E o Joyce Manor volta com mais um álbum para acalentar os nossos ouvidos, dois anos depois do ótimo “Cody”.
Em “A Million Dollars to Kill” encontramos um Joyce Manor que segue um caminho mais seguro do que seus primeiros álbuns, deixando de lado o punk rock de garagem e seus lapsos de hardcore para adentrar de cabeça no indie rock.
Mas um indie rock bem único.
As guitarras continuam aceleradas, mas revezam momentos mais lentos e tranquilos. Há quebras de melodias ao longo de todas as músicas, o que abriria espaço para que as letras pudessem se revelar e demonstrar todo o seu poder, mas esse não é o forte do Joyce Manor, que continua explorando aspectos das vidas de seus integrantes, com letras bem introspectivas, mas abertas o suficiente para se enquadrar na vida de qualquer um de seus ouvintes.
Eu diria que é o álbum mais fraco da banda, mas isso só mostra o quão único é Joyce Manor dentro do cenário do rock atual, pois mesmo sendo o mais fraco em comparação com os outros álbuns da banda, ainda se destaca no meio de tantos álbuns ridículos que o underground nos revela semanalmente.
Ainda mais dentro dos gêneros musicais que o Joyce Manor flutua.
Desafiando classificações típicas de fãs de música, “A Million Dollars to Kill” é uma ouvida obrigatória para todos os fãs da banda e, mesmo aqueles que não são fãs, irão encontrar sons que lhe agradem dentro desse álbum.
