Holly Genero, no edifício de uma multinacional japonesa. Pouco tempo após o início da festa e após uma pausa na DR que John e Holly estavam tendo, um grupo de terroristas alemães invadem o prédio. Como policial nova-iorquino, McClane escapa de ser aprisionado pelos terroristas e começa a armar um plano para derrota-los.

Já conhecia as leituras conservadoras, liberais e “republicanas” do filme, pois já havia lido algo sobre aqui e ali, mas os aspectos políticos desse filme foram as coisas que mais me chamaram a atenção numa assistida mais atenta durante uma noite sem energia elétrica em casa.

Pra começar temos um agente de lei que age por conta própria para salvar todo um microcosmo que se força no prédio, formado pelas pessoas que estão sendo mantidas prisioneiras. Lá ele atua longe das autoridades locais, inclusive desafiando o ceticismo dessas autoridades e se torna o principal agente de salvação desse microcosmo.

Além de McClane, outros personagens menores ocupam um espaço determinante na narrativa do filme. A mulher dele, o garoto negro motorista da limusine, o policial gordo que está na base da hierarquia policial. São todas pessoas comuns, mas que pelas suas atitudes e empenho acabam superando a todos e se transformando em excepcionais que derrubam o stablishment, passando por cima das instituições do Estado, em especial, as instituições de segurança.

A polícia e o FBI são representados no filme como arrogantes e estúpidos. A mídia é exibida como uma espécie de vampiro, sugando a energia das pessoas. Tudo isso definiria “Die Hard” como um filme típico de CRÍTICA SOCIAL FODA, mas ele não perdoa. Os terroristas parecem ter saído do Greenpeace, pois escondem suas ações através de um viés ambientalista. Pra melhorar, saíram da Alemanha Oriental e, numa cena muito capciosa, louvam um bando de grupos revolucionários, socialistas e religiosos orientais. Tudo que um típico cidadão de bem do Ocidente, cristão e capitalista despreva.

Em certos momentos é um filme reaça, em outros é um filme liberal, a mistura de ambos gera o libertarianismo, essa maçaroca de ideologias consideradas de direita e que está muito bem representada nesse filme.

Fora os aspectos ideológicos, o filme ainda nos apresenta uma produção impecável, digna de filmes brucutu daquela época, mas com um ator que não é um absurdo de brucutu.

Efeitos especiais magníficos, uma trilha sonora marcante, personagens carismáticos e um pano político de fundo digno de nota, fazem desse o melhor e maior filme libertário de todos os tempos.

5 pontos

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

30 dias de cinema Anti-Cult – Dia 18: Filme que já vi mais de 10x

Essa seria difícil, mas não tem como ser...

Seria difícil, porque eu já assisti mais de 10 vezes vários filmes. Megamente é provavelmente o filme de animação que eu mais assisti e disputa o posto de meu filme favorito de animação junto com Coraline e Rango.

Outro filme que assisti mais de 10 vezes é O Acossado, o filme que eu sempre indico pra todo mundo que quer começar a assistir filmes cult. Também já assisti muito O Amigo da Minha Amiga e A Noite Americana, ambos cult. Alguns exemplos de filmes do Cinema Anti-Cult que já assisti mais de 10 vezes são Segurando as Pontas, Elvira e Os Fantasmas se Divertem.

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Mas para a escolha de hoje tenho que ficar com As Branquelas.

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Já devo ter assistido mais de 1000 vezes esse filme. Por um período tive TV a cabo em casa e sempre que esse filme passava na TV eu assistia, ou seja, quase todo dia, durante alguns anos em que ainda morava com meus pais. O filme é um clássico da comédia e não preciso justificar a minha escolha. Se quiser saber mais sobre minha opinião acerca desse diamante muito bem lapidado, leia esse post.

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

30 dias de cinema Anti-Cult – Dia 17: Melhor Irmão Wayans

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Esse não é difícil!

