quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

30 dias de cinema Anti-Cult – Dia 4: Melhor trilogia

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Hoje é o dia de admitir falhas.

Eu sou um cinéfilo... adoro filmes cult. É fácil perceber isso pelos posts aqui do blog. No entanto, reconheço o valor único do cinema anti-cult (filmes B, trash, besteirol, etc...), porque eles nos ensinam lições de vida valorosas e importantes, de uma maneira muito mais simples do que os filmes cult fazem (aliás, de uma maneira muito mais numerosa, já que filmes cult raramente nos ensinam boas coisas, de fato).

Sendo assim, sou fã de trilogias como Matrix, Senhor dos Anéis, a trilogia dos dólares e as trilogias das cores do Kieslowski.

365-Filmes-Trilogia-Cores-Kiwslowski-Igualdade-Liberdade-Fraternidade

Mas o cinema anti-cult também tem seus ótimos exemplos, como Olha Quem Está Falando, Força Delta e As Tartarugas Ninja. São filmes que ninguém esperava que fosse fazer sucesso ou até mesmo foram feitos com uma leve intenção de sucesso, mas acabaram surpreendendo, exigindo demais de seus produtores.

II

O resultado são filmes que eram para ser de ação e se tornaram de comédia. Dramas que nos fazem rir e filmes de fantasia com efeitos tão ruins que nos deixam com a barriga doendo de tantas risadas. Tão variado quanto os seus gêneros, são suas lições de vida, mas uma trilogia que não apenas manteve sua qualidade, como soube se superar e expandir, sendo a minha escolha do dia é a trilogia Vovó... Zona.

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Começando como uma comédia satírica de filmes como Uma Babá Quase Perfeita, o filme estrelando Martin Lawrence conta a história de um policial que se disfarça de vovó para cuidar de uma família investigada pelo departamento de polícia. A obra soube se expandir, seguindo a ordem do primeiro filme, mostrando a vida de Malcolm Turner (o personagem de Lawrence) após os acontecimentos do primeiro filme e se reinventou no terceiro filme colocando o filho de Turner pra se fantasiar de menina também.

Comédia, ação, romance e musical se misturam nos três filmes da trilogia de maneira harmoniosa e simples, transformando a trilogia numa obra carismática e imortal. Problematizadores irão chamar a atenção para o fato de Lawrence se vestir de mulher e tentar criticar isso, mas esse filme é um desses raros exemplos que levam o crossdressing para o âmago da família tradicional brasileira, tratando o tema da forma como ele deve ser tratado: algo que não chama a atenção!

Vovó...zona é um filme para ser lembrado.