quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Dica musical: “Cheer” do Drug Church (2018)

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Mais uma pra conta de Patrick Kindlon, o músico e roteirista de histórias em quadrinhos é, simplesmente, uma máquina. Em 2018 lançou dois álbuns de seus projetos principais: Self Defense Family com o familiar “Have You Considered Punk Music?” e, no final do ano, “Cheer” do Drug Church.

Drug Church é o projeto secundário de Patrick e se concentra mais no som punk e menos na construção de um “projeto artístico”, o que quer dizer que é menos “pós-moderno” do que sua contraparte, o Self Defense Family. O resultado é um som mais simples, porém mais palatável, letras mais diretas e menos introspectivas e uma recepção mais aberta, que acaba atraindo mais gente do que o projeto principal.

Tudo isso vem com um preço. Por ser mais simples, pode-se dizer que é também mais limitado e, infelizmente, é isso que ocorre nesse álbum. “Cheer” acaba sendo um álbum que não expande muito o som da banda. Enquanto Self Defense Family inclui uma diversidade maior de instrumentos e arranjos musicais, o Drug Church faz um som mais “clássico” para os padrões do punk. Não foge das guitarras, baixo e bateria, com um vocalista gritando por cima de tudo isso.

Isso não é necessariamente ruim, pois muitas músicas de “Cheer” são extremamente divertidas e agradáveis, do tipo pra dançar, pular e se socar na frente de um palco sujo e baixo. Como eu já disse, o álbum inteiro não foge disso e algumas músicas parecem se repetir ao longo do álbum. Em suma, parece que o Drug Church funciona melhor como uma banda de EP’s do que de álbuns.

De qualquer forma, limitado ou não, o álbum merece uma escutada, nem que seja para, simplesmente, animar o seu fim de tarde.

3 pontos e meio