Os irmãos Wayans são numerosos, uma dinastia que remonta aos anos 50 é formada por 5 membros dentro do cinema Anti-Cult e mais alguns que se mantém afastados das telonas e das telinhas. Dwayne Wayans é o mais velho e a mente por trás das composições musicais que embalam as obras clássicas dessa família maravilhosa. Keenen Ivory Wayans é o príncipe de ébano da família. Representou um pegador em Eu, a Patroa e as Crianças e é um grande gênio. Escritor, produtor diretor, é a mente por trás de tantos clássicos da comédia. Shaw e Marlow Wayans são os eternos Branquelas e os mais novos da família. Monstros da comédia, servem como grandes exemplos para Damon Wayans Jr.; que já faz parte da segunda geração da família, mas já deixa sua marca no cinema Anti-Cult com Os Outros Caras e Big Hero 6.

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Mas eu vou ter que ficar com o pai dele, o grande Damon Wayans.

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Minha escolha é puramente pessoal e é motivada pelo seu papel como Michael Kyle, eterno exemplo de paternidade. Além disso, seu papel em filmes clássicos como Blankman (o primeiro super-herói negro do cinema) e agora na série Máquina Mortífera faz dele um ídolo supremo para o Cinema Anti-Cult.

Um mito, um monstro, um negão de tirar o chapéu!

Dica musical: “Burnt Sugar” do Gouge Away (2018)

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Mais um CD de hardcore lançado em 2018 e figurando vocais femininos.

Gouge Away já é um nome gigante dentro do cenário hardcore, principalmente por suas letras de música politicamente corretas e menos pela qualidade sonora. No entanto, nesse álbum, a banda tomou uma direção diferente e produziu o seu melhor álbum.

Abandonando o lado politizado e que não leva a lugar algum, Christina Michelle, a vocalista, decidiu focar as letras do álbum em sua vida pessoal e os problemas que enfrenta no cotidiano, seus medos, ansiedades e pequenas alegrias que a fizeram superar os piores momentos.

Seguindo na mesma onda que “Stage Four” do Touché Amoré, o resto da banda ajudou a elevar as letras, criando melodias emocionais, aperfeiçoando a atmosfera que as letras criam, dando o tom perfeito para o álbum. Christina até se deixar cantar de verdade numa canção, abandonando a gritaria para explorar o lado bom da vida.

Apesar disso, não deixa de ser um CD de hardcore pesado. Aliás, Gouge Away cria um som mais pesado que muitas bandas por aí, sendo um nome pesado dentro do cenário. A produção do disco também é impecável e, em nenhum momento, fere os seus ouvidos, apesar dos tons gritantes.

4 pontos

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

30 dias de cinema Anti-Cult – Dia 16: Melhor Vilão

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Ah, os vilões... como não ama-los?

Os vilões são parte essencial de todo filme que se preze. São a espinha dorsal dos conflitos humanos que movem os heróis de cada filme. O Cinema Anti-Cult, por se ater a uma concepção clássica de narrativa, é recheado de vilões e muitos deles são icônicos.

Da dupla Harry e Marv no clássico de natal Esqueceram de Mim ao burocrata safado do Bill Lumbergh em Como Enlouquecer seu Chefe, os vilões são geralmente seres humanos que correm atrás de objetivos espúreos. Lois Einhorn foi o primeiro vilão travesti da história em Ace Ventura e Jacobim Mugatu nos alertou dos tiranos da tecnologia que ameaçam nossa existência atual em Zoolander.

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No entanto, um vilão que me marcou no cinema Anti-Cult foi o clássico vilão da trilogia Austin Powers, dr. Evil.

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Dr. Evil, interpretado por Mike Myers, revela todo o talento desse ator e comediante fazendo o papel de herói e vilão nos filmes. Seus objetos espúreos evolvem não apenas a humanidade, como até mesmo o continuum espaço-tempo. Um vilão de fazer inveja a qualquer Thanos da vida!

domingo, 20 de janeiro de 2019

30 dias de cinema Anti-Cult – Dia 15: Melhor cena em câmera lenta

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A câmera lenta nos filmes é um recurso muito utilizado no cinema e escolher a melhor cena é tarefa difícil.

A razão é que essa recurso serve diversas funções dentro dos filmes. Desde uma abertura épica como a de Zombieland até cenas de explosão como em Trovão Tropical. Temos ainda a utilização como meio de quebrar a barreira entre realidade e sonho, como nesta cena de Dias Incríveis, mas seu recurso mais utilizado é em cenas de ação, como esta usada em Bad Boys II.

No entanto, uma utilização clássica é na entrada triunfal dos heróis de um filme e poucos filmes utilizam tão bem esse recurso numa cena tal como a dos Monstros S.A.

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A cena dura apenas alguns segundos, mas é uma das cenas mais icônicas do cinema de animação. Não apenas por vir de uma das melhores produtoras de filmes infantis da história, mas por nos apresentar de maneira épica personagens extremamente carismáticos.

sábado, 19 de janeiro de 2019

30 dias de cinema Anti-Cult – Dia 14: Melhor Terror Slasher

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Como eu gosto de filmes slasher é difícil escolher um filme favorito.

É ainda pior quando você lembra que os filmes slasher estão virando alvo de uma "cultização" nos últimos anos. Com o surgimento de filmes de terror "cabeça", ou seja, aqueles filmes de terror que supostamente vão te deixar pensando horas e horas após assisti-los sobre alguma mensagem da vida ao invés de simplesmente te apresentar violência gratuita, há um certo resgate das principais obras inspiradoras do gênero.

Nessa onda, filmes como O Massacre da Serra Elétrica, Halloween, A Hora do Pesadelo e Sexta-Feira 13 têm sido constantes alvos de gourmetização. Críticos tentam dar um sentido sublimar aos diálogos, fazer análises psicológicas dos personagens e dar valor demais às inovações tecnológicas que seus diretores criaram para não fracassar com a falta de investimento. Até mesmo It passou por uma repaginação a fim de deixá-lo mais palatável.

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E na contrapartida dessa onda cult invadindo o terror, surge um dos melhores slashers que já vi na minha vida: Dude Bro Party Massacre III.

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Filmado como se fosse a terceira parte de uma trilogia perdida, esse filme é uma sátira aos filmes slasher, mas você só percebe a sátira se encontra num nível metalinguístico. O filme em si é um slasher de primeira, com muito sangue falso, adultos fazendo papel de adolescentes e uma trilha sonora sensacional.

Vale muito a pena ver.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

30 dias de cinema Anti-Cult – Dia 13: Atriz/Ator Favorito

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Hoje é um desafio difícil para mim.

Para muitos será fácil, mas para mim não, porque não me atenho tanto aos atores, muito menos aos atores anti-cults. Há atores que eu admiro como o Adam Sandler, o Damon Wayans, o Keanu Reeves e o Terry Crews.

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No entanto, todos eles são comediantes, além de atores. Fora as diversas outras funções que eles realizam como diretores, produtores, roteiristas e afins... É raro achar um ator anti-cult que seja apenas ator ou atriz.

Mas enquanto raciocinava aqui e tentava lembrar de algum ator anti-cult lembrei de um cara que admiro muito, o Jensen Ackles.

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O famoso Dean Winchester é um ator anti-cult por estrelar há mais de uma década a melhor pior série do universo, Supernatural. Antes dessa fantástica série ele havia feito dois filmes e tido um monte de papéis pequenos em séries que ninguém lembra como Days of Our Lives e Dawson's Creek. Seu melhor papel foi em Smallville, outra série incrível!

Hoje o cara está deitando em dinheiro com o que conseguiu em Supernatural, tem sua empresa de cerveja, criada junto com o Sam Winchester e é pai de uma família linda. De fato um exemplo de ser humano.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

30 dias de cinema Anti-Cult – Dia 12: Melhor Casal de Comédia Romântica

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Com tantos filmes de comédia romântica lançados todos os anos, escolher um casal que seja o melhor de todos é uma tarefa hercúlea.

Comédias românticas existem desde que o cinema é cinema. Em 1924, Girl Shy, um filme mudo, já cumpria as premissas de uma comédia romântica, ou seja, um filme que trata o romance de maneira cômica. Katharine Hepburn e Marilyn Monrou fizeram história no gênero e até mestres como o Adam Sandler já se aventuraram no gênero com Esposa de Mentirinha.

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Eu, particularmente, gosto muito do A Proposta, estrelado pela Sandra Bullock e também do Ligeiramente Grávidos, que tem a belíssima Katherine Heigl no papel principal numa química incrível com Seth Rogen, outro gênio da comédia.

Mas para a escolha de hoje, vou ficar com a dupla Rachel McAdams e Harrison Ford em Uma Manhã Gloriosa.

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Há quem vai dizer que esse casal não vale, porque esse não é o par romântico do filme. E, de fato, enquanto elaborava esse texto, fiquei pensando muito nisso. No entanto, lembrei do final do filme, em que o conflito é resolvido por uma declaração de amor feita pelo personagem de Ford a personagem da McAdams. E a cena final é literalmente os dois juntos caminhando rumo ao pôr-do-sol.

Eles podem não ser o casal que faz sexo no meio do filme, mas é o casal de amigos que dá movimento ao conjunto da obra, que faz Uma Manhã Gloriosa ser o filme que é. Afinal, amor não é apenas sexo, mas amizade também.

Dica literária: “As cartas portuguesas” de Sóror Mariana Alcoforado (1669)

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Essa é uma das obras que deram o pontapé para o movimento romântico e vale muito a pena conhecer.

Mariana Alcoforado foi uma mulher que foi destinada a vida monástica pelo testamento da mãe. Sem nenhuma inclinação mística, a menina foi obrigada a ir para o convento de Nossa Senhora da Conceição em Beja. Lá conheceu o Marquês de Chamilly, um nobre francês por quem se apaixonou durante a estadia dele na região, a fim de participar de manobras no exército. Quando o marquês foi embora, ela lhe enviou 5 cartas, nunca respondidas e “As cartas portuguesas” trata-se de um compilado dessas 5 cartas.

Escritas sempre de maneira esperançosa, passando a um tom melancólico, depois irritado e, por fim, desiludido, as cartas de Mariana foram alvo de grande admiração na época de sua publicação na França. Lá foram lidas e relidas, consideradas falsificações e inspiraram muitos escritores e poetas da época, que já sofriam uma inclinação ao romantismo.

Por apresentar uma história em voga na época (amor não correspondido) do ponto de vista de uma mulher, serviram de inspiração para muitos autores. Isso também levantou dúvidas sobre a veracidade da obra, já que alguns consideravam ela bem escrita demais para ser obra de uma mulher.

Por aqui, decidimos considerar como obras da própria Mariana mesmo, porque essa versão é bem mais legal.

Os sentimentos de Mariana nunca foram correspondidos, mas ela parece ter descoberto o seu caminho para seguir na vida, já que conseguiu sucesso na vida monástica, dedicando-se ao convento e a comunidade, carregando para si o título de Sóror, uma das nomeações mais respeitadas para uma freira.

4 pontos

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

30 dias de cinema Anti-Cult – Dia 11: Filme Cult que Gosto em Segredo

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Essa é difícil também...

Não porque não gosto de filmes cult, muito pelo contrário. Eu gosto de filmes cult e declaro isso, basta ver os posts aqui do blog. O problema é achar um que eu gosto, mas não admito... ou admito para poucas pessoas.

Há realmente um filme cult que eu gosto em segredo e esse filme é Ninfomaníaca!

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Ninfomaníaca é um filme feito pelo Lars von Trier e que conta as aventuras sexuais de uma ninfomaníaca. O filme, lançado em 2 partes, causou um certo alvoroço na época de seu lançamento por causa de seu conteúdo explicitamente sexual e pela reação que muitos grupos por aí tiveram contra ele.

Já digo de antemão que não gosto do Lars von Trier. Considero ele inteligente e até talentoso, mas sua necessidade de parecer vanguardista, radical e anti-tradição acabam por minar sua carreira como cineasta. Muitas vezes ele deixa ideias boas passarem pelos seus filmes em prol de alguma polêmica besta.

Ninfomaníaca não é exceção.

Na sede por fazer algo vanguardista, ele vai lá e cria uma obra com mais de 3 horas de duração. Na vontade de provocar os "conservadores" ele vai lá e encher o filme de conteúdo sexual explícito. O resultado é uma primeira parte pobre, sem conteúdo e que não provoca, só te faz sentir pena do diretor que parece que parou de crescer aos 15 anos de idade e continua sendo um rebeldão, niilista, sem respeito pela hierarquia social.

No entanto, a segunda parte do filme é até boa. Quando toda a "provocação" já foi feita, é hora de se dedicar a construção da personagem principal. Aí vemos o Lars von Trier sucumbir a todas as exigências tradicionais do cinema e da narrativa. Conhecemos um drama de verdade e até nos relacionamentos com a personagem principal, num filme de suspense que agrada.

Não gosto de admitir isso, mas Lars von Trier me agradou com Ninfomaníaca.

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

30 dias de cinema Anti-Cult – Dia 10: Filme que Mais Odeio

Taí uma tarefa difícil...

Como uma pessoa que gosta de assistir filmes, já assisti muita porcaria. Documentários, filmes de comédia, draminhas e besteirols, mas não odeio nenhum deles.

Não sou uma pessoa amarga, acho que é isso. Reclamo muito, mas odiar é uma palavra forte demais. Agora, se tem um filme que eu não suporto e não gosto nem de ouvir falar é o tal do Titanic.

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Conhecido n'O Sommelier de Tudo como o pior filme de todos os tempos, ele só detém sua fama pelo fato de contar uma história trágica e jogar com as emoções das pessoas. Ninguém se atreve a falar mal dessa joça por medo.

Mas aqui n'O Sommelier não nos curvamos para o medo. Falamos e falamos de forma clara: o Titanic é uma bosta! Essa desgraça abusa do drama de uma forma que chega a transformar a tragédia num filme de comédia. No entanto, risada nenhuma consegue superar essa porcaria triste, que te faz dormir e babar tamanho o tédio promovido pelo seu conteúdo enfadonho.

O pior de tudo é que eu ainda tive que assistir essa merda nos cinemas em 3D quando visitei uns amigos em Campo Grande... Uma das minhas piores lembranças.

Invejo muito aqueles que nunca assistiram esse filme.

Dica musical: “Stella” do Super Unison (2018)

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Conheci o Super Unison alguns meses antes do lançamento através do single “Orchids”, que fez parte da campanha de singles do Adult Swim e então fiquei atento ao lançamento de seu segundo álbum, “Stella”.

Super Unison é um trio de hardcore de Oakland, Califórnia, que cria um som bem abrasivo, explosivo e que mistura elementos do heavy metal com o punk rock, numa vertente bem única de hardcore, da qual eu não sou tão fã, mas é muito bem feito aqui.

A qualidade principal da banda reside na produção de seu som, que é muito bem feita e trabalhada pelo mesmo produtor de bandas como Oathbreaker e Deafheaven, então é óbvio que a produção será muito bem feita. Aliado a isso, temos uma espontaneidade única nas canções que encaixam melodias suaves com um som pesado e bruto, que deixam qualquer banda de hardcore boquiaberta.

A vocalista é um show à parte, gritando e explodindo seus pulmões a cada nova canção, mas sem perder o ritmo e a tonalidade, o que é uma característica a se louvar dentro desse cenário musical.

Uma excelente adição ao rock, com certeza.

4 pontos

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

30 dias de cinema Anti-Cult – Dia 9: Melhor Filme de Herói

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Supostamente tarefa árdua, mas nem tanto...

Para saber qual o melhor filme de super-herói é só você excluir qualquer coisa feita pré-Homem de Ferro (o último filme bom de super-herói feito). No mesmo ano tivemos Hancock e Super-Herói: o filme.

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Antes disso, numa época em que os filmes eram mais livres, os filmes do Zorro eram o que comandavam os filmes de heróis. Superman foi o filme que deu o pontapé para os modernos filmes de super-heróis. A Marvel teve sua melhor fase com o Hulk do Lou Ferrigno e até mesmo os independentes tinham espaço com o Vingador Tóxico.

Os anos 90 viram a melhor fase dos filmes de super-herói, com a adaptações de dúzias de histórias em quadrinhos nos cinemas. Tivemos Spawn, Blade e Juiz Dredd em obras que explodiam de testosterona como mais nenhum filme explode hoje em dia. Mas o filme que merece realmente destaque hoje é o filme do Máscara.

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Lançado em 1994, estrelado pelo Jim Carrey e adaptando uma história em quadrinhos do mesmo nome lançada pela Dark Horse, o filme é um petardo da comédia. Estrela ainda a Cameron Diaz na sua melhor fase e nos apresenta uma bela história de valores morais.

Há quem diga que esse não é um filme de herói, mas o Máscara é um herói para mim, portanto tem seu lugar garantido aqui.